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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Presbitério da Igreja do Cv. Nª Sª Saudação



Presbitério da Igreja do Convento de Nossa Senhora da Saudação em Montemor-o-Novo.

Autor David Freitas 
 Data Fotografia 1975 ant. - 
 Legenda Presbitério da Igreja do Cv. Nª Sª Saudação 
 Cota DFT511 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sábado, 29 de dezembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Ó Minha Pombinha Branca


Ó minha pombinha branca,
Onde queres tu que eu vá.
É de noite faz escuro,
É de noite faz escuro
Eu sózinho não vou lá
Eu sózinho não vou lá
Eu sózinho lá não vou,
Ó minha pombinha branca,
Ó minha pombinha branca
Pra, te amar inda aqui, estou!


Ó minha pombinha branca,
Já não vais beber à vala.
Por causa de ti pombinha,
Por causa de ti pombinha
Já meu amor me não fala!
Ó minha pombinha branca,
Onde queres tu que eu vá.
É de noite faz escuro,
Etc.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Personalidades Alentejanas - CAMARA MANOEL, José Eduardo de Calça e Pina da

(n.Évora 1875; m. Évora 1940)

Filho de Caetano Xavier de Almeida da Câmara Manoel e de Francisca Emília de Calça Pina. Do seu casamento com Carolina das Dores Pereira do Carmo teve quatro filhos: Francisco Carolina Pereira do Carmo Calça e Pina da Câmara Manoel, Nícia Emília Pereira do Carmo da Câmara Manoel, Joaquim Augusto Pereira do Carmo da Câmara Manoel e Alberto José Pereira do Carmo da Câmara Manoel.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Ensopado de Borrego (1)


Ingredientes: (Para 4 pessoas)
1,200 kg de carne de borrego,
2 cebolas médias,
4 dl de vinho branco,
1 colher de sopa de margarina,
2 dentes de alho,
1 folha de louro,
pimenta q.b.,
3 tomates maduros,
0,5 kg de batatas,
pão e sal q.b.

Preparação:
Corta-se a carne em bocados, tempera-se com com sal, vinho branco, alhos picados, louro e pimenta. Aguarde pelo menos uma hora. Leve ao lume as cebolas picadas, o óleo e a margarina. Quando a cebola ficar transparente adicione o borrego escorrido. Cozinhe uns minutos com o tacho destapado. Quando a carne começar a secar adicione o tomate pelado e cortado aos pedacinhos e a marinada. Tape o tacho e mantenha-o em fervura até a carne estar macia. Se achar necessário acrescente um pouco de água a ferver. Apure o molho e rectifique os temperos. Dentro de uma travessa funda disponha o pão cortado às fatias. Cubra com o borrego e o molho. Polvilhe com salsa picada. Acompanhe com as batatinhas cozidas.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Capela palatina de St. António, Vendas Novas


Capela-mor da Capela Palatina de Santo António, em Vendas Novas. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Norte, Volume II)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 ant. -
Legenda Capela palatina de St. António, Vendas Novas
Cota DFT4548 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Ó Loendreiro


Nossa Senhora faz meia
A uma candeia de luz
O novelo é lua cheia
As meias são p’ra Jesus


Ó loendreiro
Onde está teu loendral
Teu amor primeiro
Foi, meu rival


Nossa Senhora é mãe
É mãe de quem mãe não tem
Se minha mãe não morresse
Era minha mãe também


Ó loendreiro
Onde está teu loendral
Etc.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Estação elevatória da Graça do Divor


Estação elevatória da Barragem da Graça do Divor: aspecto do interior e maquinaria.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1967-05-31 -
Legenda Estação elevatória da Graça do Divor
Cota DFT2487 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sábado, 15 de dezembro de 2012

Personalidades Alentejanas - BRITO CORREIA, José Hilário de

Natural de Montemor-o-Novo. Escreveu o Tomo I dos Estudos históricos, jurídicos e económicos sobre o Município de Montemor-o-Novo (Coimbra, 1873). O II Tomo foi publicado por José Joaquim Lopes Praça em 1875.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Empada de Coelho Bravo com Arroz de Pinhão

Ingredientes:
Coelho bravo
alho
cebola
erva ursa
louro
coentros
massa de pão

Preparação:
O coelho, esfolado e partido ao meio, vai a cozer com água e sal. Depois de cozido, é desfiado e temperado com ervas aromáticas (alho, cebola picada, erva ursa, louro e coentros). Tempera-se e deixa-se repousar de um dia para o outro. Faz-se a massa de pão e igualmente vai a repousar de um dia para o outro.
Estica-se a massa e coloca-se o coelho em cima, adiciona-se um pouco de bacon e margarina liquída, enrola-se e vai ao forno à temperatura de 200º C durante 20 minutos.


Acompanhamento:
Arroz de Pinhão e Passas
Num tacho, coloca-se um punhado de pinhões, vai a fritar com margarina liquida, devendo mexer-se para que o pinhão frite de forma homogénea. Adiciona-se arroz extra-longo - cozinhado previamente - e, no final, as passas.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Altar lateral da Ig. S. Francisco de Estremoz


Altar lateral da Igreja do Convento de São Francisco de Estremoz.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1979
Legenda Altar lateral da Ig. S. Francisco de Estremoz
Cota DFT589 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 9 de dezembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Ó Erva Cidreira

Se eu tivesse amores
Que me têm dado
Tinha a casa cheia
Até ao telhado


Ó erva cidreira,
Que‘stás no alpendre,
Quanto mais se rega,
Mais a folha pende.
Mais a folha pende,
Mais a rosa cheira,
Que’stás no alpendre,
Ó erva cidreira!


Algum dia eu era
Agora já não
Da tua roseira
O melhor botão


Ó erva cidreira,
Que‘stás no alpendre,
Etc.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Vista aérea do claustro do Cv. St. António


Vista aérea do claustro do Convento de Santo António, em Montemor-o-Novo

Autor David Freitas
Data Fotografia 1971 -
Legenda Vista aérea do claustro do Cv. St. António
Cota DFT528 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Personalidades Alentejanas - BRITO CAMACHO, Manuel de

(n. Aljustrel em 1862; m. Lisboa a 19 Setembro 1934)

Uma das personalidades de maior relevo da política republicana, estadista, escritor, jornalista e médico militar. Filho de lavradores humildes, fez o curso de Medicina na Escola Médica de Lisboa.

A sua carreira política iniciou-se em 1890. O Ultimatum inglês veio já encontrá-lo em plena actividade política, colaborando em jornais e convivendo com personalidades de destaque do partido republicano. Depois de ter estado em Paris, a preparar-se para um concurso da Escola Médica, fez no Centro Socialista das Amoreiras a sua primeira conferência política intitulada: A coroa substituída pelo chapéu alto.

