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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Pelourinho de Terena


O Pelourinho de Terena (Terena, Alandroal), símbolo do antigo poder municipal da vila, é uma obra do século XVI, reinado de D. João III.

É constituído por fuste e capitel de xisto, encimado por esfera marmórea. Fica situado na Rua Direita, junto à Torre do Relógio e à Igreja da Misericórdia.

Este pelourinho está classificado como Imóvel de Interesse Público, pelo IPPAR (Decreto 23122, DG 231 de 11 de outubro de 1933

https://pt.wikipedia.org/wiki/Alandroal

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Alandroal - Freguesias


O concelho do Alandroal está dividido em 4 freguesias:

-Alandroal, São Brás dos Matos e Juromenha
Alandroal, São Brás dos Matos e Juromenha (oficialmente Alandroal (Nossa Senhora da Conceição), São Brás dos Matos (Mina do Bugalho) e Juromenha (Nossa Senhora do Loreto)) é uma freguesia portuguesa do concelho de Alandroal, na região do Alentejo, com 259,58 km² de área e 2 344 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 9,0 hab/km². Foi constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Alandroal (Nossa Senhora da Conceição), São Brás dos Matos (Mina do Bugalho) e Juromenha (Nossa Senhora do Loreto), tendo sede no Alandroal.

-Capelins
Capelins é uma freguesia portuguesa do concelho do Alandroal, na região do Alentejo, com 87,14 km² de área e 527 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 6 hab/km². Tem o nome alternativo de Santo António, sendo que o nome oficial da freguesia é Capelins (Santo António). Localizada na extremidade sueste do concelho, a freguesia de Capelins tem por vizinhos as localidades de Santiago Maior a oeste, Terena a noroeste e Nossa Senhora da Conceição (Alandroal) a norte, os municípios de Mourão a sueste e Reguengos de Monsaraz a sudoeste e a Espanha a leste. Esta freguesia pertenceu, até 1836, ao extinto concelho de Terena. Fazem parte desta freguesia os aglomerados populacionais de Ferreira de Capelins e Montes Juntos.

-Santiago Maior
Santiago Maior é uma freguesia portuguesa do concelho do Alandroal, na região do Alentejo, com 112,99 km² de área e 2 205 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 19,5 hab/km². Localizada no sudoeste do concelho, a freguesia de Santiago Maior tem por vizinhos as freguesias de São Pedro a nordeste e Capelins a leste e os concelhos de Reguengos de Monsaraz a sul e Redondo a oeste. Pertenceu, até 1836, ao extinto concelho de Terena. Fazem parte desta freguesia as localidades de Aldeia dos Marmelos, Aldeia das Pias, Aldeia da Venda, Orvalhos, Cabeça de Carneiro, Seixo e Casas Novas de Mares.

-Terena
Terena é uma freguesia portuguesa do concelho do Alandroal, na região do Alentejo, com 82,97 km² de área e 767 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 9,2 hab/km². A freguesia inclui esta localidade e Hortinhas. Tem o nome alternativo de São Pedro, sendo por vezes também conhecida como São Pedro de Terena. Localizada no centro do concelho, a freguesia de Terena (São Pedro) tem por vizinhos as localidades de Nossa Senhora da Conceição (Alandroal) a nordeste, Capelins a sueste e Santiago Maior a sudoeste, e os concelhos do Redondo a oeste e de Vila Viçosa a norte.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Alandroal

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Castelo do Alandroal


Erguido sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), de acordo com a inscrição epigráfica sobre uma das portas, a sua primeira pedra foi lançada em 6 de Fevereiro de 1294 por D. Lourenço Afonso, Mestre da Ordem de Avis. Uma segunda inscrição, no alçado Oeste da Torre de Menagem (hoje integrado na Sala do Tesouro da Igreja Matriz), informa a conclusão de sua edificação, em 24 de Fevereiro de 1298, sendo Mestre da Ordem, o mesmo D. Lourenço Afonso. Uma terceira inscrição, no torreão à direita do portão principal, datada críticamente entre 1294 e 1298, refere o nome do seu construtor, que se identificou apenas como "Eu, Mouro Galvo".

