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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Reguengos de Monsaraz Capital dos Vinhos de Portugal

Odemira, Alentejo Singular

Guitarras ao Alto - Crato


1º Simpósio Internacional de Escultura - Elvas


A cidade de Elvas vai acolher, de 31 de maio a 9 de junho, o 1º Simpósio Internacional de Escultura, no âmbito das comemorações do Ano Europeu do Património Cultural – 2018.

Nesta iniciativa internacional vão marcar presença os escultores: Juan Zamora (Espanha); Manuel Morales (Espanha); Iván Gómes (Espanha); Moreno&Greu (Espanha); Guille Ros (Espanha); Carlos de Gredos (Espanha); Marco Ranieri (Itália); Takashi Ikezawa (Japão); Ryszard Litwiniuk (Polónia) e Bettina Geisselmann (Alemanha).

A sessão de abertura está marcada para a esta quinta-feira, dia 31, às 10 horas, no Rossio de São Francisco, (Aqueduto da Amoreira).

Este 1º Simpósio Internacional de Escultura conta com a colaboração da Câmara Municipal de Elvas, do Museu Nacional dos Coches, da AIAR – ADC Associação sem fins lucrativos que pretende o desenvolvimento local no através do recurso à Cultura ao Património e à Natureza da Raia alentejana e da EFA- Mármores Rosa de Vila Viçosa, contando ainda com o Alto Patrocínio da Presidência da República.

O objetivo deste Simpósio é valorizar junto dos jovens criadores a atividade artística de escultura em pedra, tendo como pano de fundo as inúmeras pedreiras, muitas vezes esquecidas, na região do Alto Alentejo.

Tendo em conta o interesse deste projeto, o Museu Nacional dos Coches associa-se com a apresentação de uma exposição temporária, de 3 de julho a 30 de setembro, das obras realizadas pelos participantes neste encontro.

XV Encontro de Culturas em Serpa


O Encontro de Culturas, que celebra este ano a sua 15.ª edição consecutiva, está de volta a Serpa nos próximos dias 7, 8, 9 e 10 de junho, desta feita com espetáculos confirmados de Tito Paris, acompanhado por Paulo Gonzo, Don Kikas e Biah Vasconcelos (dia 7), Tiago Bettencourt (dia 8) e The Gift (dia 9).
Com uma organização da Câmara Municipal de Serpa, os espetáculos realizar-se-ão na Praça da República, no Espaço Nora e no Jardim Municipal e são de entrada livre.
Para o Espaço Nora, a programação do dia 7, prevê um espetáculo de música tradicional portuguesa (concertinas), com o grupo Danças Ocultas. Para o dia 8, Fernando Martins é a proposta, com música do Brasil. Para sábado, dia 9, será a vez do grupo Acerte, oriundo de Espanha e que trará a Serpa música folk.
Um dos objetivos deste evento prende-se com a promoção da cultura enquanto fator de desenvolvimento e de união entre várias culturas, nomeadamente Portugal, Espanha, Brasil, Angola e Cabo Verde, e é com esse intuito que terá lugar pela primeira vez, o I Encontro Ibérico Associativo de Cultura Popular, centrado na temática do poder transformador da cultura, a decorrer no Musibéria, no dia 9 de junho. Este encontro termina com um desfile que parte da Praça da República e que continuará até ao Castelo, acompanhado por um grupo musical espanhol e dois ranchos folclóricos, um português e outro espanhol.
O dia 10, feriado nacional, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, ficará marcado em Serpa, como o Dia do Cante. Para já, está marcada na Casa do Cante, pelas 14.30 horas, uma mesa redonda para Falar do Cante com as presenças de Maria do Rosário Pestana, etnomusicóloga, e dos representantes dos grupos corais do concelho, seguida da inauguração de uma exposição de pintura do pintor Joaquim Rosa. Está ainda programado, a partir das 17 horas, um desfile e atuação de ranchos e grupos corais, no Castelo, e um concerto de encerramento do Encontro de Culturas alusivo ao Cancioneiro de Serpa, que terá início às 22 horas na Praça da República, com o maestro Nuno Côrte-Real, Ensemble Darcos e Coro Ricercare.

Postais do Alentejo - Beja - Um aspecto da cidade


quinta-feira, 24 de maio de 2018

XIV Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja


Este ano o Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja realiza-se entre os dias 25 de Maio e 10 de Junho.  Nesta edição, que inaugura no dia 25, sexta-feira, às 21h00, na Casa da Cultura, estão previstos 15 dias de programação paralela, mais de 50 autores presentes, 21 exposições e mais de 70 editores no Mercado do Livro.