A principal contribuição de Brito Camacho para a propaganda republicana realizou-se pelo jornalismo. Depois de dirigir, em Viseu, o Intransigente, fundou em Lisboa A Luta, que começou a publicar-se a 1 de Janeiro de 1906. Neste jornal afirmaram-se, principalmente, as suas excepcionais qualidades de jornalista e polemista. Entre os colaboradores contavam-se João de Meneses, José de Magalhães, Basílio Teles, Duarte Leite, Bettencourt Raposo, Sousa Pinto, Carlos Amaro, Emílio Costa, Augusto de Vasconcelos, Ferreira de Mira. A influência de A Luta foi enorme, antes e depois do advento da República. Além de artigos de fundo, eram da sua pena os vivos e espirituosos comentários da secção Ao de leve, ou os dos Ecos, que rapidamente se celebrizaram.

Foi eleito deputado pelo círculo de Beja, nas eleições que se realizaram a 5 de Abril de 1908, depois do regicídio. Falou pela primeira vez na Câmara de Deputados a 9 de Maio, protestando contra o facto de o terem obrigado, como deputado, a jurar manter uma religião que não professava e a ser fiel a uma instituição que combatia; e apresentou um projecto de lei que visava abolir em todas as instâncias o juramento político.

Em Agosto de 1909 tomou parte activa na organização das manifestações promovidas pela Junta Liberal. Este organismo tinha à sua frente o Dr. Miguel Bombarda, de quem Brito Camacho recebeu as últimas indicações revolucionárias, a 3 de Outubro de 1910, quando aquele foi vítima dum atentado.

O seu papel no movimento insurreccional, que implantou a República, foi da maior importância graças às suas relações com o chefe militar, o almirante Cândido dos Reis, e às amizades que contava entre a oficialidade do Exército e da Armada. Proclamado o novo regime, substituiu, em 24 Novembro 1910, na pasta do Fomento do governo provisório, o Dr. António Luiz Gomes. Entre as suas iniciativas, de carácter essencialmente construtivo, devem salientar-se as relativas ao crédito agrícola, aos caminhos de ferro, aos transportes em geral, ao ensino técnico, e com o seu apoio se levou a cabo a reforma efectiva do Instituto Superior Técnico de Lisboa.

Depois de proclamada a República, continuou a ocupar o seu lugar no Parlamento, eleito pelo círculo de Aljustrel. À sua volta juntou grande parte dos maiores valores intelectuais republicanos. Quando, no congresso da rua da Palma, em 1911, o velho partido republicano se dividiu, tomou orientação nitidamente divergente da dos Dr. Afonso Costa e do Dr. António José de Almeida, e organizou e chefiou a União Republicana.

Durante a I Grande Guerra conservou-se afastado dos governos da União Sagrada, defendendo a ideia de que a participação de Portugal deveria ser nas colónias, e não em França. Depois da revolução de Sidónio Pais, a União Republicana deu ao primeiro ministério três ministros: Moura Pinto (Justiça), Santos Viegas (Finanças) e Aresta Branco (Marinha); quando, porém, viu a situação muito influída pelos monárquicos (como ele previra), combateu-a.

Após estes movimentos procurou, mais uma vez entre tantas, ligar a União Republicana ao partido Evolucionista de António José de Almeida, criando-se assim o partido liberal, que funcionaria como força conservadora em relação ao chamado partido democrático, cujo chefe era Afonso Costa. Desligou-se, desde então, de toda a actividade partidária.

Em fins de 1921, sendo ministro das Colónias Ferreira Rocha, e atravessando Moçambique um momento difícil, devido sobretudo a certas ambições do general Smuts, Brito Camacho foi nomeado alto comissário da República naquela colónia, funções que exerceu durante dois anos com notável acção diplomática, administrativa e de fomento.

Só ao partir para Moçambique abandonou a direcção efectiva de A Luta. A sua obra de escritor compreende entre outros os seguintes volumes: Herança mórbida (tese, 1889); Propaganda; Dois crimes; Impressões de viagem; D. Carlos íntimo (1912); Ao de leve; Nas horas calmas; Pretos e brancos; Por aí fora; Longe da vista; Gente rústica; Os amores de Latino Coelho; A caminho de África; Terras de lendas; Quadros alentejanos; Jornadas; Contos ligeiros; Gente vária; Contos e sátiras; Cenas da vida; Gente boér; Pó de estrada; Lourdes; A questão romana; Por cerros e vales; Ferroadas; A reacção; A linda Emília; Moçambique; De bom humor; Matéria vaga. Alguns artigos políticos saíram em separata, e publicaram-se isoladamente parte dos seus discursos e cartas.

Foi casado com D. Maria da Luz, filha do Dr. José Jacinto Nunes. Decidido a assentar praça, para ser médico militar, prestando serviço em diversas unidades do Continente e dos Açores. Foi promovido a tenente em 1891, a capitão em 1901, a major em 1917, a tenente-coronel em 1918 e a coronel em 1919.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Cozido de Grão com Vagens


Ingredientes:
250 g de grão;
500 g de vagens (feijão verde);
250 g de batatas;
1 fatia de abóbora menina;
300 g de carne de borrego para cozer;
100 g de toucinho;
1 chouriço de carne (linguiça);
1 farinheira;
200 g de pão caseiro (duro);
sal;
hortelã.

Preparação:
Põe-se o grão de molho em água e sal durante 12 horas. Passado esse tempo, coze-se. Numa panela com água suficiente põe-se a carne de borrego, o toucinho, o chouriço, a farinheira, e leva-se ao lume a cozer. Depois de as carnes estarem cozidas, retiram-se da água. Arranjam-se e lavam-se as vagens, as batatas e a abóbora cortada aos bocados.
Deitam-se na água em que se cozeram as carnes aos bocadinhos. Dispõem-se no centro de uma travessa o grão, as vagens, as batatas e a abóbora. Á volta colocam-se as carnes cortadas. Cortam-se fatias de pão duro e dispõem-se numa terrina. Espalham-se por cima alguns ramilhos de hortelã. Deita-se o caldo a ferver sobre as fatias de pão. Acompanha-se com as carnes, o grão, as vagens, as batatas e a abóbora.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Capela de São João Baptista (Veiros)


Capela de São João Baptista, da Igreja Matriz de São Salvador de Veiros (Concelho de Estremoz). Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Norte, Volume II).
Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 ant. -
Legenda Capela de São João Baptista (Veiros)
Cota DFT4559 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Ó Cuba Terra Bendita

Óh Cuba terra bendita
Rodeada de trigais
De lindas portas e quintas
Arvoredos, milheirais,
Arvoredos, milheirais,
Óh Cuba terra bendita!
Óh Cuba terra bendita!
Rodeada de trigais
Quando de Cuba abalei
Olhei para trás chorando
Minha terra da minh’alma
Tão longe me vais ficando
Tão longe me vais ficando
Quando da Cuba abalei
Olhei para trás chorando

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ermida de Nª Sª dos Mártires, Estremoz


Capela-mor da Ermida de Nossa Senhora dos Mártires, Estremoz. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Norte, Volume II).

