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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Município de Sines faz 655 anos - Conheça o programa das comemorações


O município de Sines, criado em 1362 pelo rei D. Pedro I, comemora 655 anos no próximo dia 24 de novembro com um programa de iniciativas culturais, desportivas e protocolares.

O programa das comemorações começa na quinta-feira, 23 de novembro, com a segunda edição da oficina de paleografia, uma iniciativa do Arquivo Municipal de Sines que ensina a ler a transcrever documentos antigos. Também no dia 23, às 15h30, a Arte Velha – Associação de Artesãos de Sines inaugura uma exposição de trabalhos na sua sede.

Para sexta-feira, 24 de novembro, Dia do Município, estão marcadas as cerimónias oficiais das comemorações, nos Paços do Concelho: hastear da bandeira, às 10h00, e sessão solene da Assembleia Municipal, às 11h00.

A tarde de dia 24 é dedicada às artes plásticas. Às 15h30, o Centro Cultural Emmerico Nunes realiza uma visita às exposições da oitava edição do seu projeto Valores do Sítio de Sines, com obras de criadores de Sines. Meia hora depois, às 16h00, outro artista de Sines, o pintor António Caetano, inaugura a sua exposição “Persistência do Mito”, no Centro de Artes de Sines.

Às 21h30 de dia 24, o Pavilhão Multiusos de Sines recebe o concerto comemorativo do Dia do Município, que irá juntar a cantora Rita Guerra à Orquestra de Sopros do Algarve, com participação especial de um coro com 100 alunos da Escola EB 2,3 Vasco da Gama. Nota: Os últimos bilhetes (gratuitos) para este espetáculo serão disponibilizados para levantamento no Pavilhão Multiusos, dia 24 de novembro, a partir das 14h00.

No sábado, 25 de novembro, a literatura entra nas comemorações. Às 16h00, no Centro de Artes, o jovem autor de Sines Gonçalo Naves apresenta o seu novo livro, “é no peito a chuva”, editado pela livraria A das Artes.

O teatro é trazido pela companhia Teatro do Mar, que, no âmbito das comemorações, estreia o seu novo espetáculo “A Idade do Silêncio”, às 22h00 de 25 e 26 de novembro (sábado e domingo), no auditório do Centro de Artes de Sines. Com criação e direção de Julieta Aurora Santos e interpretação de Luís João Mosteias e Sérgio Vieira, o espetáculo tem entrada gratuita mediante levantamento de bilhete na receção do Centro de Artes.

Ainda no domingo, 26 de novembro, as comemorações encerram com marca desportiva: às 10h00 e 15h00, no Pavilhão Multiusos de Porto Covo, as equipas de voleibol feminino do Ginásio Clube de Sines disputam encontros integrados nos campeonatos regionais da modalidade.

Vendas Novas - Concerto com a Orquestra Ligeira do Exército - 30 de Novembro


Horário: às 21h30
Evento: 30 novembro
Localização: Fórum Cultural A Praça
​Concerto com a Orquestra Ligeira do Exército
Dia 30 de Novembro 2017,às 21h30, no Fórum Cultural A Praça

Elvas - Comemorações do 2ºAniversário do Forte da Graça


As comemorações do segundo aniversário do Forte da Graça vão decorrer ao longo deste fim-de-semana, dias 25 e 26 de novembro, com entradas gratuitas ao longo destes dias, podendo assim os visitantes ficar a conhecer este espaço único, classificado como Património Mundial.

Nestes dois anos já foram mais de 105 mil, os visitantes que se deslumbraram com as vistas e as características únicas desta que é a jóia da coroa, em especial os provenientes do outro lado da fronteira, Espanha, e que ficaram surpreendidos pela magnificência do Forte da Graça e da requalificação ali levada a cabo, após a sua reabertura ao público, a 27 de novembro de 2015.

Ao longo de 11 meses o monumento foi alvo de diversas intervenções e que passaram pela recuperação da casa do governador, o ponto mais alto do forte, das casas dos oficiais e restantes elementos arquitetónicos, tendo sido ainda repostas todas as cores e materiais originais do Forte e recuperadas as estruturas, nomeadamente a cisterna, a prisão, as galerias de tiro e a capela, onde foram descobertos frescos do século XIX e que foram também intervencionados. 