O Festival também se espalha pelas ruas do centro histórico. Boa parte das exposições estarão patentes no Centro Unesco, no Forno da Ti Bia Gadelha, na Galeria da Rua dos Infantes, no Museu Regional de Beja, no Núcleo Museológico da Rua do Sembrano, no Palacete Vilhena – Sede do EMAS, e no Pax Julia – Teatro Municipal.

São 8, os núcleos expositivos.

E 21, as exposições, com autores de muitas partes do Mundo: Angola, Brasil, Espanha (País Basco), França, Itália, Portugal e Suécia.

O Festival oferece ainda aos visitantes uma Programação Paralela bastante diversificada: apresentação de projetos, conversas à volta da BD, lançamento de livros - este ano serão 16 -, sessões de autógrafos, concertos desenhados, etc.

Terá também à disposição de todos o Mercado do Livro, com mais de 70 editores presentes, venda de arte original, venda de merchandising, etc.

Na sexta-feira, dia 25, e no sábado, dia 26, as noites são de concertos desenhados (a programação só termina às 4h00 da manhã).

O primeiro fim-de-semana (25, 26 e 27 de Maio) reunirá os autores representados nas exposições.

Podem acompanhar-nos no site www.festivalbdbeja.com

terça-feira, 22 de maio de 2018

Francisca Cortesão e Mariana Ricardo elevam as guitarras, pelo Alentejo Vem aí o festival Guitarras ao Alto – de 30 de maio a 3 de junho


Entre os dias 30 de maio e 3 de junho, o Alentejo será palco de mais uma edição do Guitarras ao Alto, um festival português que reúne, todos os anos, duplas de alguns dos melhores guitarristas nacionais, que se unem para proporcionar concertos inéditos em locais originais e emblemáticos da região. O vinho, a gastronomia, a paisagem e o património alentejano são o pano de fundo para este festival de primavera que tem por objetivo levar a música e o entretenimento ao interior do país.

Francisca Cortesão e Mariana Ricardo são as artistas convidadas desta 4ª edição que conta com uma série de cinco espetáculos itinerantes:


30 de maio - Estremoz - Convento das Maltezas/Centro Ciência Viva

31 de maio - Avis - Claustro do Convento de S. Bento de Avis

1 de junho - Beirã/Marvão - Antiga estação de comboios da Beirã-Marvão
(parceria Train Spot)

2 de junho - Redondo - Herdade de São Miguel, em casa do 
patrocinador oficial do evento, vinhos Herdade de São Miguel

3 de junho - Crato – Pousada Flor da Rosa



Bilhetes à venda em www.guitarrasaoalto.pt (Preço - 5€ por pessoa, com oferta de copo de vinho Herdade de São Miguel).

O Guitarras ao Alto está vai na sua 4ª edição e por lá passaram nomes como Peixe, Frankie Chavez, Tó Trips, Filho da Mãe, Norberto Lobo e Luís Martins.  A ideia de criar o Festival Guitarras ao Alto surge quando, em 2013, o alfacinha Vasco Durão se muda para o Alentejo, Estremoz, com a sua família. Melómano incurável, Vasco rapidamente viu no Alentejo um potencial incrível de dinamização, tão vital para a região. Dedicou os últimos quatro anos a tornar isso possível e a provar que o Alentejo também pode ser palco de eventos originais e com muita qualidade.

A edição deste ano conta com o patrocínio oficial dos vinhos Herdade de São Miguel, da Casa Relvas, um dos principais produtores de vinhos do Alentejo, empenhado, ativamente, na promoção e divulgação da cultura e tradição alentejanas. A própria Herdade de São Miguel será “anfitriã” de um dos espetáculos Guitarras ao Alto, no sábado, dia 2 de junho, onde será preparado um evento único, do meio da tarde ao pôr do sol, integrado na vinha e na natureza. O evento conta ainda com o apoio do Turismo do Alentejo, através do Programa 365 Alentejo-Ribatejo, e da Antena 3, media partner oficial desde a génese deste projeto.  

Francisca Cortesão nasceu no Porto em 1983, mas vive atualmente em Lisboa. Cantora, compositora e multi-instrumentista, desde 2006 que tem em Minta & The Brook Trout o seu principal projeto. A banda editou o terceiro longa-duração, Slow, em 2016.

Igualmente cofundadora dos They’re Heading West, entre as suas colaborações passadas e presentes contam-se ainda concertos e gravações de Walter Benjamin, B Fachada, David Fonseca, Márcia, Sérgio Godinho, Tape Junk, Bruno Pernadas e Lena D’Água, onde participa sobretudo com vozes e guitarras. Em 2018, foi convidada a compor para o Festival da Canção.

Mariana Ricardo nasceu em 1980 em Lisboa, onde vive e trabalha. Divide-se entre a música independente e o cinema. Iniciou a atividade musical em 1994, participando em diversos projetos musicais, com destaque para Pinhead Society e München.

Compôs e interpretou as bandas sonoras dos filmes “Xavier” (2002) e “Quatro Copas” (2007) de Manuel Mozos e de “A Cara que Mereces” de Miguel Gomes (2004). Em 2008 assinou a pesquisa e direção Musical do filme “Aquele Querido Mês de Agosto” de Miguel Gomes. Como integrante do coletivo musical München assinou, entre outras, a banda sonora dos filmes “Je flotterai sans envie” (2009) de Frank Beauvais e “A Espada e a Rosa” (2010) de João Nicolau.

Trabalha como argumentista desde 2005, coassinando os argumentos dos filmes “Aquele Querido Mês de Agosto” (2008, Miguel Gomes), "A Espada e a Rosa" (2010, João Nicolau) , "Tabu" (2012, Miguel Gomes), “As Mil e Uma Noites” (2015, Miguel Gomes) e John From (2015, João Nicolau).

Atualmente integra as bandas They’re Heading West, The Secret Museum of Mankind, Silence is a Boy e Minta & The Brook Trout.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Beja - Assinatura de contrato de Financiamento para a construção do Parque Fluvial Cinco Reis


A Câmara Municipal de Beja e a Secretaria de Estado do Turismo irão assinar na próxima segunda-feira, dia 21, pelas 10h00, o contrato de financiamento, no âmbito da candidatura apresentada à Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior, para a construção do Parque Fluvial Cinco Reis, que irá ser criado na Albufeira com o mesmo nome, a cerca de 4km da cidade de Beja, no centro geográfico do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.

O projeto é financiado a 90% pela Turismo de Portugal, sendo que o restante valor será suportado entre o Município de Beja e a EDIA, parceira fundamental na conceção do projeto desde o primeiro momento. Também a União de Freguesias de Santiago Maior e São João Baptista tem um papel importante na medida que assegurará a manutenção do espaço, em parceria com o Município de Beja.

O Parque Fluvial Cinco Reis irá potenciar turisticamente o concelho de Beja, uma vez que irá apresentar uma série de atividades junto da Albufeira, desde observação de aves, atividades náuticas não motorizadas, uma praia fluvial com o respetivo apoio de praia, bem como um parque de merendas e um circuito de manutenção, cada um destes devidamente dotado com os equipamentos necessários à fruição ao ar livre com qualidade e à prática desportiva.

Localizado num local de excecional beleza e riqueza patrimonial, o Parque Fluvial Cinco Reis potenciará também a criação de sinergias de visitação cultural e arqueológica que favoreçam a dinamização da importante Villa Romana de Pisões, localizada a menos de 1km, e a promoção de rotas pedonais e cicláveis entre esta Albufeira, a cidade de Beja e as povoações de Penedo Gordo, Beringel e S. Brissos.

O Parque Fluvial de Cinco Reis reforçará a ligação da cidade à sua envolvente, nomeadamente em termos agrícolas, ambientais e culturais, capacitando este novo espaço das valências necessárias à promoção da qualidade de vida no concelho.

Para declarações contactar: Presidente da Câmara Municipal de Beja

Postais do Alentejo - Beja - Torre de Menagem


quarta-feira, 16 de maio de 2018

Beja Romana


A grandeza e imponência de Pax Julia revive-se, de 17 a 20 de maio, no centro histórico da cidade de Beja. Música, animação, cortejos, mercado, acepipes, museu ao vivo, espetáculos de fogo, visitas pedagógicas e outras experiências são algumas das propostas para a 5ª edição do Festival Beja Romana.

Sob o tema da Fundação de PAX JULIA , a organização lançou o desafio para um maior envolvimento das escolas do concelho, de forma a integrar atividades mais significativas para a comunidade escolar.  Exemplo disso são as inúmeras oficinas que vão decorrer durante estes 3 dias. Escrita romana, destilaria de perfumes, cerâmica, mosaicos romanos, tecelagem, marcenaria, ferraria, jogos de mesa do período romano, dança, peddy paper, treino de armas e jogos de destreza são algumas das propostas dirigidas aos mais novos.

Pela importância dos conteúdos que promove, pela dinâmica que desenvolve no âmbito educativo e pela experiência de excelência que proporciona aos seus participantes o Festival Beja Romana é um evento de e para a comunidade escolar que se abre à população e a quem nos visita.