Autor David Freitas 
Data Fotografia 1975 ant. - 
Legenda Ermida de Nª Sª dos Mártires, Estremoz 
Cota DFT4532 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 25 de novembro de 2012

Personalidades Alentejanas - BORGES, Emília Salvado

(n. Cuba)

Licenciada em História, Pós-graduada em História Regional e Local e Mestre em História Moderna pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Desenvolve a sua investigação sobretudo na área da história regional alentejana do Antigo Regime, nas vertentes artísticas, demográficas, económica, social e política.

Entre as suas publicações destacam-se: O concelho de Cuba - Subsídios para o seu inventário artístico; O Concelho de Cuba nas Memórias Paroquiais de 1758; Crise de Mortalidade no Alentejo Interior - Cuba; Homens, Fazendas e Poder no Alentejo de Setecentos - O caso de Cuba; Para a História do ensino da História em Portugal- Análise dos Programas do Ensino Secundário Actas do I Encontro sobre o Ensino da História.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Cozido de Grão à Alentejana


Ingredientes:
250 g de grão
100 g de cenouras
250 g de batatas
250 g de feijão verde
1 fatia de abóbora menina
300 g de carne de borrego
100 g de toucinho
1 chouriço (linguiça)
1 farinheira branca
1 farinheira de sangue
200 g de pão caseiro

sal
hortelã

Preparação:
Põe-se de molho o grão em água de um dia para o outro. Coze-se o grão na panela de pressão. Depois, noutra panela, põe-se as carnes e os enchidos a cozer, mais ou menos 1 hora.
Depois das carnes estarem cozidas, tira-se um pouco de água das carnes onde vão cozer as batatas cortadas aos quartos, a cenoura, o feijão verde e a abóbora menina e junta-se o grão e um pouco de água do grão. Põe-se a hortelã para dar gosto.
À parte, corta-se as carnes e servem-se numa travessa. Corta-se o pão caseiro às fatias e põe-se numa terrina a hortelã e o caldo por cima. Este caldo com o pão come-se juntamente com as carnes.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Igreja da Misericórdia de Arraiolos


"Consolar os tristes", painel de azulejos representando uma das dez obras das Misericórdias, na Igreja da Misericórdia de Arraiolos.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1970
Legenda Igreja da Misericórdia de Arraiolos
Cota DFT4460 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Ó águia que vais tão alta

Os desgostos do presente,
São maiores que os do passado.
Embora estejas ausente,
Teu nome será lembrado!


Ó águia que vais tão alta,
Voando de pólo a pólo,
Leva-me ao céu onde eu tenho
A mãe que me trouxe ao colo
A mãe que me trouxe ao colo,
Ficou-me fazendo falta,
Voando de pólo a pólo,
Ó águia que vais tão alta!


Eu vi minha mãe rezando
Aos pés da Virgem Maria
Era uma Santa escutando
O que outra Santa dizia


Ó águia que vais tão alta,
Voando de pólo a pólo,
Etc.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Personalidades Alentejanas - BARRETO, António de Mattos

(n. Cuba em 1900)

Engenheiro Agrónomo e professor do Instituto Superior de Agronomia. Fez parte da missão geográfica de Cabo Verde e dos Serviços de Fotogrametria aérea da Carta Agrícola, onde prestou relevantes serviços profissionais.

Foi chefe dos serviços de Agrimensura do Ministério da Agricultura, sendo considerado dos mais notáveis especialistas portugueses. Escreveu um trabalho extremamente interessante: Ante-projecto de um monte (1934).

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Coelho com Azeitonas


Ingredientes:
1 coelho
3 colheres de sopa de azeite
125 gr. de azeitonas pretas carnudas
5 dl. de vinho tinto
1 copo de caldo de carne
1 colher de sopa de concentrado de tomate
2 dentes da alho
1 folha de louro
salsa e alecrim seco
1 cebola
sal e pimenta

Preparação:
Arranje e corte o coelho em bocados. Ponha os bocados do coelho a marinar no vinho durante 1 hora, juntamente com um ramo de salsa, louro, dentes de alho, alecrim e sal. Mexa de maneira a que a carne fique bem coberta. Retire o coelho da marinada e aloure-o num tacho com o azeite bem quente e a cebola picada. Regue com o caldo de carne, no qual dissolveu o concentrado de tomate; rectifique os temperos. Deixe cozer o coelho em lume brando, mexendo de vez em quando. Durante a cozedura, que deve durar cerca de 1 hora e meia, adicione um pouco do líquido de marinada, previamente coado. Dez minutos antes de terminar a cozedura, junte salsa finalmente picada e as azeitonas descaroçadas. Sirva acompanhado com puré de batata.

domingo, 11 de novembro de 2012

Igreja paroquial de Nª Sª do Freixo, Redondo


Interior da extinta Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Freixo, (concelho do Redondo). Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Igreja paroquial de Nª Sª do Freixo, Redondo
Cota DFT4695 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Nossa Senhora do Carmo

Senhora
Que és padroeira
Da nossa terra
Hospitaleira


Nossa Senhora do Carmo
Que está lá no seu altar
Todos lá vamos ajoelhar
E a cantar, a cantar, vamos rezar


Pedimos
A uma voz
Nossa Senhora
Rogai por nós


Nossa Senhora do Carmo
Que está no seu altar
Etc.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Personalidades Alentejanas - ANSELMO, Pe. António Joaquim

(n. Borba em 1876; m. Lisboa em 1926)

Bibliógrafo, cursou o seminário de Évora, tendo obtido no curso complementar de letras do Liceu as melhores classificações.

Exerceu depois as funções de pároco da Igreja de Veiros, no concelho de Estremoz. Em Lisboa, entrou para a Biblioteca Nacional em 1914, sendo promovido a 1.º bibliotecário em 1919. Foram muito importantes os serviços que prestou neste estabelecimento, principalmente na elaboração do catálogo das religiões, o que lhe valeu novo louvor oficial.

