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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Claustro do Cv. S. Francisco, em Estremoz


Aspecto parcial do Claustro do Convento de São Francisco, em Estremoz.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 ant. -
Legenda Claustro do Cv. S. Francisco, em Estremoz
Cota DFT4522 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 27 de outubro de 2013

Anedotas sobre Alentejanos

Estavam dois velhos Alentejanos falando sobre o mar quando a páginas tantas diz um pro outro:
- Oh home, cala-te que n’a percebes nada de mar.
Resposta pronta do outro:
- Pra tua informação, o mar morto, que é o mar morto já eu o conhecia antes dele estar doente.





Certo dia um alentejano estando aflito para arrear o calhau, preparava-se para o fazer mesmo ali atrás do coreto. Quando estava já preparado, olha pra trás, vê um escaravelho e diz-lhe de imediato:
- Ah, és guloso?! Pois já nã cago.





Estão dois alentejanos encostados a um chaparro à beira da estrada, quando passa um automóvel a grande velocidade e deixa voar uma nota de 10 contos que vai cair no outro lado da estrada. Passados cinco minutos, diz um alentejano para o outro:
- Cumpadri, se o vento muda temos o dia ganho.





Conversa entre alentejanos:
- Cumpadri, porque é que você arrancou dois dentis no mesmo dia?
- Porque o dentista não tinha troco de 10 contos.





Um cientista alentejano resolve fazer uma experiência. Pega num porco e numa lanterna, leva os dois para o topo de um prédio de quinze andares e deixa-os cair ao mesmo tempo. Repara que os dois chegam ao mesmo tempo ao chão. Sabem qual foi a conclusão a que chegou?
- Os porcos movem-se à velocidade da luz.





Um turista pergunta a um alentejano:
- Ja nasceu aqui algum grande homem?
- Na senhori. Aqui so nascem criancas!...

Anedotas de Alentejanos

Um alentejano veio a Lisboa e encontrou-se com um amigo. Andavam os dois a passear pela rua e o alentejano cumprimentava todos os manequins que via nas montras. O amigo disse-lhe para não fazer aquilo, porque aquelas figuras não eram pessoas.
- Bom, está beim - respondeu-lhe o alentejano.
Certo dia iam a passar por um quartel e estava lá o sentinela em sentido. Vai o alentejano dá-lhe uma bofetada e diz:
- Quem é que há-de dizer que um safado destes não é gente?





Diz um alentejano para o outro:
- Compadre! Já viu aquela gaivota morta?
O outro põe a mão por cima da testa, olha para o céu e responde:
- A donde compadri?





Dizia um caçador lisboeta numa tasca alentejana depois de um dia de caça:
- Hoje cacei 100 coelhos, 200 perdizes e 300 tordos.
Diz-lhe um alentejano:
- Atão você é tal e qual coma mim.
- Ah! Então o senhor também é caçador?
- Nã senhori, sou munta mentiroso!





Precisando de mais um piloto para a sua frota de aviões, uma empresa comercial lisboeta pôs um anúncio no jornal pedindo candidatos. Entre outros, aparece um alentejano.
Eis o conteúdo da sua entrevista:
- Então o senhor tem brevet de pilotagem?
- Tenho o queim?
- O senhor sabe pilotar aviões?
- Nã senhori.
- Percebe alguma coisa de coordenadas de voo?
- Nã senhori.
- Sabe, ao menos, falar Inglês?
- Nã senhori.
- Então o que é que veio cá fazer?
- Ê vim cá dzêri, pá nã contarem cá comigo!





Diz um alentejano para o outro:
- Então o compadri vai-se casar por amor ou por enteressi?
- Deve ser por amori que eu nã tenho enteresse nenhum na gaja!