Um mês após a abertura, uma família vinda do Algarve prefazia o visitante 10 mil, sendo que ao longo destes dois anos as visitas tem contado com uma presença muito significativa de visitantes espanhóis, atingindo cerca de 40 por cento das entradas, sendo ainda de destacar visitantes de várias nacionalidades, nomeadamente alemã, brasileira, chinesa, francesa e inglesa.

A visibilidade e o impacto desta intervenção tem virado a atenção de vários órgãos de comunicação para o Forte, que já foi destacado em várias publicações nacionais, como a revista Fugas, do jornal Público, que o destacou na sua seção Miradouros de Portugal, onde eram propostos 20 miradouros, como um “lugar elevado de onde se avista um horizonte largo”, sublinhando que o Forte da Graça, em Elvas, conta com uma “vista aberta a 360º sobre a charneca alentejana”. 

Em termos de cenário, o Forte foi palco de gravações da série televisiva da RTP “Ministério do Tempo”, uma série histórica que mostrou Portugal de ontem e de hoje, tendo também algumas das cenas da nova novela da SIC, "Paixão", sido gravadas no Forte da Graça. Esta foi a segunda vez que a cidade Património Mundial foi escolhida para gravação de cenas pelas produtoras, algo que nunca tinha acontecido antes da requalificação deste monumento. O monumento foi ainda palco de uma emissão do Jornal da Uma da TVI.

Também já esteve em destaque no programa de índole turística da televisão japonesa TBS (Tokyo Broadcasting System), com um documentário histórico que terá a duração de uma hora. 

O Forte da Graça surgiu em evidência na revista Smart/Cities Cidades Sustentáveis, sobretudo por possuir beacons, tecnologia única no Mundo, que permite aos seus visitantes interagir com o monumento. Para dinamizar o espaço e servir melhor os visitantes, apostou numa plataforma móvel com interação com os beacons, via Bluetooth. Os beacons estão disponíveis por vários locais do Forte da Graça e possibilitam ao visitante ter acesso a informação sobre esta fortificação militar e o local onde se encontra, sem ser necessário fazer a visita guiada. Para além disso, a app proporciona um conjunto de informação sobre a cidade de Elvas, como notícias, eventos ou ainda nas redes sociais.
Em 2015, o Forte da Graça venceu o “Prémios Turismo do Alentejo” 2015, na categoria Melhor Projeto Público do Alentejo, tendo os vencedores sido anunciados na cerimónia de entrega dos galardões, em Sines. Os Prémios Turismo do Alentejo são promovidos pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo e pretendem distinguir e divulgar projetos de significativa importância turística, que tenham também tido o seu contributo para a melhoria da oferta turística do destino e para o reforço da competitividade do sector na região.

Para além da sua cotação histórica, o Forte da Graça, tem sido procurado para a realização de vários eventos, tais como conferências, exposições, concertos e reuniões, entre outros, tornando-se assim um monumento muito versátil.

Venha conhecer a Jóia da Coroa, de terça a domingo, das 10 às 17 horas, e fique maravilhado com a estrutura, o tamanho do edifício militar, a paisagem e todos os encantos de cada recanto.

IV Expo-Aves do Clube Ornitológico de Castro Verde 2017 - 24 a 26 Novembro | Pavilhão dos Bombeiros Voluntários de Castro Verde


Horário:
6ª feira, das 18h00 à 21h00.
Sábado, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 20h00.
Domingo: das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 16h00.

Organização: Clube Ornitológico de Castro Verde.
Apoio: Câmara Municipal de Castro Verde. União de Freguesias de Castro Verde e Casével.
Colaboração: Ass. Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Castro Verde.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Beja - Torre de Menagem


Beja - Torre de Menagem


Beja - Torre de Menagem


Beja em 1989

De Beja - denominação de origem prometida

Roteiros de Beja - A Joana

Beja - Roteiro da Natureza

História da Cidade de Beja


A cidade de Beja implanta-se num morro com 277m de altitude, dominando a vasta planície envolvente. O campo surge, assim, como uma fronteira natural entre a vida urbana e a vida rural. Esta realidade marca a vida deste povoado desde a sua fundação, algures na Idade do Ferro. Prova cabal desse momento é o troço de muralha proto-histórica descoberta no decurso das escavações da Rua do Sembrano. Achado da maior importância, dissiparia todas as dúvidas sobre a pré-existência de um povoado anterior à ocupação romana; contudo, continuamos sem saber que povo aqui estaria nem tampouco possuímos qualquer informação sobre a forma como se organizava o espaço pré-urbano.