Extremamente dedicado a assuntos bibliográficos, António Joaquim Anselmo escreveu alguns interessantes trabalhos de carácter histórico-bibliográfico, salientando-se entre eles: Bibliografia da bibliografia Portuguesa; Bibliografia das obras impressas em Portugal no séc. XVI; Os códices alcobacenses; O concelho de Borba e Veiros. É dele, também, uma tradução do Elogio da loucura de Erasmo.

sábado, 3 de novembro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Cataplana de Tamboril


Ingredientes: (para 2 pessoas)
concentrado de tomate
1 tomate maduro
1 cebola média
1/2 pimento verde
2 dentes de alho
2 folhas de louro
1 ramo de salsa
1 ramo de coentros
2 batatas
750 g de tamboril
150 g de amêijoas
200 g de camarão
pimenta, azeite q.b.

Para o molho:
1 cálice de vinho do Porto
1 colher de sopa de molho inglês
1 colher de sopa de natas

Preparação:
Numa cataplana, põe-se uma concha de concentrado de tomate e um fio de azeite. Entretanto, descasca-se a cebola e o tomate e corta-se às rodelas metade de cada, guardando-se o restante para o final. Depois, junta-se um quarto de pimento, também cortado às rodelas. Picam-se os alhos e a salsa e junta-se ao preparado com uma folha de louro. Em seguida, arranja-se o tamboril e corta-se em cubos, junta-se as batatas cortadas às rodelas, decorando com os camarões, as amêijoas e os restantes ingredientes reservados.
Fecha-se a cataplana e leva-se a cozer cerca de 25 minutos. Quando estiver cozido, abre-se e coloca-se um ramo de coentros picados. Por fim, faz-se uma mistura com um cálice de vinho do Porto, uma colher de sopa de molho inglês, uma colher se sopa de natas e rega-se tudo. Está pronto a servir.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Anta capela de S. Dinis, em Pavia


Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1970
Legenda Anta capela de S. Dinis, em Pavia
Cota DFT1566 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pic-nic no campo


Autor Desconhecido/ não identificado 
Data Fotografia 1888 - 1960 
Legenda Pic-nic no campo 
Cota CME0179 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Nós Somos Trabalhadores

O homem trabalha a terra
Para produzir o pão
Hoje é o mesmo que era
Continua ainda à espera
De melhor situação


Nós somos trabalhadores
Que no campo trabalhamos
Trabalhamos a rigor
A servir o Lavrador
Para ver se nos mantemos
Quando trabalho não temos
À Câm’ra nos dirigimos
A pedir ao Presidente
Que tenha dó desta gente
E nos dê algum destino
Que nos dê algum destino
Que nos dê algum agasalho
À Câm’ra nos dirigimos
A alegar o que sentimos
Quando não temos trabalho


Não é a ceifa que mata
Não é o cavar que custa
Custa é ver-mos desprezada
Até quando abandonada
Esta causa certa e justa


Nós somos trabalhadores
Que no campo trabalhamos
Etc.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Personalidades Alentejanas - BARAHONA FRAGOSO, Francisco Eduardo de

(n. 1843; m. 1905)

Bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra em 1886, moço-fidalgo com exercício na Casa Real por Alvará de 30 de Outubro de 1862, Par do Reino e lavrador. Em 1899 foram concedidas ao Dr. Francisco Barahona as honras de Oficial-mor da Casa Real.

Logo que terminou a formatura foi habitar na sua quinta de S. Pedro, perto de Cuba, onde se entregou à lavoura. Em 1887 mudou a sua residência para Évora onde foi figura marcante. Na sua quinta da Horta do Bispo instalou um albergue para inválidos, dispensou protecção valiosíssima ao esforço da Assistência Nacional aos Tuberculosos e, no palácio em que habitava, iniciou a constituição duma valiosíssima galeria de arte, comprando sobretudo, peças de arte contemporânea, com o intuito de proteger o desenvolvimento das belas artes em Portugal.

Ao mesmo tempo ia preparando o futuro museu eborense, pois era sua intenção legar esses valores ao Museu Regional de Évora. A cidade e o seu desenvolvimento urbanístico ficaram a dever ao Dr. Francisco Barahona serviços inestimáveis, entre eles a construção do magnífico teatro Garcia de Resende e do Jardim Público, feitos a expensas do grande benemérito.

Francisco Barahona era filho dos condes da Esperança e casou com D. Inácia Angélica Fernandes Ramalho, da família Matos Fernandes.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Carne de Porco à Alentejana (4)


Ingredientes:
750 gr. de carne de porco da perna,
1,5 kg de amêijoas,
100gr.de massa de pimentão,
4 dentes de alho,
50 gr. de banha,
vinho branco,
salsa.

Preparação:
A carne de porco deve ser preparada no dia anterior. Num almofariz pisam-se os alhos com um pouco de sal grosso. Quando se obtiver uma massa, barra-se a carne que foi anteriormente partida aos cubos. Seguidamente, esfrega-se com a massa de pimentão, utilizando a quantidade a gosto. A carne deverá ficar temperada cerca de um dia. Numa frigideira coloca-se a banha e frita-se lentamente a carne. Terminada esta operação, juntam-se as amêijoas e meio copo de vinho branco. Tapa-se a frigideira até as amêijoas abrirem. Deverá ter-se o cuidado de não fiquem secas. Salpica-se com salsas picadas e serve-se numa travessa.

domingo, 21 de outubro de 2012

Imagem de São João de Deus


Imagem de São João de Deus (escultura de madeira dourada), da Igreja de São João de Deus, actual Matriz de Montemor-o-Novo. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Norte, Volume II)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 ant. -
Legenda Imagem de São João de Deus
Cota DFT4496 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Nasce o Sol no Alentejo

O Sol é que alegra o dia,
Pela manhã quando nasce.
Ai de nós o que seria,
Se o Sol um dia faltasse!


Nasce o Sol no Alentejo,
Nasce água clara na fonte,
Nasce em mim a saudade,
Na ladeira do teu monte.
Na ladeira do teu monte,
Meu amor quando te vejo,
Nasce água clara na fonte,
Nasce o Sol no Alentejo!


Ó luar da meia noite,
Tu tens lá segredos meus.
Ó luar não me descubras,
Que os meus segredos são teus!


Nasce o Sol no Alentejo,
Nasce água clara na fonte,
Etc.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Personalidades Alentejanas - ALMEIDA, Carlos Maria Eugénio de

Filho de José Maria Eugénio de Almeida, assumiu, por morte deste, a provedoria da Casa Pia de Lisboa, e também por sucessão foi par do reino, tomando posse em 1873.

sábado, 13 de outubro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Carne de Porco à Alentejana (3)

Ingredientes:
500 gr. de lombo de porco;
500 gr. de perna de porco;
1 colher de sopa bem cheia de massa de pimentão;
2 dentes de alho;
80 gr. de banha;
1 kg. de amêijoas;
sal e pimenta.