Um alentejano apanha um comboio para ir ao Porto e senta-se ao lado de um senhor muito bem vestido. O alentejano começa a olhar e pergunta:
- Por acaso você nunca apareceu na televisão?
Ao que o Sr. responde:
- Sim, eu costumo ir a muitos concursos de cultura geral e por isso o Sr. deve-me conhecer daí. Como a viagem vai ser longa, você por acaso não quer fazer um jogo comigo?
- Pode ser. - Respondeu o alentejano.
- Então fazemos assim: como eu tenho mais cultura que o Sr., você faz-me uma pergunta sobre um assunto qualquer e se eu não souber responder, dou-lhe 10 contos. A seguir faço-lhe eu uma pergunta e se não souber a resposta, dá-me só mil escudos. Concorda?
- Vamos a isso. - respondeu o alentejano confiante.
- Então eu faço-lhe a primeira pergunta. Diga-me o nome da pessoa que escreveu "Os Lusíadas", aquele poeta só com um olho, que dignificou Portugal?
O alentejano começa a pensar e passados alguns instantes diz:
- Nã sei. Ê nã sei leri.
- A resposta era Luis de Camões. Dê-me os mil escudos e faça-me uma pergunta qualquer.
- Tomi. Bem, qual é o animali que se o encostar a um chaparro sobe-o com quatro patas e desce-o com cinco patas?
- Olhe, essa nem eu sei. - respondeu o homem muito admirado.
- Então passe para cá os 10 contos.
- Tome. Mas agora diga-me, que animal é esse?
- Tamém nã sei. Tome lá mil escudos.




No velho oeste já havia alentejanos e um deles era sentinela no forte do General Custer. Estava ele no seu posto de trabalho, quando se apercebe de um bando de índios a aproximarem-se do forte e então dá o alarme:
- General, general! Índios à vista!
- São amigos? - pergunta o general.
- Devem ser, general. Eles estão todos juntos!




Dois alentejanos encontram-se em França. Diz um deles:
- Então Manuel, como é que vais?
- Eu não me chamo Manuel e nunca o vi na minha vida.
- Não é possível! Então não estivemos juntos em Lisboa?
- Eu nunca estive em Lisboa.
- Espera, eu também nunca estive em Lisboa...
- Se calhar, foram outros dois.




Houve uma altura em que um dos aviões da TAP foi pilotado por um alentejano.
Então, certo dia durante uma viagem o avião tem um problema e um dos motores
pára. O alentejano através do rádio diz para os passageiros:
- Devido a um problema técnico, vamos chegar ao nosso destino com meia hora
de atraso.
Passados alguns instantes, o segundo motor pára e novamente o piloto diz aos
passageiros:
- Lamento informar, mas vamos chegar com uma hora de atraso.
Mais alguns instantes passaram e os motores param todos. Com uma calma
incrível, o piloto diz aos passageiros:
- Lamento informar, mas vamos passar o resto da noite no ar...




Havia um alentejano que tinha um Grande amigo que era comandante de um navio. Um dia o comandante morreu e no dia seguinte o alentejano apareceu morto, a boiar em frente à praia. Os amigos demoraram algum tempo a descobrir que ele se tinha afogado ao tentar concretizar o último desejo do seu amigo. Isto é, estava a cavar um túmulo para o amigo que queria ser sepultado no mar.




Após uma recente investigação científica (realizada por alentejanos) ficou provado que a maior parte das invenções foram realizadas por alentejanos.
Os outros povos limitaram-se a aperfeiçoá-las. Por exemplo:
- Os limpa-vidros foram inventados pelos alentejanos. Os americanos limitaram-se a passá-los para o lado de fora dos automóveis.
- A injecção foi inventada por um alentejano. Os alemães apenas substituíram o prego por uma agulha.
- Foi também um alentejano que inventou o pente sem dentes para carecas.
- O pára-quedas foi inventado por um grupo de alentejanos. Os ingleses só descobriram que este deveria abrir logo após o salto, e não no momento do impacto.