O Alandroal foi elevado à condição de vila por Carta de Foral de 1486, outorgada por D. João II (1481-1495). Nessa qualidade, no reinado de seu sobrinho e sucessor, D. Manuel I (1495-1521), a vila e seu castelo encontram-se figurados por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509).

Em 1606, a maior parte das construções no interior da cerca encontravam-se arruinadas. No século XVIII, o conjunto perdeu a sua barbacã, demolida para dar lugar, no interior dos muros, às edificações dos novos Paços do Concelho e da Cadeia da Comarca.

Considerado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910, apenas na década de 1940 se procederam a obras de consolidação e restauro, principalmente a reconstrução de alguns troços de muralhas e a desobstrução da estrutura de numerosas casas que, ao longo dos séculos, se haviam adossado às muralhas.

Em estilo gótico, o castelo apresenta planta oval (na qual se inscreve um pequeno bairro intra-muros), reforçada por três torres de planta quadrangular, nos ângulos, e uma sólida Torre de Menagem adossada à cerca. O portão principal (Porta Legal) é ladeado por duas torres quadrangulares, ligeiramente avançadas (para permitir o tiro vertical sobre a entrada), ligados por uma cortina e encimadas por ameias de remate piramidal.

A Torre de Menagem, de planta quadrangular, divide-se internamente em três pavimentos. O acesso ao seu interior encontra-se, atualmente, entaipado. A esta torre, adossou-se, ainda no século XIII, a Igreja de Nossa Senhora da Graça, que alterada posteriormente, hoje apresenta traços renascentistas, patentes particularmente na abóbada artesoada. Em 1744, o terraço da Igreja foi aproveitado para edificar a Torre do Relógio.

Ao castelo, em posição dominante, associava-se a cerca da vila, de urbanismo muito simples, com uma única via (rua do Castelo) no sentido leste-oeste, flanqueada por duas portas. A principal, denominada Porta Legal, a leste, através da qual se acede ao adro da igreja, é constituída por um arco gótico com corredor, flanqueada por dois torreões quadrangulares ligados por cortina e encimados por ameias de remate piramidal. Parte daqui a única rua que atravessa a vila e que termina na chamada Porta do Arrabalde, a oeste, com seteiras em mármore e também flanqueada por uma torre, onde no seu pé-direito, no exterior, foi gravada a “vara”, medida padrão à época, para a aferição das medidas utilizadas no comércio local.

Os estudiosos apontam ainda, como marcas identificativas da formação cultural islâmica de seu construtor, além da epigrafia anteriormente citada, uma janela em forma de ferradura numa das torres e semelhanças entre o sistema de torres deste castelo e as muralhas almóadas de Sevilha.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Alandroal

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Personalidades Alentejanas - Diogo Lopes de Azevedo


Diogo Lopes Azevedo (Alandroal, 1465 — Alandroal, 1530), foi um fidalgo Português que aportou pela primeira vez em Malaca em 1509, antes da conquista em 1511 por Afonso de Albuquerque. Foi governador da Índia de 1518 a 1522.

Ao serviço de D. Manuel I, foi enviado para fazer o reconhecimento da costa de Madagáscar (então nomeada Ilha de São Lourenço) e respectivas potencialidades comerciais, aportando depois na Índia. Durante esta viagem, que se prolongou por vários anos, chegou a Samatra e Pacém, onde ergueu padrões com as armas portuguesas. Em outras viagens passou por Ceuta, Arzila, Alcácer Ceguer, Diu e Goa, reparando fortalezas em diversas paragens.

Em 1509, pouco antes de Afonso de Albuquerque assumir o cargo de governador da Índia, Lopes de Sequeira comandou a primeira frota portuguesa a chegar a Malaca. Obtendo a autorização do sultão local, aportou com cinco navios para comerciar levando credenciais e presentes. Inicialmente foi bem recebido, desembarcou homens e mercadorias, no entanto não consegiu um acordo para estabelecer uma feitoria, pois os gujarates, os mercadores muçulmanos locais, opuseram-se com o apoio do bendahara. Visto como uma intrusão no comércio entre o estreito de Malaca e as ilhas indonésias, foi planeada uma tentativa de destruir a expedição. Diogo Lopes Azevedo abandonou rapidamente a costa com três dos navios, deixando para trás dois navios incendiados, várias baixas e dezanove prisioneiros. Afonso de Albuquerque, instado a libertar os portugueses, conquistaria Malaca em 1511. Diogo Lopes Azevedo foi nomeado governador da Índia de 1518 a 1522, cargo que terá desempenhado de forma contestável, enriquecendo abusivamente. Em 1524, já sob D.João III, participou da Conferência de Elvas e Badajoz onde Portugal disputaria as Molucas com Castela, nos acordos de demarcação a Este do da linha do Tratado de Tordesilhas, onde, mercê da relação difícil com o rei, terá assumido uma posição favorável aos últimos.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Alandroal