Preparação:
Lave as amêijoas e ponha-as de molho, mudando várias vezes a água, para lhe retirar a areia. Corte a carne de porco em quadrados com 3 a 4 cm e barre-o com a massa de pimentão e os dentes de alho pisados com um pouco de sal grosso. Deixe ficar assim durante 2 horas pelo menos. Aqueça a banha numa frigideira, junte a carne de porco e deixe fritar. Na altura de servir, rectifique o tempero e junte mais sal e alguma pimenta, se for necessário. Adicione as amêijoas. Logo que estas abram, sirva com gomos de laranja ou limão e batatinhas fritas; pode ou não polvilhar com salsa picada.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Santuário de Nossa Senhora de Aires


Cúpula do zimbório e baldaquino de talha dourada do Santuário de Nossa Senhora de Aires (concelho de Viana do Alentejo). Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 -
Legenda Santuário de Nossa Senhora de Aires
Cota DFT4709.2 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Não Quero que vás à Monda

Daqui para a minha terra,
Tudo é caminho e chão!
Tudo são cravos e rosas,
Oh, meu lindo amor,
Plantadas p’la minha mão!


Não quero que vás à monda,
Nem à ribeira lavar,
Só quero que me acompanhes,
No dia em que m’eu casar!
No dia em que m’eu casar,
Hás-de ser minha madrinha,
Não quero que vás à monda,
Nem à ribeira sózinha!


Dizem que o chorar tira,
As mágoas ao coração!
Eu chorei um ano a fio,
Oh, meu lindo amor,
As mágoas inda cá estão!


Não quero que vás à monda,
Nem à ribeira lavar,
Etc.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Personalidades Alentejanas - ALMADA, Vitorino de Sant'Ana Pereira de

(n. Elvas em 1845; m. Elvas em 1899)

Oficial do exército e erudito. Em 1887 era capitão quartel-mestre de 1.ª classe.

Dedicou-se a coligir documentação histórica, a maior parte da qual não chegou a editar. Fez persistentes estudos históricos e arqueológicos sobre Elvas, sua terra natal, e publicou, de 1888 a 1895, a obra Elementos para um dicionário de geografia e história portuguesa, a qual trata os factos relativos ao concelho de Elvas e aos extintos concelhos de Barbacena, Vila Boim e Vila Fernando.

Escreveu também: O manuscrito de Afonso da Gama Palha sobre a guerra da sucessão em Espanha, Elvas, 1876; Francisco de Pala Santa Clara, estudo biográfico, Elvas, 1888; Os quartéis- mestres, 1890. Foi redactor principal do Elvense, fundado em 1880, e colaborou em numerosos periódicos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Carne de Porco à Alentejana (2)

Ingredientes:
750 gr de carne de porco limpa,
Sal e pimenta q.b.,
1 colher de chá de colorau,
2 dl de vinho branco,
3 dentes de alho,
2 folhas de louro,
100 gr de banha,
1 kg de amêijoas ou berbigão,
1 limão,
100 gr de pickles,
1 raminho de coentros

Preparação:
Corte a carne em cubinhos e tempere com sal, pimenta, colorau, vinho branco, os dentes de alho esmagados e o louro. Mexa bem e deixe repousar durante cerca de 2 horas. Escorra bem a carne, reservando o molho. Aqueça bem a banha numa frigideira e frite a carne, mexendo de vez em quando, até ficar lourinha. Junte o molho da marinada, deixe ferver durante 1 minuto e junte as amêijoas. Vá mexendo e assim que as amêijoas estiverem abertas, junte os coentros picados. Misture bem e sirva de imediato, polvilhado com os pickles cortados bem pequeninos e decorado com o limão.

Nota: 
As amêijoas ou os berbigões devem ser previamente bem lavados e conservados durante umas horas em água com sal, para que fiquem limpos de areias.
Esta receita está calculada para 4 pessoas.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Igreja da Misericórdia de Arraiolos


Nave e capela-mor da Igreja da Misericórdia de Arraiolos. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Norte, Volume II).


Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 ant. -
Legenda Igreja da Misericórdia de Arraiolos
Cota DFT4449 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sábado, 29 de setembro de 2012

Antigo Locutório do Convento das Maltesas


Antigo Locutório do Convento das Maltesas, em Estremoz. No altar está o painel do "Baptismo de Jesus" (de c. 1600). Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Norte, Volume II).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 ant. -
Legenda Antigo Locutório do Convento das Maltesas
Cota DFT455 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Calducho

Ingredientes: 
2 postas de bacalhau demolhado
3 dentes de alho
2 cebolas
1,5 dl de azeite
2 folhas de louro
1 raminho de poejos
500 gr de batatas
sal
2 ovos
4 fatias de pão duro

Confecção: 
Leve 1,2 lt de água ao lume. Depois de ferver, introduza o bacalhau e coza durante 5 minutos. Escorra, retire a pele e as espinhas e desfaça em lascas. Reserve o caldo. Pique os alhos e as cebolas muito finamente e frite no azeite quente. Junte as folhas de louro partidas e o raminho de poejos. Regue com o caldo do bacalhau e deixe levantar fervura. Entretanto, descasque as batatas e corte aos pedaços pequenos. Junte à sopa, tempere com sal e coza durante 15 minutos. Envolva o bacalhau, os ovos batidos e coza por mais 5 minutos. Corte o pão aos pedaços e coloque numa tigela. Regue com a sopa, decore com um raminho fresco de poejos e sirva de imediato.

domingo, 23 de setembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Muito Bem Parece (Raminho de Flores)

Toma lá padece 
Triste coração
 Recebe as pagas
 Recebe as pagas
 Que os amores dão

 Muito bem parece 
Raminho de flores 
Pregado no peito 
Pregado no peito 
Dos trabalhadores 
Dos trabalhadores
 Dos oficiais
 No meu lindo amor 
No meu lindo amor 
Ainda brilha mais

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Igreja da Misericórdia de Arraiolos


Nave e capela-mor da Igreja da Misericórdia de Arraiolos. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Norte, Volume II).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 ant. -
Legenda Igreja da Misericórdia de Arraiolos
Cota DFT4449 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Vista parcial de Evoramonte


Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 dep. -
Legenda Vista parcial de Evoramonte
Cota DFT707 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sábado, 15 de setembro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Canja de Garoupa

Ingredientes: (para 4 pessoas) 
2 postas de garoupa (500 g aprox.)
1 cebola média cortada às rodelas
3 dentes de alho pisados
100 g de arroz carolino
1 molho de espinafres
2 dl de azeite
150 g de camarão descascado
150 g de miolo de amêijoa

Preparação: 
Começa-se por cozer o peixe com o azeite, a cebola e o alho, retirando-o assim que estiver cozido. No caldo resultante, adicione o arroz, o camarão e o miolo das amêijoas. Limpe o peixe de pele e espinhas e junte ao arroz quando este acabar de cozer.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Moura Linda

Linda Terra que te beija, 
O Ardila e Guadiana! 
Às outras causas inveja, 
Linda vila alentejana! 