Dois Alentejanos resolvem ir a Lisboa passear! Quando chegam lá, o que resolvem fazer? Ir às "meninas".
Chegam a um bordel, e depois de terem escolhido as "meninas", vão para o quarto.
Quando já estavam quentes e preparados para o "catra-pau-pimba", diz a "menina", ao dar-lhe uma camisinha para a mão:
- " Olha tens que usar esta coisinha, 'tá bém?"
- " Atão porquêi?"
- " Isto é para não ficarmos grávidas!"
- " 'Tá bém, pode sêri!"
Bem, depois de terem acabado, foram embora p'rá terra.
Encontram-se duas semanas mais tarde e diz um para o outro:
- " O Cumpadre, aquelas Lisboetas pá! Aquilo é que foi."
- " Se foi, ê dê duas trancadas, com'ê nunca tinha dado na vida!"
- " Olhe lá, vocemecêi; importa-se qu'elas engravidem?"
- " Ê não! Quero lá saberi!"
- " Atão vamos tirar estas porras qu'há quinze dias qu'ê na mijo!"

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Gastronomia Tradicional Alentejana - Pézinhos de Coentrada

Ingredientes: 
8 pézinhos de porco
100 gr. de banha
2 molhos de coentros
2 folhas de louro
8 dentes de alho
3 colheres de farinha
1 dl de vinagre
sal

Preparação: 
Arranjam-se muito bem os pés de porco e abrem-se ao meio. Salgam-se durante dois ou três dias. Depois de limpos de sal, cozem-se muito bem. Escolhem-se as folhas dos coentros e pisam-se num almofariz, juntamente com os alhos e o sal. Num tacho derrete-se a banha e alouram-se ligeiramente os condimentos que foram pisados no almofariz, assim como as folhas de louro. Em seguida, colocam-se os pézinhos de porco com um pouco de água onde foram cozidos. A água deverá ser passada por um passador de rede fina. Deixa-se apurar um pouco, para depois se acrescentar a farinha e o vinagre, previamente misturados. Acompanha com pão frito.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Personalidades Alentejanas - PIRES, António Thomaz

(n. Elvas a 7 Março 1850; m. Elvas em 1913)

Filho de Manuel Justino Pires e de D. Francisca da Piedade Pires. Foi Secretário da Câmara Municipal e notabilizou-se no estudo da história e da etnografia de Elvas e do Alto Alentejo em geral.

Colaborou com Teófilo Braga, José Leite de Vasconcelos, Gonçalves Viana, Adolfo Coelho, entre outros.

As suas investigações foram publicadas em jornais e revistas regionais como Sentinela da Fronteira, O Elvense, Progresso de Elvas, Folha de Elvas, A Perola, O Bohemio, O Liberal, Correio Elvense, A Fronteira, nas secções literárias do Jornal da Manhã (Porto), Gazeta de Portugal (Lisboa), Globo (Lisboa), e nas revistas El Folk-lore Andaluz (Sevilha), El Folk-lore Bético-Estrermeño (Fregenal), Archivio per le tradizioni popolari (Palermo), Archivo de Ex-libris Portuguezes (Génova), Boletim da Sociedade de Geographia (Lisboa), Revista do Minho (Esposende), A Tradição (Serpa), O Archeologo Portuguez (Lisboa), Revista Lusitana (Lisboa), Portugalia (Porto), e Mundo Illustrado (Porto).

