Em tempos não muito distantes no olival da herdade da Cabaça era dado o azeite para a capela de Nossa Senhora do Socorro, para iluminar a santinha todo o ano.
E quando mudou o dono, deixaram de dar o azeite para a capela. No ano seguinte as oliveira, em vez de darem azeitona, deram bagas vermelhas e as folhas ficaram com o feitio das folhas das beldroegas.
Assim continuaram por alguns anos a dar bagas vermelhas.
Então os donos voltaram a dar o azeite para a capela de Nossa Senhora do Socorro. No entanto as oliveiras nunca mais voltaram a dar azeitona como davam dantes. E passados tantos anos ainda em algumas oliveiras aparecem folhas e bagas esquisitas.
Versão de Portalegre, registada em 2001 por Rita de Jesus Cordas Barroqueiro (n. Reguengo, 1934) e transcrita por Ruy Ventura (2005) – Contos e Lendas da Serra de São Mamede, antologia breve, Almada, Associação de Solidariedade Social dos Professores: 87.
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