(n. Arroches a 25 Dezembro 1891; m. Lisboa a 6 Junho 1939)
Filho de Francisco Teófilo de Oliveira e Joana de Aurélio Pereira. Estudou em Arronches e Portalegre. Aos 12 anos foi internado no Colégio S. Fiel, um dos mais prestigiados estabelecimentos de ensino dirigido por jesuítas. Após quatro anos de frequência deste colégio, desistiu por não se adaptar. Um ano depois fez o exame para o 5.º ano dos liceus, que veio a concluir em Lisboa juntamente com o ensino secundário.
Nesta época o jovem arrochense não escapou ao ambiente tenso, febril, carregado de idealismos e de ingenuidades. Ainda estava bem viva a ditadura de João Franco, abruptamente abreviada pela tragédia do Terreiro do Paço.
Teófilo Júnior abraçou o republicanismo e em Agosto de 1910 inicia a sua colaboração no órgão oficial do Partido Republicano no distrito de Portalegre: Intransigente. Para este periódico escrevia artigos assinados com o pseudónimo Emídio Montano. Apesar da sua ligação preferencial ao republicanismo conservador não o impediu de relaciona-se com outros sectores, mesmo afectos ao Partido Democrático, sobre o qual viria a manifestar sérias reservas.
Matriculou-se em 1911 na Faculdade de Letras de Lisboa na Secção de Filologia Românica, permitindo-lhe vir a consolidar os seus conhecimentos e perspectivá-los para outros horizontes. Por esta altura começa a escrever para A Fronteira de Elvas (22 Outubro). Iniciou também a colaboração noutros periódicos: A Cidade (1915), O Leste; O Evolucionista; O Jornal (1918).
Além da licenciatura em Românicas, Teófilo Júnior frequentou a Escola Normal Superior de Lisboa. Em Dezembro de 1918 foi nomeado professor agregado do Liceu de Passos Manuel em Lisboa. Casou a 21 de Dezembro de 1921 com Clarisse Valente de Almeida. A 31 de Maio de 1927 foi contratado como professor do Instituto de Orientação Profissional. Em 1931 passa para o Liceu de Santarém, mas, nesse ano, problemas familiares e políticos interromperam a sua carreira de docente que se augurava auspiciosa.
Permaneceu durante alguns meses em Badajoz, acabando por ser demitido do Instituto de Orientação Profissional por abandono do lugar. No ensino secundário optou por uma licença ilimitada. Daqui por diante trabalhou como professor particular, leccionando em casa.
Francisco Teófilo de Oliveira Júnior viveu intensamente o período febril e contraditório que foi a I República Portuguesa. Reflectiu sobre ele e produziu uma obra política e literária assinalável.
In VENTURA, António - Teófilo Júnior: Vida e Obra. Arronches: Câmara Municipal de Arronches, 1991. pp. 5-21.
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