Da sua incansável pesquisa e recolha das riquezas folclóricas de Elvas e da sua região (canções, rimas populares, adivinhas, adágios, rifões e anexins, romances e orações, contos e jogos) resultaram várias obras de entre as quais se destacam: Cancioneiro popular politico (Elvas, 1891); Folk-lore portuguez. Setecentas comparações populares alentejanas (Esposende, 1892); Calendario rural (Elvas, 1893); Notas historico-militares (Elvas, 1898); Materiaes para a historia da vida urbana portuguesa (Lisboa, 1899) (Separata do Boletim da Sociedade de Geographia de Lisboa); Catalogo do Museu Archeologio da Camara Municipal de Elvas (Lisboa, 1901) (Separata de O Archeologo Portuguez); Contos populares portuguezes (Elvas, 1902-1912); Estudos e notas elvenses.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Sala do Capítulo, Cv. S.Francisco, Montemor-o-Novo


Sala do Capítulo do Convento de São Francisco de Montemor-o-Novo.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1970
Legenda Sala do Capítulo, Cv. S.Francisco, Montemor-o-Novo
Cota DFT522 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Anedotas sobre Alentejanos

Por que é que os Alentejanos quando andam de mota levam um machado à frente?
É para cortarem o vento.





Onde é que os Alentejanos costumam guardar o dinheiro?
Debaixo da enchada. Ninguem lá toca.





Estavam dois Alentejanos a brincar à apanhada. Vai um deles e diz assim:
- Já estou farto de correr atrás de ti. A partir de agora corres tu à minha frente.
Vai o outro e diz:
- Tá bem, por mim tanto faz.





Uma brigada de transito estava a fazer um relatório de um acidente de viação e perguntou a um pastor Alentejano como tinha sido o acidente. Resposta do pastor:
- Os senhores guardas veêm ali aquela estrada? Veêm aquela curva? Veêm aquele chaparro? Olhe eles não viram.





Um miudo Alentejano pergunta ao pai como se fazia um filho. Diz o pai:
- Ora, mete-se a pilinha num buraquinho e pronto faz-se um filho.
Um dia estava o alentejanito a mijar num buraco de parede e salta de lá um grilo, vai o moço e diz assim:
- Porra, logo preto e com cornos, se não fosses meu filho acabava-te já com o cagar.

Anedotas de Alentejanos

Dois "Alentejanos" acabam de assaltar um banco com sucesso.
Param o carro uns quilómetros 'a frente:
- Atão vamos contar o dinhêro???
- Nem pense nisso. Esperemos po noticiário, cumpadre...





Estavam dois agricultores, um Americano e um Alentejano :
- Qual é o tamanho da sua quinta ? - pergunta o Americano.
Para os padrões portugueses, a minha quinta tem um tamanho razoável, vinte alqueires, e a sua? - retruca o nobre lusitano.
- Olha, eu saio de casa de manha, ligo o meu jeep e ao meio dia ainda não percorri a metade da minha propriedade.
- Pois é, - responde o Alentejano - já tive um carro desses. É uma merda...





Estava-se a fazer um concurso ao alvo com 3 concorrentes. Um Alentejano, um Francês e um Inglês. Coloca-se uma maçã em cima da cabeça de um homem e o Inglês atira a seta. Depois de acertar diz: I'm Robin Hood.
O Francês atira a sua seta espetando-a em cima da do Inglês e diz: I'm Gilherme Tell.
O Alentejano atira a seta acertando inevitavelmente na cabeça do homem, olha para o publico e diz: I'm sorry.





Num congresso de genética apresentam-se os mais conceituados cientistas. Discutem e apresentam as suas novas invenções.
Um Holandês: "Eu tenho a apresentar o cruzamento entre uma abóbora e uma ervilha sem ambos perderem nenhuma das suas capacidades"
Todos aplaudem
Um alentejano: "Eu tenho a apresentar o cruzamento entre um pirilampo e um chato sem ambos perderem as suas capacidades."
Alguém pergunta "Qual a finalidade disso?"
O Alentejano: "De noite, a coisa da minha Maria parece Las Vegas"





Dois lisboetas iam pelo Alentejo, quando encontram um Alentejano sentado a sombra de uma Azinheira:-) Resolvem chatea-lo um pouco e perguntam:
- Compadre, quanto tempo falta para chegar onde queremos ir?
- Uns 10 minutos, responde o alentejano.
- Mas como, indaga um dos lisboetas?
- E' que esse e' o tempo que demora para chegar onde eu caguei, e vocês estão com cara de quem quer ir 'a merda...