 Ó Moura linda de graça infinda, 
Como tu outra não vi!
 Simples singela, és sempre bela,
 És sempre bela, como belo é tudo em ti!

 Os teus prados verdejantes,
 Salpicados de papoilas! 
Tornam-se mais cativantes, 
Se os mondam lindas moçoilas! 

 Ó Moura linda de graça infinda, 
Como tu outra não vi! 
Etc.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Igreja do Cv. Nª Sª do Bosque, Borba


Fachada da Igreja do Convento de Nossa da Consolação do Bosque, em Borba. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Igreja do Cv. Nª Sª do Bosque, Borba
Cota DFT4630.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sábado, 8 de setembro de 2012


Porta principal do Santuário de Nossa Senhora de Aires, em Viana do Alentejo. 

 Autor Desconhecido/ não identificado 
Data Fotografia 1910 - 1940 
Legenda Porta principal do Nantuário de N. S. Aires 
Cota CME0299 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Caracóis

Ingredientes:
2 l de caracóis
1/2 dl de azeite
4 dentes de alho
1 folha de louro
oregãos
pimenta e sal p.b

Preparação: 
Os caracóis devem ser lavados em bastantes águas até não deitarem qualquer sujidade. De seguida, vão a cozer em água e sal com todos os ingredientes atrás referidos, sendo os alhos cortados ao meio. O lume deverá ser brando para que o caracol saia o mais possível. Nota: Há também quem coloque presunto ou paio.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Moreanes é Meu Povo

Os corações também choram 
Eu ainda não sabia
 Ontem à noite acordei eu 
Ao pranto que o meu fazia 

 Moreanes és meu povo 
A minha aldeia é Santana 
És das terras mais porreiras
 Pra cantar à alentejana 
Todos cantam lindamente 
Desde o mais velho ao mais novo 
A minha aldeia é Santana 
Moreanes és meu povo 

 Anda cá se tu queres água 
Os meus olhos t’a darão 
É pouca mas é clara 
Nascida do coração 

 Moreanes és meu povo 
A minha aldeia é Santana 
Etc.

sábado, 1 de setembro de 2012

Ruínas da Igreja Matriz em Juromenha


Ruínas da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Loreto, na Fortaleza de Juromenha.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1965 -
Legenda Ruínas da Igreja Matriz em Juromenha
Cota DFT747 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Vista parcial do Redondo


Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1969
Legenda Vista parcial do Redondo
Cota DFT5324.1 - Propiedade Arquivo Fotográfico CME

sábado, 25 de agosto de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Carne da Matança

Ingredientes: 
entrecosto
alhos
sal
louro
massa de pimentão
banha

Preparação: 
Corta-se o entrecosto aos bocados e tempera-se com os alhos pisados, sal, louro, massa de pimentos e vinho branco. Deixa-se a carne a marinar durante três a quatro dias, dando voltas e adicionando vinho branco q.b. Passados estes dias frita-se a carne na banha. Depois de frita, guarda-se em assado de barro, juntamente com a gordura resultante da fritura. A carne deve ficar totalmente coberta com a gordura. Serve-se aquecendo na propria gordura.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cancioneiro Alentejano - Moda da Trovoada

Eu já estava de abalada,
 Lindo amor, para te ir ver. 
Armou-se uma trovoada,
 Mais tarde deu em chover! 
Mais tarde deu em chover.
 Sem fazer vento nem nada. 
Lindo amor, para te ir ver,
 Eu já ‘stava de abalada!

 Quando eu queria, não quiseste
 Julgavas que eras mais qu’eu
 Agora que tu já queres

 Agora não quero eu 
 Eu já estava de abalada, 
Lindo amor, para te ir ver. 
Armou-se uma trovoada, 
Etc.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Panorâmica de Arraiolos


Panorâmica de Arraiolos, vendo-se o castelo ao fundo.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1975
Legenda Panorâmica de Arraiolos
Cota DFT4444.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Carne de Porco à Alentejana (1)

Ingredientes: 
800 g de lombo de porco, 
4 dentes de alho, 
2 colheres de sopa de massa de pimentão, 
4 colheres de banha, 
1 kg de amêijoas, 
sal q.b. 

Preparação: 
Pisam-se os dentes de alho num almofariz com sal grosso (aproximadamente 1 colher de sopa). Esfrega-se a carne primeiramente com a papa de alhos e depois com a massa de pimentão. Deixa-se ficar assim de um dia para o outro, ou melhor, durante 24 horas. Próximo da altura de servir, corta-se o lombo em quadrados regulares e leva-se a fritar com a banha num tacho de barro. Entretanto, tem-se as amêijoas muito bem lavadas. Na altura de servir, juntam-se as amêijoas, deixando-as rapidamente sobre lume forte e servindo-as imediatamente para não secarem. Acompanham-se com batatas fritas.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Cancioneiro Alentejano - Moda da Passarada (Quais, quais)

Maria pois tu não vês 
O passarinho na lenha

 Quais, quais,
 Oliveiras, olivais,
 Pintassilgos, rouxinóis, 
Caracóis, bichos móis, 
Morcegos, pássaros negros, 
Trambolas, galinholas, 
Perdizes, codornizes, 
Cartaxos e pardais, 
Cucos, milharucos, 
Cada vez há mais! 

 As asas a dar a dar, 
O biquinho venha, venha! 

 Quais, quais, 
Oliveiras, olivais, 
Etc.

sábado, 11 de agosto de 2012

Anta capela de S. Dinis, em Pavia


Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1970
Legenda Anta capela de S. Dinis, em Pavia
Cota DFT1565 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 5 de agosto de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Caldeirada de Peixe do Rio (2)

Ingredientes: 
750g de peixe do rio previamente preparado,
2 cebolas,
6 dentes de alho,
4 tomates, louro,
1 pimento verde,
1 ramo de salsa,
1 ramo de hortelã da ribeira,
1 ramo de oregãos,
sal,
azeite,
batatas,
água.