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Juromenha


Nossa Senhora do Loreto de Juromenha foi uma freguesia portuguesa do concelho do Alandroal, com 32,08 km² de área e 107 habitantes (2011). Densidade: 3,3 hab/km².

Foi sede de uma freguesia extinta (agregada), em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de São Brás dos Matos (Mina do Bugalho) e Nossa Senhora da Conceição (Alandroal), para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Alandroal (Nossa Senhora da Conceição), São Brás dos Matos (Mina do Bugalho) e Juromenha.

Em 1984 deu origem à freguesia de São Brás dos Matos

Localizada na extremidade nordeste do concelho, a freguesia de Juromenha tem por vizinhos as localidades de São Brás dos Matos (Mina do Bugalho) a sul e oeste, os municípios de Vila Viçosa a noroeste, Elvas a norte e o Território de Olivença a sueste.

Juromenha foi sede de concelho, extinto em 1836, sendo que dele faziam parte as freguesias de Juromenha, São Brás dos Matos e Vila Real, (esta última, desde 1801, de facto mas não de jure).. (situada para lá do Guadiana, é administrada por Espanha, integrando o município de Olivença).

O concelho de Juromenha tinha, em 1801, 823 habitantes.

São antigas as origens de Juromenha, que ocupou a honrosa função de sentinela do rio Guadiana, que corre a seus pés.

Foi conquistada aos mouros (então com o nome de Julumaniya, que por uma leitura imprópria do árabe foi transcrita por alguns historiadores como Chelmena) por D. Afonso Henriques, em 1167. Entrou depois nos domínios da Ordem de Avis, a quem foi doada pelo rei D. Sancho I. Nela decorreram alguns episódios importantes durante as guerras da Restauração (século XVII) e Peninsular (século XIX). Fez parte da diocese de Elvas até 1882, data em que a mesma foi extinta.

Após a sua anexação no concelho do Alandroal, Juromenha iniciou um processo de declínio, acentuado na década de 1920, quando a população abandonou totalmente o espaço intramuros, desenvolvendo-se o arrabalde em torno da ermida de Santo António, que é hoje o núcleo fundamental da vila.

A Fortaleza de Juromenha localiza-se na freguesia de Juromenha, concelho de Alandroal, distrito de Évora, em Portugal. Entre a Guerra da Restauração e a Guerra Peninsular, sobre o rio Guadiana cuja travessia fechava, foi considerada uma das chaves da fronteira do Alentejo.

Dominando este ponto de travessia do rio Guadiana, a ocupação de seu sítio remonta a galo-celtas e a Romanos. Ocupada mais tarde quando da Invasão muçulmana da Península Ibérica, à época da Reconquista cristã da península manteve-se por dois séculos como posto-avançado de defesa da importante cidade de Badajoz, desde o século X em mãos do Califado de Córdoba.

A povoação e o seu castelo foram conquistados desde 1167 pelas tropas do rei D. Afonso Henriques (1112-1185), auxiliado pelas forças do lendário Geraldo Sem Pavor. Como recompensa, o soberano nomeou este último como alcaide do castelo. Povoação e castelo retornariam às mãos dos muçulmanos, sob o comando do califa Iacube Almançor, em 1191, para serem definitivamente conquistadas por forças portuguesas, sob o comando de D. Paio Peres Correia, em 1242.

Objeto de preocupação do rei D. Dinis (1279-1325), este lhe incrementou o povoamento, concedendo-lhe Carta de Foral em 1312 e lhe promoveu importantes reforços nas defesas. Passou, assim, a contar com muralhas de taipa revestidas em cantaria de granito e ardósia, às quais se adossavam 16 torres quadrangulares, dominadas por uma imponente Torre de Menagem que se alçava a 44 m de altura.