Estava um Alentejano sozinho num autocarro e alem dele só' o motorista.
Estava a chover muito e o infeliz estava mesmo sentado por baixo de uma goteira.
O motorista para num sinal vermelho e ao olhar para o espelho vê aquilo e pergunta :
-Mas porque e que não troca de lugar ?
-Ê até trocava, mas com queim ??





Dois alentejanos:
- Atã compadre, nã quêra lá ver que hoje de manhã fui dar com dois caracóis no mê quintali!
- Ah sim !? E atão o que é que você fez?
- Ah compadre! Um ainda o apanhei mas o outro ... conseguiu fugir!!





Dois alentejanos, zangados à muito tempo, passam um pelo outro num caminho. Um deles leva um bovino à frente. Diz o outro:
- Atão vai passear o boi?
O outro, muito admirado:
- Mas que jêto, compadre? A gente nã se falava há tanto tempo! Mas isto nã é um boi. É uma vaquinha. O compadre enganou-se.
Resposta do primeiro:
- Ê cá nã falê consigo. Foi com a vaca.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Gastronomia Tradicional Alentejana - Túberas com Ovos

Ingredientes:
1 kg de túberas
ovos
1 ramo de salsa
1 cebola pequena
sal
azeite e óleo para fritar

Preparação:
Lavar muito bem as túberas e pelá-las. Lavar uma segunda vez para retirar toda a terra. Cortar às rodelas e temperá-las com sal. Numa frigideira, deitar o azeite e o óleo, deixar aquecer e fritar as túberas sucessivamente. À parte, num prato, partir os ovos, picar a cebola e a salsa finamente, e bater tudo junto com uma pitada de sal. Colocar novamente as túberas na frigideira e deitar por cima os ovos.
Serve como acompanhante ou petisco.

domingo, 13 de outubro de 2013

Personalidades Alentejanas - PICÃO, José da Silva

(n. Santa Eulália - Elvas - a 10 Março 1859; m. 18 Maio 1922)

Lavrador e escritor. Filho de D. Maria Francisca da Silva Lobão Telo e de Francisco de Assis Picão. Foi um autodidacta, pois desde cedo adquiriu hábitos inveterados de leitura. Dedicou-se ao estudo dos tratados agrícolas e pecuários e nas horas de descanso devorava os livros de Vítor Hugo, Camilo Castelo Branco, Balzac, Eça de Queiroz e Zola.

Foi um espírito arguto e esclarecido. Fruto do meio em que nasceu e sem preparação literária erudita, escreveu sobre a sua terra e a sua gente. Colaborou no periódico O Elvense, com o pseudónimo de João Chaparro e publicou alguns artigos na Portugália, revista de Ricardo Sereno, subordinados ao título “Etnografia do Alto Alentejo (concelho de Elvas)”. Em 1903 editou a obra Através dos Campos - Usos e costumes agrícolo-alentejanos (concelho de Elvas) a expensas do bibliófilo António José Torres de Carvalho.

Outro trabalho de Silva Picão foi A caminho da Cegonha. Aqui descreveu a odisseia de uma aldeia alentejana (Santa Eulália) condenada ao martírio periódico da falta de água, que dificilmente se adquiria em poços ou em escassos mananciais, de onde era tirada por meio de um chocalho. Esta é uma pequena obra-prima da literatura regional, pelo valor do estilo, acerto no emprego do vocabulário e rigor descritivo. Foi pela primeira vez publicada num pequeno opúsculo intitulado O Elvense de 1894. Em 1940 publicou-se uma nova edição desta novela regionalista.