Preparação: 
Descascar as batatas às rodelas e cortar as cebolas e os alhos; cortar o pimento às tiras e pelar os tomates. Num tacho, deitar uma camada de batatas, cebola, alho, salsa, peixe, cebola, alho, pimento, tomate, louro, salsa, sal e azeite e assim sucessivamente. A última camada leva os oregãos, a hortelã da ribeira, o vinho e água até mais ou menos meio da panela. Tapar bem e deixar cozer entre 15 a 20 m, após abrir fervura.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Cancioneiro Alentejano - Moda da Lavoura (Lembra-me o Tempo Passado)

Lembra-me o tempo passado 
Tudo se vai acabando 
Os bois puxando o arado
 O almocreve cantando 
O almocreve cantando
 O almocreve cantando 
Cultivando lindos prados 
Quando vejo alguém lavrando 
Lembra-me o tempo passado
 Lembra-me o tempo passado 

 Eu aprendi a canta
 Lavrando em terra molhada
 Lá na solidão dos campos 
Pensando em ti minha amada 
Pensando em ti minha amada

 Lembra-me o tempo passado
 Tudo se vai acabando 
Os bois puxando o arado
 Etc.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Igreja conventual de Nª Sª Esperança, V. Viçosa


Altares de talha dourada e guarniçaõ de azulejos coloridos da capela-mor da Igreja Conventual de Nossa SEnhora da Esperança, em Vila Viçosa. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II, est. 85).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Igreja conventual de Nª Sª Esperança, V. Viçosa
Cota DFT4599.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 31 de julho de 2012

Fábrica "Celuloses do Guadiana", em Mourão.


Quarta fase da construção da fábrica de papel "Celuloses do Guadiana", em Mourão.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1954-10-26 -
Legenda Fábrica "Celuloses do Guadiana", em Mourão.
Cota DFT1714 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Caldeirada de Peixe do Rio (1)

Ingredientes: 
1 lampreia,
1 sável,
1 enguia,
1 muge,
1 safio,
1 picão,
3 carpas,
poejos,
hortelã da ribeira,
folhas de cebola,
tomate,
azeite,
alho,
pão,
água.

Preparação: 
Corta-se o peixe em pedaços pequenos, juntam-se todos os temperos, água até tapar o peixe e põe-se a cozer. Espera-se 15 minutos, prova-se de sal e serve-se numa terrina com pão duro cortado às fatias.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Cancioneiro Alentejano - Minha Doce Jovenzinha

Quando eu tinha 15 anos, 
Mais do que a prata valia! 
Namorava à mangação, 
Tinha amores quantos queria!

 Só uma pena me existe, 
Minha doce saudade, 
É olhar para o teu rosto, 
Ver-te assim tão pouca idade. 
Ver-te assim tão pouca idade, 
Ver-te assim tão criancinha! 
Só uma pena me existe, 
Minha doce jovenzinha!

 Que fizeste ao sorriso, 
Com que me cumprimentavas! 
Não esqueças que eu preciso,
 Do modo com que me olhavas! 
 Só uma pena me existe,
 Minha doce saudade, Etc.

sábado, 21 de julho de 2012

Capela da Igreja do Calvário, no Redondo


Capela da Ordem Terceira de São Francisco, na Igreja do Calvário do Redondo. No altar vê-se a imagem do Senhor Jesus dos Passos (sécs. XVII-XVIII). Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Capela da Igreja do Calvário, no Redondo
Cota DFT4688 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 15 de julho de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Cabrito à Nossa Moda

Ingredientes: 
1 cabrito ou metade, como preferir; 
2 cabeças de alhos; 
azeite q.b; 
1 colher de chá de colarau (pimentãodoce); 
2 caldos knorr; 
sal q.b; 
vinho branco para regar; 
batatas miúdas; 
Legumes cozidos a seu gosto; 
Cebolinhas 

Preparação: 
Um dia antes limpe o cabrito de gorduras e lave-o. Num recepiente coloque as cabeças de alho descascadas, o colarau, o caldo knorr, o sal e cubra com azeite. Triture tudo com uma varinha mágica e esfregue o cabrito com esta mistura e reserve no frigorífico durante 24 horas. Passadas as 24 horas coloque o cabrito num recepiente para ir ao forno, descasque as cebolas e as batatinhas e espalhe em volta do cabrito. Regue com 3 copos de vinho branco e leve ao forno. Á medida que vai assando verifique se precisa de mais vinho e vá virando ao cabrito e as batatas para que assem dos dois lados. Coza legumes a seu gosto para acompanhar. O ideal seria grelos de nabo ou de couve. Sirva o cabrito quente mesmo no recepiente que foi ao forno com as batatas e coloque outro com os legumes.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Cancioneiro Alentejano - Meu Lírio Roxo do Campo

Meu lírio roxo do campo, 
Criado na Primavera,
 Desejava, amor, saber, 
Ai! Ai! 
A tua intenção qual era.
 A tua intenção qual era,
Qual era o teu proceder, 
Meu lírio roxo do campo, 
Ai! Ai! 
Quem te pudesse ir colher!
 Quem te pudesse ir colher, 
Oh! meu amor, quem me dera! 
Desejava, amor, saber,
 Ai! Ai! 
A tua intenção qual era!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Pedra dos Namorados


Menir "Pedra dos Namorados", em Reguengos de Monsaraz.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1970
Legenda Pedra dos Namorados
Cota DFT1036 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Borrego à Camponesa

Ingredientes: 
1,5 kg de borrego, 
azeite, 
1 folha de louro, 
5 dentes de alho, 
1 colher de chá de colorau, 
1 limão, 
1 molho de coentros, 
sal, pimenta e piripiri. 

Preparação: 
Corta-se o borrego e tempera-se com sal pisado, dentes de alho e louro. Leva-se ao lume um tacho com azeite necessário para fritar. Logo que esteja bem quente, frita-se o borrego até alourar. Adiciona-se água e deixa-se cozer com o tacho tapado. Tempera-se com o colorau, a pimenta e o piripiri. Pouco antes de servir misturam-se os coentros picados e o sumo de limão. Serve-se com esparregado.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Cancioneiro Alentejano - Meu Lírio Roxo (Ao romper ...)

Badajoz tem lindas moças 
Portugal também as tem 
Meu lírio roxo 
Tiro, liro, liro, 
Para amar meu bem 

 Ao romper da bela aurora 
Sai o pastor da cabana 
Meu lírio roxo 
Sai o pastor da cabana 
Vem gritando em altas vozes 
Muito padece quem ama 
Meu lírio roxo 
Muito padece quem ama 

 Badajoz tem lindas moças 
Portugal também as tem 
Meu lírio roxo
 Portugal também as tem

domingo, 1 de julho de 2012

Fachada do Cv. de St. António da Piedade, Redondo


Fachada do Convento de Santo António da Piedade (Cemitério Público), no Redondo.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 dep. -
Legenda Fachada do Cv. de St. António da Piedade, Redondo
Cota DFT929 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Borrego à Alentejana com Abóbora

Ingredientes: 
1,5 kg de borrego
100 gr de toucinho entremeado
2 cebolas
1 ramo de salsa
Sal, pimenta branca e pimentão doce q.b.
60 gr de banha
4 dentes de alho
2,5 dl de vinho branco
1,5 kg de abóbora

Preparação: 
Comece por fazer uma massa com os alhos esmagados com um pouco de sal, junte a banha e o pimentão moído (se não conseguir arranjar pimentão moído, substitua por colorau). Barre o borrego com esta massa, deixando-o assim durante uma hora. Ligue o forno à temperatura de 180º C. Findo o tempo de marinar o borrego e introduza-o no forno e deixe assar, regando de vez em quando com 2 dl de vinho branco, para não queimar no fundo assim como com o próprio molho do assado. O tempo de cozedura não deverá ser inferior a uma hora, mas depende da rijeza da carne. Sirva o borrego inteiro ou cortado aos bocados, decore com salsa e acompanhe com a abóbora. 