A cidade de Pax Julia terá sido fundada ou por Júlio César ou por Augusto. Foi capital do conventus Pacensis e administrou juridicamente uma das regiões que constituíam a província da Lusitânia (as outras duas capitais eram Santarém e Mérida). Foi também uma Civitas, ou seja, cidade responsável pela administração de uma região (tratava-se de áreas mais ou menos equivalentes aos nossos distritos) e Colonia. Sem dúvida estamos na presença de uma cidade elementar no funcionamento da grande máquina administrativa que foi a regionalização romana.

Tratando-se de uma cidade com o estatuto já mencionado, estava equipada com um conjunto de edifícios muito importantes. O espaço por excelência onde se tratava a administração jurídica provincial era o Fórum, do qual também fazia parte o templo dedicado ao culto imperial. No caso de Beja, o Fórum localizava-se junto à atual Praça da República, como testemunharam as escavações realizadas por Abel Viana quando se construiu o atual depósito de água (na altura foi identificada uma enorme estrutura que se interpretou como parte das fundações do templo imperial). A importância dos diversos achados que se têm verificado em vários sítios da cidade confirmam-nos a existência de outros edifícios, tais como o teatro, anfiteatro, o circo, as termas, etc., embora a localização para estes espaços continue na esfera das hipóteses. Certamente que a cidade romana sofreu alterações ao longo do tempo, os seus principais espaços adaptar-se-iam às novas regras e modas que sopravam de outros pontos do império.

A mudança de poder não lhe retirou importância. Durante o período de domínio visigodo manter-se-ia como uma das principais cidades do Ocidente, ainda era um centro administrativo regional e cabeça de bispado. Desta fase, ficou-nos a pequena, mas importante, Igreja de Santo Amaro, onde está instalado o Núcleo Visigótico do Museu Regional, cuja coleção é constituída por peças provenientes da cidade e do campo. O povo germânico terá contribuído para a conservação e manutenção dos espaços públicos e privados.

A cidade é referida pelos autores árabes, não só pela sua importância mas também pelos belos edifícios que possuía, assim como pelas vias grandes e bem conservadas que a ela levavam. No entanto é a partir deste momento que a configuração da cidade sofrerá as mais profundas alterações: a sua forma ortogonal vai-se alterando e ganhando uma forma radial. Infelizmente da cidade muçulmana pouco sabemos: os vestígios são mínimos, encontrando-se, desta época, apenas uma ou outra inscrição funerária e alguns artefactos. A cidade entra em declínio sensivelmente a partir do século XI: não é mais o centro administrativo e religioso, perdendo prestígio a favor de cidades que ganhavam cada vez maior importância, como era o caso de Évora.

O processo da Reconquista fez-se sentir de forma muito violenta. As muralhas foram completamente destruídas, a cidade quase deixara de existir. O Foral de D. Afonso III é muito  claro: havia que repovoar a cidade e reconstruir as suas muralhas; a cidade ficaria dotada com um novo sistema defensivo, constituído pelo castelo com torre de menagem e novo pano de muralhas.

Com a fundação do Ducado de Beja projeta-se uma nova fase. Os primeiros Duques de Beja, Infantes de Portugal, vêm residir para a cidade alentejana, onde fundam o Convento de Nossa Senhora da Conceição. Junto a este edifício surge o Palácio dos Duques de Beja (Palácio dos Infantes), que terá sido um bom exemplo da arquitetura mudéjar. Como reflexo deste novo impulso, à sua volta iriam surgir novos conventos e palácios que marcariam a diferença entre a Beja velha e destruída e um novo espaço que surgia. O momento áureo deu-se, sem dúvida, com a ascensão de D. Manuel I a rei. Tratando-se do segundo Duque de Beja, desenvolveu um forte processo de nobilitação desta cidade. 