In PICÃO, José da Silva - Através dos Campos: Usos e costumes agrícolo-alentejanos (concelho de Elvas). 2.ª Ed. Lisboa: Editora Guimarães, 1937. pp. XIII-XVIII.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Castelo de Vila Viçosa


Castelo de Vila Viçosa: caminho de ronda, torres circulares e Torre de Menagem (?). Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1978 ant.
Legenda Castelo de Vila Viçosa
Cota DFT6157 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Anedotas de Alentejanos

Um Alentejano vai à praia pra se bronzear. Deita-se na areia, adormece e quando acorda vê um preto ao lado dele a apanhar sol.
- Ó cumpadre, há quanto tempo é que está cá?
- Dois dias.
- Porra e eu que era pra ficar quinze dias.





Estavam dois Alentejanos e um galego. Um dos alentejanos diz assim:
- O pensamento é a coisa mais rápida do mundo, basta uma pessoa pensar e já está.
Vai outro e diz assim:
- Não, a coisa mais rápida do mundo é a electricidade. Basta uma pessoa ligar o interruptor e acende-se logo a luz.
Vai o galego e diz:
- Não senhora, estão todos enganados. A coisa mais rápida do mundo é a caganeira. Veja lá que eu esta noite não tive tempo para pensar nem tão pouco para acender a luz e caguei-me todo.

Anedotas sobre Alentejanos

Um Alentejano de Serpa andava a aprender Inglês num curso de adultos, a professora passou-lhe um trabalho para casa sobre as cores, o que o Alentejano evidentemente não fez. No dia seguinte, a professora pergunta pelo trabalho, vai o Alentejano e diz:
- Ontem quando cheguei a casa, ouvi o telefone GREEN!!!, atendi e disse YELLOW!!!, ouvi do outro lado: “- Vai à bardamerda” . - E eu PINK!!!





Estavam dois alentejanos debaixo de uma azinheira. Um deles trazia um porco ao colo e andava a dar-lhe bolota. Passam dois senhores e veêm aquele quadro e dizem para o Alentejano:
- Então não era melhor derrubar a bolota e o porco comia no chão?
Nisto vira-se o Alentejano para o outro e diz-lhe:
- Ó compadre devem ser engenheiros!!!





No Alentejo andava um rebanho junto à linha férrea. Aparece um comboio e mata quatro ovelhas. O patrão manda chamar o pastor e pergunta-lhe como tinha sido. Resposta do pastor:
- O patrão e tivemos muita sorte, porque se o comboio viesse atravessado matava-as todas.





Por que é que mandaram 10000 Alentejanos para o GOLFO quando houve conflitos?
Foi para acalmarem a situação.





E depois há aquela história do alentejano que vivia com um problema existencial.
O pobre do homem vivia sem conseguir distinguir os 2 cavalos perfeitamente iguais que tinha no quintal. Felizmente, um dia, descobriu que o cavalo branco era dois palmos mais alto que o preto.





Um grupo de amigos está a contar anedotas. Um deles anuncia:
- Pessoal, tenho umas anedotas fresquinhas sobre Alentejanos !
Responde uma das pessoas do grupo:
- Antes de continuares, aviso-te, eu sou Alentejano !
E o outro responde:
- OK, esta bem, eu conto-as devagar...

sábado, 5 de outubro de 2013

Gastronomia Tradicional Alentejana - Chispe Afiambrado à Alentejana

Ingredientes:
1 chispe de porco com mais ou menos 1 kg
1 ramo de manjerona
1 ramo de salsa
1 folha de louro
1 cebola
1 colher (sopa) de vinagre
1 ovo
Vinho branco e água ( partes iguais)
6 grãos de pimenta
2 cravos-da-Índia
Pão ralado
Sal

Preparação:
Mete-se o chispe numa panela cobrindo-o com metade de água e vinho. Junta-se o louro, os cravos, a pimenta, a cebola às rodelas, a salsa, a manjerona, o vinagre e o sal, deixando-se cozer. Depois de frio, tira-se a pele dura, passa-se pelo ovo batido e envolve-se no pão ralado. Leva-se ao forno para tostar. Servir cortado às fatias fininhas com acompanhamento a gosto.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Personalidades Alentejanas - PEREIRA, Gabriel Victor do Monte