Destaque para o cortejo de abertura, o Forum virtual que permite a visualização do fórum romano de Pax Julia,  a recriação da casa romana (DOMUS) na igreja da Misericórdia, a prova comentada de vinho da talha (método de produção do período romano), a noite dos museus (de 17 a 19) que convida a visitas guiadas fora de horas, visitas gratuitas à villa romana de Pisões, e as diversas exposições que decorrem em permanência em vários espaços.

A Praça da República, local onde se situava o forum e onde estão identificados dois templos romanos, um dos quais, o maior e mais monumental descoberto até hoje em território português, é o epicentro desta recriação.

terça-feira, 8 de maio de 2018

Descubra o maior Centro Industrial de Salgas de Peixe no Império Romano


Em Portugal, mais propriamente ao longo das margens do Sado, encontram-se as Ruínas Romanas de Troia, construídas há mais de 2.000 anos, estes vestígios que ainda restam deixam a marca do que outrora foi o maior centro industrial de salgas de peixe no Império Romano. 

Na altura, construído com o intuito de beneficiar da riqueza do peixe que provinha do Oceano Atlântico, e também da qualidade do sal contida no mesmo que se acumulava ao longo das margens do Sado. Estima-se que este espaço tenha sido utilizado até ao século VI. Neste local podemos encontrar hoje, diversos compartimentos desenvolvidos especificamente para realizar a salga do peixe. As mais conhecidas são, sem sombra de dúvida, as oficinas de salgas onde se encontram tanques que serviam para preparar os molhos dos peixes. Localizavam-se ainda outros locais, tais como: termas com salas e tanques para banhos quentes e frios; um núcleo de habitações constituído por casas de rés-do-chão e primeiro piso; rota de água; um mausoléu; necrópoles com sepulturas e uma igreja paleocristã com paredes pintadas a fresco.   

Crê-se que este centro industrial de salgas de peixe, tenha tido o início da sua construção no século I, o que representa uma utilização desta localização entre os séculos I e VI, que se diz ter resultado na povoação da mesma, sendo grande parte deste agregado populacional dedicada à atividade piscatória. Esta atividade industrial estava centrada na pesca e no fabrico do peixe em conserva, que mais tarde era exportado para o resto do Império Romano

A localização das oficinas de salga, era ideal para beneficiar de todas as condições propícias a este tipo de produção. A própria arquitetura do centro industrial era própria para melhorar todo o processo. Eram colocadas as oficinas que continham os tanques (conhecidos por Cetárias) em redor de uma espécie de pátio central, sendo que se pode registar a existência de pelo menos 20 tanques, todos com dimensões bastante elevadas. Tais condições, revelam um ambiente e meios propícios a uma produção considerável de quantidade de peixe para a exportação. 

A partir de 1910 estas Ruínas estão classificadas como Monumento Nacional. Em 2005, perante um Protocolo celebrado com o Instituto Português do Património Arquitetónico (IPPAR) e o Instituto Português de Arqueologia (IPA), que é atualmente parte do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR), o Troia Resort criou uma equipa de arqueologia que desenvolve trabalhos de investigação no local. 


Devido à realização dos trabalhos arqueológicos que estão em curso, tornou-se possível a abertura deste local arqueológico para visita do mesmo. O percurso de visita, foi instaurado em 2010, e contém painéis explicativos ao longo do percurso, mais especificamente em sete pontos de observação e sinalética que indicam alternativas de percurso. A basílica paleocristã apenas é permitida visitar em visitas guiadas, mas é considerada das maiores atrações do percurso devido a todas as suas componentes arqueológicas e arquitetónicas. Através da visita à basílica, os seus visitantes ficam a conhecer toda a arte e riqueza das pinturas romanas que revestem as paredes da mesma. Podem-se observar vários tipos de padrões nas pinturas, característicos da época, como padrões geométricos, marmoreados, rosas, aves ou até mesmo o cântaro – característico de toda a temática paleocristã. 

O percurso escolhido para a visita vai fazer com que recue, inevitavelmente, no tempo para que possa apreciar este monumento histórico que se manteve durante 2.000 anos para poder mostrar este enorme centro industrial de salgas de peixe que contribuiu para a pesca no Império Romano.

O percurso, criado em 2011 por Hipólito Bettencourt – arquiteto paisagista -, é constituído por 450 metros e teve colaboração do designer Francisco Providência no desenvolvimento de outros elementos. 

Um monumento que nos permite ligar àquele que foi o grande Império Romano, localizado na zona costeira de Portugal, nas margens do Sado, em Troia.