(n. Carregal de Tabosa - Sernancelhe - em 1885; m. Lisboa em 1963)
Foi um dos romancistas portugueses mais fecundos da primeira metade do século XX. Frequentou o colégio jesuíta da Lapa e os seminários de Lamego, Viseu e Beja. Em 1906 abandonou o seminário e fixou-se em Lisboa, dedicando-se à defesa da república através de textos conspiratórios. Devido a uma explosão no seu quarto, onde morrem dois carbonários, foge para Paris e só regressa em 1914. Dedicou-se então ao ensino e juntou-se ao grupo da Seara Nova. Entre 1927 e 1928, sofreu algumas perseguições e chegou mesmo a ser preso, conseguindo fugir novamente para Paris. Em 1959, foi-lhe movido um processo censório pelo seu romance Quando os Lobos Uivam.
A sua obra romanesca insere-se numa linha camiliana e destacam-se os seguintes volumes: Andam Faunos pelos Bosques (1926); A Casa Grande de Romarigães (1957); O Malhadinhas e Quando os Lobos Uivam (1958). Estas representam tendências constantes na sua ficção: um regionalismo apegado à terra campesina e às suas gentes, sem perder universalidade nos seus carácteres e descrições; uma ironia terna e complacente perante os vícios humanos comuns; uma crítica violenta da opressão política e do fanatismo ideológico; uma atenção inebriada ao pulsar do torrão campestre, tanto como à vibração sensual do corpo no ser humano.
Centro Virtual Camões. Literatura Portuguesa - Aquilino Ribeiro (1885-1963). [Online] URL: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/literatura/AQUILINO.HTM. Acedido a 18 de Outubro de 2007.
Projecto Vercial. Aquilino Ribeiro. [Online] URL: http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/aquilino.htm. Acedido a 18 de Outubro de 2007.
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