(n. Évora em 1847; m. Lisboa em 1911)

Nasceu na antiga Rua da Ladeira, filho dum professor do ensino secundário. Fez em Évora todo o ensino primário e secundário, indo para Lisboa fazer os estudos preparatórios para entrar na Escola Naval, que veio a abandonar a instâncias da família. Matriculou-se depois na Escola Politécnica, mas não terminou o curso. Estudou Paleografia na Torre do Tombo, frequentando as aulas do Dr. João Pedro da Costa Branco.

Relacionando-se com vários estudantes que viriam a ser figuras destacadas do meio artístico e político português do fim-de-século XIX, destacando-se Brito Aranha, Mariano Cordeiro Freio, Gomes de Brito, António Enes e Rafael Bordalo Pinheiro. Num ambiente de tertúlia literária e artística, formou com estes jovens uma «Academia», que se reunia na Praça da Alegria em Lisboa, no estúdio de Rafael Bordalo Pinheiro.

Professor do Liceu de Setúbal, dedicou-se ao estudo da História e Arqueologia. Regressado a Évora com o encerramento do Liceu de Setúbal, é proposto pelo Dr. Augusto Filipe Simões e aceite como amanuense da secretaria da Santa Casa da Misericórdia de Évora (1872), tendo a seu cargo a organização e conservação do arquivo histórico desta instituição, num trabalho que lhe levou catorze anos.

Entregou-se à publicação de trabalhos que lhe possibilitaram a familiaridade com eruditos de vários países. Traduziu os escritores gregos e romanos clássicos que tratam da geografia da Península Ibérica, como Estrabão e Plínio. Em 1880, a Universidade de Coimbra confia-lhe a elaboração do índice provisório dos documentos do seu cartório, publicados sob o título Catálogo Provisório dos Pergaminhos da Universidade de Coimbra (1888). Entretanto, o seu trabalho na Santa Casa da Misericórdia de Évora foi de tal monta que, ao averiguar do paradeiro da documentação de bens considerados perdidos, conseguiu duplicar os rendimentos da instituição. A estes trabalhos seguiram-se a publicação dos Estudos Eborenses: História, Arte, Arqueologia num total de 37 folhetos em dois volumes (1886-1916).

Vereador da Câmara Municipal de Évora (Pelouro da Instrução) em 1886-1987, veio a ser convidado pelo seu antigo companheiro de juventude, António Enes, como «empregado extraordinário» da Biblioteca Nacional de Lisboa (1888), nomeado Inspector das Bibliotecas em 1902 e Inspector das Bibliotecas e Arquivos Nacionais, posteriormente. Foi membro da Real Associação dos Arquitectos e Arqueólogos Portugueses, da Sociedade de Geografia e da Sociedade Literária Almeida Garrett.

Em 1919, uma lápide comemorativa foi colocada na casa onde viveu, e na antiga Rua da Ladeira (freguesia de Santo Antão), a placa toponímica passou a ter o seu nome. Em 1950, os seus restos mortais foram trasladados do cemitério do Alto de S. João (Lisboa), para o Cemitério dos Remédios em Évora, no talhão especialmente destinado aos homens mais ilustres da cidade.





In SILVA, Joaquim Palminha - Dicionário Biográfico de Notáveis Eborenses 1900/2000. Évora: Tip. Diário do Sul, 2004. pp. 103-104.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Retábulo da Ermida de São Pedro


Retábulo de pintura portuguesa (c. 1560) da Ermida de São Pedro, em Montemor-o-Novo. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Norte, Volume II)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 ant. -
Legenda Retábulo da Ermida de São Pedro
Cota DFT4503 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME