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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Cancioneiro Alentejano - Os Olhos da Marianita


Se os meus olhos te ofenderam
Toma-os lá castiga-os bem
Que eu não quero ter na cara
Olhos que ofendam alguém


Os olhos da Marianita,
São verdes cor de limão.
Ai sim Marianita ai sim,
Ai sim Marianita ai não,
Ai sim Marianita ai sim,
Ai sim Marianita ai não!


Os meus olhos com chorar,
Fizeram covas no chão.
Foi o que os teus não fizeram,
Não fizeram nem farão!


Os olhos da Marianita
São verdes cor de limão
Etc.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Cancioneiro Alentejano - Onde Vais óh Luisinha


Onde vais óh Luisinha
Com o teu cabelo à faia
Vou ver o meu amor
Que anda nas ondas da praia
Onde vais óh Luisinha
Com o teu cabelo à faia
Vou ver o meu amor
Que anda nas ondas da praia


Onde vais óh Luisinha
Com tua voz de lamento
Vou ver o meu amor
Que anda no mar ao sustento
Que anda no mar ao sustento
Que anda no mar à sardinha
Com tua voz de lamento
Onde vais óh Luisinha

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Cancioneiro Alentejano - Olha o Passarinho


Chega a Primavera,
Canta a cotovia,
Melros e pardai,
Cantam nos choupais,
Ao romper do dia!


Olha o passarinho,
Que bem que ele canta!
Quando está cantando,
Parece que tem,
Uma guitarra na garganta!
Olha o rouxinol,
Vai fazer o ninho,
E canta sem medo
Dentro do balsedo,
Olha o passarinho!


Como os passarinhos,
Quem me dera ser,
Que triste ou contente,
Cantam docemente
Sempre até morrer!


Olha o passarinho,
Que bem que ele canta!
Etc.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Cancioneiro Alentejano - Olha a Noiva Se Vai Linda


Compadre já te casaste
Já o laço te apanhou
Deus queira que sempre digas,
Se bem estava,
Se bem estava, melhor estou


Olha a noiva se vai linda,
No dia do seu noivado!
Também eu queria ser,
Também eu queria ser,
Também eu queria,
Também queria ser casado!
Ser casado, e ter juízo,
Acho que é bonito estado!
Também eu queria ser,
Também eu queria ser,
Também eu queria,
Também queria ser casado!


À luz daquela candeia
Foi feito meu casamento
Ó candeia não t’apagues
Hás-de ser,
Hás-de ser, um juramento


Olha a noiva se vai linda,
No dia do seu noivado!
Etc.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Cancioneiro Alentejano - Ó Vizinha Tem Cá Lume


Não sei se te diga adeus
Se te digo vou-me embora
O adeus é saudoso
Quem diz adeus, sempre chora


Óh v’zinha tem cá lume
P’rá cender meu candeeiro
Tenho o meu amor à porta
Quero-lh’ir falar primeiro
Quero-lh’ir falar primeiro
Porque é esse o meu costume
P’rá cender meu candeeiro
Óh v’zinha tem cá lume


Despedida, despedida
Sabe Deus quem se despede
Quem se despede chorando
Não faz a despedida alegre


Óh v’zinha tem cá lume
P’rá cender meu candeeiro
Etc.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Ó Minha Pombinha Branca


Ó minha pombinha branca,
Onde queres tu que eu vá.
É de noite faz escuro,
É de noite faz escuro
Eu sózinho não vou lá
Eu sózinho não vou lá
Eu sózinho lá não vou,
Ó minha pombinha branca,
Ó minha pombinha branca
Pra, te amar inda aqui, estou!


Ó minha pombinha branca,
Já não vais beber à vala.
Por causa de ti pombinha,
Por causa de ti pombinha
Já meu amor me não fala!
Ó minha pombinha branca,
Onde queres tu que eu vá.
É de noite faz escuro,
Etc.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Ó Loendreiro


Nossa Senhora faz meia
A uma candeia de luz
O novelo é lua cheia
As meias são p’ra Jesus


Ó loendreiro
Onde está teu loendral
Teu amor primeiro
Foi, meu rival


Nossa Senhora é mãe
É mãe de quem mãe não tem
Se minha mãe não morresse
Era minha mãe também


Ó loendreiro
Onde está teu loendral
Etc.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Ó Erva Cidreira

Se eu tivesse amores
Que me têm dado
Tinha a casa cheia
Até ao telhado


Ó erva cidreira,
Que‘stás no alpendre,
Quanto mais se rega,
Mais a folha pende.
Mais a folha pende,
Mais a rosa cheira,
Que’stás no alpendre,
Ó erva cidreira!


Algum dia eu era
Agora já não
Da tua roseira
O melhor botão


Ó erva cidreira,
Que‘stás no alpendre,
Etc.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Ó Cuba Terra Bendita

Óh Cuba terra bendita
Rodeada de trigais
De lindas portas e quintas
Arvoredos, milheirais,
Arvoredos, milheirais,
Óh Cuba terra bendita!
Óh Cuba terra bendita!
Rodeada de trigais
Quando de Cuba abalei
Olhei para trás chorando
Minha terra da minh’alma
Tão longe me vais ficando
Tão longe me vais ficando
Quando da Cuba abalei
Olhei para trás chorando

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Ó águia que vais tão alta

Os desgostos do presente,
São maiores que os do passado.
Embora estejas ausente,
Teu nome será lembrado!


Ó águia que vais tão alta,
Voando de pólo a pólo,
Leva-me ao céu onde eu tenho
A mãe que me trouxe ao colo
A mãe que me trouxe ao colo,
Ficou-me fazendo falta,
Voando de pólo a pólo,
Ó águia que vais tão alta!


Eu vi minha mãe rezando
Aos pés da Virgem Maria
Era uma Santa escutando
O que outra Santa dizia


Ó águia que vais tão alta,
Voando de pólo a pólo,
Etc.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Nossa Senhora do Carmo

Senhora
Que és padroeira
Da nossa terra
Hospitaleira


Nossa Senhora do Carmo
Que está lá no seu altar
Todos lá vamos ajoelhar
E a cantar, a cantar, vamos rezar


Pedimos
A uma voz
Nossa Senhora
Rogai por nós


Nossa Senhora do Carmo
Que está no seu altar
Etc.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Nós Somos Trabalhadores

O homem trabalha a terra
Para produzir o pão
Hoje é o mesmo que era
Continua ainda à espera
De melhor situação


Nós somos trabalhadores
Que no campo trabalhamos
Trabalhamos a rigor
A servir o Lavrador
Para ver se nos mantemos
Quando trabalho não temos
À Câm’ra nos dirigimos
A pedir ao Presidente
Que tenha dó desta gente
E nos dê algum destino
Que nos dê algum destino
Que nos dê algum agasalho
À Câm’ra nos dirigimos
A alegar o que sentimos
Quando não temos trabalho


Não é a ceifa que mata
Não é o cavar que custa
Custa é ver-mos desprezada
Até quando abandonada
Esta causa certa e justa


Nós somos trabalhadores
Que no campo trabalhamos
Etc.