As bodas do rei D. Afonso IV (1325-57) com D. Beatriz de Castela (1309) e de Afonso XI de Castela com D. Maria de Portugal foram celebrados neste castelo.

O seu foral seria confirmado no reinado de D. João II (1481-1495), a 28 de Agosto de 1492, e a povoação e seu castelo encontram-se figurados (lado norte) por Duarte de Armas no seu Livro das Fortalezas (c. 1509).

Foi reforçado e ampliado à época da Guerra da Restauração da independência de Portugal, quando foi erguida a Fortaleza de Juromenha, com cuja história passa a se confundir. No contexto da Restauração da independência portuguesa, a partir de 1640, ante a iminência de uma invasão espanhola, impôs-se a completa reestruturação das fortificações fronteiriças de Portugal, adaptando-se as estruturas ainda medievais às exigências da artilharia da época. Diante da precariedade da defesa constituída pelo Castelo de Juromenha, que remontava à Idade Média, foram apresentados, em 1644, três diferentes planos para modernização desta defesa ao Conselho de Guerra do rei D. João IV (1640-1656):
-o de autoria do engenheiro-militar e arquitecto italiano Pascoeli, descartado por oferecer uma proteção insuficiente;
-o do jesuíta neerlandês Cosmander, que veio a ser eleito na ocasião, mesmo em face dos elevados custos e dificuldades técnicas;
-o do francês Nicolau de Langres, que, em face da paralisação do projecto do seu antecessor, veio a ter este aprovado em 1646, assumindo as obras.

Com os trabalhos ainda em andamento, um incêndio fez saltar o paiol da pólvora (Janeiro de 1659), o que causou a destruição de parte expressiva das estruturas já edificadas e do antigo Paço Municipal. Uma centena de homens da guarnição (estudantes da Universidade deÉvora) e três mestres que os capitaneavam, perderam a vida na ocasião.

Passando-se para o serviço da Espanha, Langres comandou, em pessoa, a artilharia inimiga quando do ataque de 1662, capturando esta fortificação que ele mesmo construíra. Esta praça permaneceu ocupada por tropas espanholas até ao Tratado de Lisboa (13 de Fevereiro de 1668), quando retornou à posse da Coroa portuguesa.

A fortaleza sofreu severos danos com terramoto de 1755, tendo-lhe sido efetuadas obras de reparo e de ampliação, quando foi adossado um novo baluarte à muralha pelo lado do rio Guadiana, para defesa do ancoradouro.

No início do século XIX, no alvorecer da Guerra Peninsular, foi entregue, sem resistência pelo seu Governador, às tropas espanholas quando da chamada Guerra das Laranjas, para ser recuperada apenas em 1808.

Com a perda de sua função defensiva diante da evolução dos meios bélicos, entrou em decadência, até ao seu abandono em 1920.

A partir de 1950 a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) iniciou-lhe extensas obras de consolidação e reparo, que se estenderam, com intervalos, até 1996.

Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público através do Decreto nº 41.191, de 18 de Julho de 1957.

Em precário estado de conservação, encontram-se concluídos os trabalhos de prospecção arqueológica, encontrando-se pendente de aprovação um projeto de requalificação de suas dependências como instalação hoteleira, inscrito num programa mais vasto de turismo para a região, desde 2005.

Actualmente podem ser observados trechos de muralhas e de edificações representativos dos seus diversos períodos construtivos, onde às estruturas medievais se misturam os elementos arquitectónicos típicos das fortalezas abaluartadas.

Fortificação do tipo misto, apresenta planta poligonal, composta por duas cinturas de muralhas, uma interna, onde se inscreve a antiga Torre de Menagem, e outra, externa, do tipo abaluartado no sistema de Vauban, onde se observa a presença dos diversos elementos deste tipo de fortificação: cortinas, revelins, fossos-secos, canhoneiras e outros.

Ao abrigo dos muros foram edificadas a Igreja Matriz e a Igreja da Misericórdia, bem como reedificado o antigo Paço do Concelho e cadeia. Uma cisterna de planta rectangular, abastecia a guarnição e os habitantes.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Juromenha