Assiste-se à reabertura de um novo espaço, a Praça D. Manuel I, para onde se deslocam os Paços do Concelho, que haviam funcionado junto à Igreja de Santa Maria e promove-se também a construção do primeiro Convento Hospital de Nossa Senhora da Piedade ou da Misericórdia no lugar da antiga Gafaria. Este trabalho de recuperação teria continuidade com o Infante D. Luís III, Duque de Beja, que foi o patrono da construção da Igreja da Misericórdia, cuja loggia constitui um dos expoentes máximos da arquitetura do Renascimento em Portugal. Podemos afirmar que a cidade respirava um novo ar com a promoção a que assistia. A classe dirigente local não acompanhou, contudo, este processo progressista. Beja voltaria a desenvolver-se muito lentamente, esquecida na planície alentejana. As obras que marcam a cidade são pontuais, vivendo-se momentos pequenos de falsas esperanças ao desenvolvimento que nunca chega.

O segundo processo destrutivo a que assistimos dá-se precisamente nos finais do século XIX continuando pelo séc. XX. Sob a batuta do Visconde da Ribeira Brava, imbuído de um espírito vanguardista, decide-se "modernizar" a cidade, despojando-a dos edifícios velhos numa tentativa clara de criar novas ruas abertas e largas. O resultado foi que a cidade perdeu metade dos seus emblemáticos edifícios, como por exemplo, no Largo dos Duques de Beja, o Palácio dos Infantes. Na sua continuidade encontra-se o Convento de Nossa Senhora da Conceição, que ficou reduzido a menos de metade, salvando-se a Igreja o Claustro menor e a sala do Capítulo. Com ligação a este Convento encontrava-se outro, o Hospital Convento de Santo Antonino e nas suas proximidades a Igreja de São João. Todo este conjunto foi simplesmente arrasado. Mas a vontade de progresso far-se-ia sentir ainda noutros espaços, já que outros conventos tiveram o mesmo fim, destruindo-se a memória dos tempos clericais.

A cidade foi assim "varrida" de boa parte dos seus equipamentos existentes. Quem visita e percorre as suas ruas sente a ausência de algo, sem compreender muito bem o quê. Apenas uma pequena parte dos novos espaços abertos foi reocupada. O espaço urbano entra no séc. XX completamente alterado, atravessando um processo de construção/desconstrução o qual se mantém mais ou menos calmo até ao momento do Estado Novo. Com a afirmação deste regime, a cidade sofreria novas intervenções dentro do Centro Histórico. A primeira terá sido o processo de reconstrução do Castelo e das suas muralhas. Sob a direção da DGEMN toda a zona envolvente às muralhas do Castelo seria desafogada do casario humilde que desde os tempos de paz ali se instalou. A muralha ficaria totalmente à vista, assim como o Arco Romano das Portas de Évora, imagem que parcialmente se concretizou.

A segunda grande intervenção dá-se na década de 40 na Praça da República, dotando-a da configuração atual. Com a austeridade natural do regime, esta alteração imprimiria ao Largo um sentido de nacionalismo e concentração de poder, recolocando o Pelourinho na Praça. Uma das intervenções mais importantes terá sido, também, a destruição da Cadeia Filipina e a rápida construção, no seu lugar, do novo edifício das Finanças. Este espaço, apesar de discreto, destoa num conjunto que era até aqui homogéneo, verificando-se uma interrupção desnecessária na continuidade da história deste espaço. A infelicidade de um incêndio nos antigos Paços do Concelho em 1947 levaria á necessidade de reconstrução de um novo edifício no mesmo espaço, projeto de um dos mais importantes arquitetos do Estado Novo, Rodrigues de Lima. Mais uma vez a Praça da República sofre nova intervenção. A consolidação do poder estava completada.

Entre as décadas de 30 e 40 vão surgindo novos equipamentos que vão colmatando os enormes espaços vazios libertados no início do séc. XX. O velho Teatro sofre obras de fundo, sendo totalmente alterado e adaptado a Cinema, com possibilidade de representações teatrais. Na zona onde existiu o Convento de Nossa Senhora da Esperança constroem-se o Banco de Portugal, de gosto neo-joanino, o Tribunal, o Governo Civil e por fim a Nova Caixa Geral de Depósitos, com um volume mais sóbrio e portanto mais moderno. A arquitetura moderna vem pois ocupar, algo timidamente, alguns dos espaços libertados dentro do Centro Histórico, patenteando todavia, as dificuldades e vícios de um Estado autoritário e pouco esclarecido que não entendia as questões que com a revolução de 1974 se tornaram inadiáveis no Centro Histórico da cidade de Beja.

Informação retirada daqui

Estremoz - Igreja de S. Francisco - Parte interior