(n. 1843; m. 1905)
Bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra em 1886, moço-fidalgo com exercício na Casa Real por Alvará de 30 de Outubro de 1862, Par do Reino e lavrador. Em 1899 foram concedidas ao Dr. Francisco Barahona as honras de Oficial-mor da Casa Real.
Logo que terminou a formatura foi habitar na sua quinta de S. Pedro, perto de Cuba, onde se entregou à lavoura. Em 1887 mudou a sua residência para Évora onde foi figura marcante. Na sua quinta da Horta do Bispo instalou um albergue para inválidos, dispensou protecção valiosíssima ao esforço da Assistência Nacional aos Tuberculosos e, no palácio em que habitava, iniciou a constituição duma valiosíssima galeria de arte, comprando sobretudo, peças de arte contemporânea, com o intuito de proteger o desenvolvimento das belas artes em Portugal.
Ao mesmo tempo ia preparando o futuro museu eborense, pois era sua intenção legar esses valores ao Museu Regional de Évora. A cidade e o seu desenvolvimento urbanístico ficaram a dever ao Dr. Francisco Barahona serviços inestimáveis, entre eles a construção do magnífico teatro Garcia de Resende e do Jardim Público, feitos a expensas do grande benemérito.
Francisco Barahona era filho dos condes da Esperança e casou com D. Inácia Angélica Fernandes Ramalho, da família Matos Fernandes.