(n. Évora em 1646; m. 1718)
Entrou na Companhia de Jesus, em Évora, a 5 Julho 1659 e fez em Lisboa a maior parte do noviciado. Voltando para Évora, completou na Universidade os estudos clássicos, cursou Filosofia e Teologia, ensinou Latim (1668-1671) e foi pregador.
Em 1680, inaugurou na mesma Universidade um curso de Artes, que não passou do 1.º ano. Revelou-se um talento essencialmente prático, porque, confiando-se-lhe a administração da quinta da Alagoa, que era quase toda um paul improdutivo, em breves anos transformou-a numa das propriedades mais rendosas que os Jesuítas tiveram no Algarve. Promoveu também a indústria da seda e a cultura das amoreiras, sobre as quais escreveu um pequeno tratado.
Ocupou-se em redigir a história da cidade de Évora, desde 1690. Inicialmente, propôs-se organizar apenas o catálogo dos seus bispos; depois decidiu «dar juntamente as notícias de tudo o que achasse pertecente a Évora», pelo que a obra foi crescendo até encher quatro grossos volumes. Intitulou-os Évora ilustrada e obteve as licenças de impressão, mas não o conseguiu, por mais diligências que fizesse, inclusive junto do Cabido eborense. Mais tarde foi editada uma versão do Padre Francisco da Fonseca com o nome de Évora gloriosa: epílogo dos quatro tomos da «Évora ilustrada» que compôs o R. P. Manuel Fialho, etc. (Roma, 1728).
In Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. Lisboa: Editorial Verbo, cop. 1969. Vol 8.º, pp. 726-727.
In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa; Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia Lda., [195-]. Vol. XI, p. 250.
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