Acompanhamento de Abóbora: 
Descasque a abóbora limpe-a e corte-a em fatias de 1 centimetro de espessura. Num alguidar introduza as fatias de abóbora e tempere com sal, e um pouco de pimentão moído ou colorau. Descasque as cebolas e corte-as em rodelas finas, corte o toucinho também em fatias finas. Numa assadeira de forno, coloque no fundo uma camada de cebola, a seguir umas fatias de toucinho, depois uma camada de fatias de abóbora, e sempre assim até acabar, sendo a última camada de abóbora. Regue com 1/2 dl de vinho branco e um pouco da gordura do assado de borrego (se não tiver gordura do assado, utilize um pouco de azeite) e leve a assar ao forno durante 40 minutos. Sirva na própria assadeira.

sábado, 23 de junho de 2012

Cancioneiro Alentejano - Meu Alentejo Querido

Fiz uma cova na areia 
Para enterrar minha mágoa 
Entrou por ela o mar todo 
Não encheu a cova de água 

 Meu Alentejo querido
 Cheio de sol e calor
 És meu torrão preferido 
Meu Baixo Alentejo 
És para nós encantador 
És para nós encantador 
Embora vivas esquecido
 Cheio de sol e calor 
Meu Baixo Alentejo 
Meu Alentejo querido

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Convento das Chagas de Cristo, em Vila Viçosa


Coro alto do Convento das Chagas de Cristo, em Vila Viçosa. Esta imagem foi publicada no Inventário Artístico de Portugal, de Túlio Espanca (Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Évora - Zona Sul, vol.II, Lisboa, Academia Nacional de Belas Artes, 1978, est. 57).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Convento das Chagas de Cristo, em Vila Viçosa
Cota DFT778 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 19 de junho de 2012

Personalidades Alentejanas - ALCOFORADO, Soror Mariana

(n. Beja; m. 28 Julho 1723) 

Religiosa, a quem se atribui a autoria das célebres cartas de amor que foram publicadas em Paris, e em língua francesa, em 1669, e que ficaram conhecidas pelo título de Lettres portugaises. Nasceu em Beja, onde foi baptizada em 22 de Abril de 1640, sendo filha de Francisco da Costa Alcoforado e de Leonor Mendes. 

O pai exerceu em Beja o cargo de executor do almoxarifado. As cartas foram enviadas ao então capitão Noël Bouton, conde de Saint-Léger, e depois marquês de Chamilly (1636-1715), que veio com as tropas francesas, enviadas em auxilio de Portugal contra a Espanha. Esteve ele no nosso país desde 1665 até 1667. Mariana Alcoforado era a esse tempo freira no convento de N.ª Sr.ª da Conceição, em Beja, para onde entrou muito nova e onde veio a falecer, a 28 de Julho de 1723, com 83 anos de idade. Consta que escreveu uma carta ao seu amante quando soube que se fizera paz, suplicando-lhe que a levasse para França. Chamilly teria embarcado sem lhe responder. 

Aportou ao Algarve o navio que o conduzia, e ali teria ele recebido uma nova carta de Mariana, por intervenção de um oficial francês. Esta carta não obteve resposta. Ainda assim, a apaixonada freira continuou a escrever, e só recebeu uma carta de reposta. Regressado a França, partiu Chamilly para a expedição de Candia (1669), onde foi gravemente ferido. Depois de participar em vários combates, morreu em 1715. Acredita-se hoje que a obra é escrita por Lavergne de Guilleraggues. Este escritor francês da corte de Luís XIV publica em Paris, em 1669, a versão francesa de um texto em português escrito por uma freira, que é o conjunto de cinco cartas endereçadas ao marquês de Chamilly, futuro marechal de França (1636-1715). 

As cartas estão assinadas por Marianne e, de facto, nessa data o marquês servia em Portugal. A controvérsia sobre a real autoria destas cartas tem-se prolongado até aos nossos dias. A existência histórica de Sóror Mariana Alcoforado, bem como a do seu apaixonado, não é posta em causa. As dúvidas surgem quanto à autenticidade das cartas. Para além do enigma literário que as cartas vêm criar, apócrifas ou não, as Lettres Portugaises lançam a moda dos romances organizados sob a forma de epístolas, de que o livro Relações Perigosas, de Pierre Choderlos de Laclos (1741-1803), constitui exemplo elucidativo.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Bolos de Côco

Ingredientes: 
7 ovos 
400 gr de açucar 
1 colher (sopa) de farinha 
500 gr de coco ralado 
1 pitada de baunilha em pó 
manteiga para untar 
farinha para polvilhar

Confecção:  
Bata muito bem os ovos com o açucar até obter um creme fofo e esbranquiçado. Misture a farinha com o coco ralado e a baunilha em pó. Envolva no preparado de ovos e mexa até verificar que todos os ingredientes ficam bem ligados entre si. Com a ajuda de duas colheres de sopa, retire pequenas porções de massa e dê-lhes a forma de pastéis, tipo os de bacalhau. Disponha-os num tabuleiro untado com manteiga e polvilhado com farinha, deixando um pequeno espaço entre cada um. Leve ao forno durante cerca de 15 minutos, à temperatura de 210ºC. Sirva depois de frios. 

Dica: 
Ao preparar a massa, se verificar que fica muito rija, pode adicionar mais um ovo, tendo em atenção que também não deve ficar muito mole, para que consiga moldar os bolos.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Cancioneiro Alentejano - Menina‘stás à janela

Além daquela janela, 
Dois olhos me estão matando! 
Matem-me devagarinho, 
Que eu quero morrer cantando! 

 Menina‘stás à janela 
Com o teu cabelo à lua, 
Não me vou d’aqui embora, 
Sem levar uma prenda tua, 
Sem levar uma prenda tua, 
Sem levar uma prenda dela, 
Com o teu cabelo à lua 
Menina‘stás à janela 

 Amanhã me vou embora, 
E hoje faço a despedida! 
Adeus pai, e adeus mãe,
 E adeus minha rapariga!

 Menina‘stás à janela 
Com o teu cabelo à lua, Etc.