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domingo, 17 de março de 2013

Personalidades Alentejanas - DUBRAZ, João Francisco


(n. Campo Maior a 20 Janeiro 1818)

Professor de latim e francês. Dedicou-se ao comércio, que depois trocou pelo professorado. Foi também advogado provisional.

Escreveu: Achmet (Lisboa, 1852); Recordações dos últimos quarenta anos, esboços humorísticos, descrições, narrativas históricas, e memórias contemporâneas (Lisboa, 1868) (2.º edição em 1869); A Republica e a Ibéria (Lisboa, 1869); Cinco finados ilustres (autopsias e comemorações) (Lisboa, 1869); O aventureiro francês (Lisboa, 1869). Colaborou também em vários jornais.



In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa; Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia Lda., [195-]. Vol. IX, p. 327.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Gastronomia Tradicional Alentejana - Carne de Porco à Alentejana





1Kg de carne de porco cortada aos cubos
1Kg de berbigão ou de amêijoas
4 Alhos
3 Folhas de louro
0,5 dl de óleo
0,5 dl de azeite
Massa de pimentão q.b.
Coentros picados q.b.
Sal grosso q.b.
Pimenta q.b.
0,5l de vinho branco
Óleo para fritar
Batatas para fritar cortadas aos cubos


Comece por colocar sal e água no berbigão e deixe 2 horas de molho para perder a areia.
Coloque a carne numa tigela.
Esmague os alhos e junte-os à carne, junte as folhas de louro, 2 colheres de massa de pimentão, sal e pimenta, mexa tudo e regue com o vinho branco. Deixe de molho 2 horas para tomar gosto.
Coloque as batatas a fritar.
Num tacho leve a aquecer o azeite e o óleo.
Escorra a carne e coloque no tacho, deixe fritar 5 minutos.
Junte o marinado e deixer cozinhar mais 5 minutos.
Junte o berbigão e deixe cozinhar 5 minutos, para o berbigão abrir.
Junte os coentros picados e apague o lume.
Numa travessa, coloque as batatas e tempere-as com sal.
Espalhe a carne por cima e regue com o molho, sirva decorado com gomos de limão e pickles.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Igreja da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco


Capela-mor da Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Francisco, em Mourão. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Ig. da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco
Cota DFT4641 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 7 de março de 2013

Personalidades Alentejanas - DELGADO, Joaquim Filipe Nery da Encarnação


Em 1844 entrou para o Colégio Militar e continuando os seus estudos na Escola Politécnica. Graduou-se no posto de sub-tenente de engenharia.

Em 1856 passou a trabalhar no Ministério das Obras Públicas onde pertenceu à comissão encarregue de estudar as medidas a tomar, contra as inundações do Mondego. Entrou para a "Comissão Geológica" como adjunto de Carlos Ribeiro, em 1857, tendo assumido a direcção deste organismo de 1882 a 1908.

Deixou uma obra científica notável, em que a sua actividade incidiu sobretudo no estudo dos terrenos paleozóicos e ante-paleozóicos de Portugal, sobre os quais publicou importantes trabalhos que ainda hoje, volvidos mais de 100 anos da sua edição, continuam a ser de leitura obrigatória. Ocupou-se, além disso, de problemas de geologia aplicada e de estudos de pré-história. Em 1867 foi publicado o seu primeiro estudo Da existencia do homem no nosso solo em tempos mui remotos provada pelo estudo das cavernas. Noticia ácerca das grutas de Cesaréda.

Exerceu os mais altos cargos públicos, tendo-lhe sido confiados numerosos cargos honoríficos, como a sua nomeação ao Conselho dos Monumentos Nacionais. Representou Portugal no Congresso Internacional de Paris (pré-história) e nos Congressos Geológicos de Bolonha, Londres e Zurique. Foi homenageado com a grande cruz da Ordem Militar de S. Bento d'Aviz, comendador da Ordem de D. Isabel a Católica, oficial da Ordem da Legião de Honra, oficial da Ordem da Coroa de Itália e com medalhas em todas as exposições internacionais nas quais o Serviço Geológico estivesse presente. Foi membro correspondente na Academia das Ciências de Lisboa em 1875 e passou a membro efectivo em 1884. Foi vice-presidente da aula das ciências matemáticas, físicas e naturais e presidente da comissão da redacção do jornal dessa aula.

Foi sócio de várias associações científicas portuguesas, de entre as quais se destaca a Associação dos Engenheiros Civis, o Instituto de Coimbra, a Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais e a Sociedade de Geografia de Lisboa, da qual foi vice-presidente, sendo também presidente da secção de geologia. Das associações estrangueiras destacou-se como membro correspondente do Instituto Geológico de Viena, sócio da Sociedade Académica franco-hispano-portuguesa de Toulouse, da Sociedade das Ciências Naturais de Toulouse, da Sociedade Antropológica de Berlim, das Academias de Ciências de Madrid e Barcelona, da Sociedade Geológica de França, da Sociedade Geológica Italiana, da Sociedade dos Antiquários de Londres, da Sociedade Geológica de Londres e da Sociedade Geológica da Bélgica.

Casou em 1860 com D. Maria Ricardina Augusta da Fonseca, da qual teve 3 filhas que muitas vezes o ajudaram nos seus trabalhos. Reformou-se da carreira militar com o posto de General de divisão em 1899.

Faleceu com 73 anos e foi sepultado em Lisboa no cemitério dos Prazeres.





e-GEo - Sistema Nacional de Informação Geocientífica. Biografia de Joaquim Filipe Nery da Encarnação Delgado (1835-1908). [Online] URL: http://e-geo.ineti.pt/geociencias/edicoes_online/biografias/nery_delgado.htm. Acedido a 30 de Outubro de 2007.

terça-feira, 5 de março de 2013

Gastronomia Tradicional Alentejana - Peru Recheado à Moda do Alentejo


Ingredientes:
1 perú com cerca de 3,5 kg
1 laranja
1 limão
1 colher de sopa de banha
150 g de linguiça ou chouriço
1 colher de sopa de colorau
sal e pimenta q.b.

Para o recheio do papo (peito):
250 g de carne de porco
250 g de carne de vaca
1 cebola
100 g de toucinho entremeado
120 g de chouriço de carne
50 g de azeitonas pretas
1 colher de sopa de salsa picada
miolo de 1 pão
2 colheres de sopa de manteiga
raspas de limão
sal e pimenta q.b.

Recheio para o corpo (barriga):
4 batatas
2 colheres de sopa de manteiga
2 gemas
1 cebola média
50 g de azeitonas pretas
1 colher de sopa de salsa picada
miudos de perú
sal, pimenta e noz-moscada q.b.

Preparação:
De véspera, ponha o perú de molho com água, sal, rodelas de limão e laranja.

Para fazer o recheio do papo, pique a carne de vaca, a de porco e o chouriço. Junte o pão amolecido em água, as azeitonas picadas, a salsa picada e a cebola picada. Puxe (refogue) em manteiga e tempere com sal, pimenta e raspas de limão.

Para o recheio do corpo, comece por cozer as batatas com a pele. Pele as batatas e passe-as pelo passe-vite. Junte uma colher de manteiga e as gemas. Faça um puxado (refogado) com manteiga e cebola picada. Junte os miúdos picados e envolva a batata. Junte a salsa picada, as azeitonas picadas e tempere com sal, pimenta e noz-moscada.

Depois de prontos os recheios, recheie o perú e cosa ambas as aberturas com linha grossa. Barre o perú com uma papa feita com manteiga, toucinho, chouriço ou linguiça, colorau, sal e pimenta. Leve a assar em forno médio. Regue por diversas vezes com vinho branco e quando tiver molho suficiente, regue com o próprio molho do assado. Assim que o perú esteja dourado, retire-o do forno para constipar. Introduzir novamente no forno para acabar de cozinhar. Sirva com salada verde.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Igreja da Santa Casa da Misericórdia do Alandroal


Nave da Igreja da Santa Casa da Misericórdia do Alandroal. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Igreja da Santa Casa da Misericórdia do Alandroal
Cota DFT952 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Personalidades Alentejanas - CURVO SEMEDO, Belchior

(n. Montemor-o-Novo em 1766; m. Lisboa em 1838)

Fidalgo da Casa Real, cavaleiro professo das ordens de Cristo e N.ª Sr.ª da Conceição, capitão do corpo de engenheiros, escrivão dos portos, etc.

Ganhou grande reputação como poeta e na Nova Arcádia tomou o nome de Belmiro Transtagano.
Partilhou com Bocage uma rivalidade, que só veio a terminar perto da morte do escritor sadino, simplesmente porque partilhavam o mesmo estilo literário.

Publicou vários livros, mas as suas obras mais conhecidas são os quatro volumes das Composições Poéticas e, também, uma tradução das melhores fábulas de Jean de La Fontaine.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Gastronomia Tradicional Alentejana - Ensopado de Enguias (2)


Ingredientes:
Enguias,
sal,
cebola,
alho,
pimento verde,
pimento vermelho,
folha de louro,
vinho,
colorau,
farinha,
pão,
azeite,
água.

Preparação:
Tira-se a pele e a tripa e cortam-se as enguias aos bocados pequenos. Temperam-se com sal.
Faz-se um refogado de cebola, alho, pimentos aos bocados e folhas de louro. Tapa-se o tacho e deixa-se ficar durante 10 minutos em lume brando. Adiciona-se um copo de vinho e as enguias.
Num recipiente meio copo à parte, junta-se um bocadinho de colorau, farinha, meio copo de vinho, de frita-se o pão água, mistura-se bem e junta-se ao preparado anterior. Deixa-se apurar. À parte àpreparado por s tiras, em azeite. Coloca-se de seguida no fundo de uma travessa e verte-se o cima.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Conv. St. António da Piedade, Redondo


Capela-mor da Igreja do Convento de Santo António da Piedade (Cemitério Público), no Redondo.Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II)
Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Conv. St. António da Piedade, Redondo
Cota DFT4686 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Cancioneiro Alentejano - Os Olhos da Marianita


Se os meus olhos te ofenderam
Toma-os lá castiga-os bem
Que eu não quero ter na cara
Olhos que ofendam alguém


Os olhos da Marianita,
São verdes cor de limão.
Ai sim Marianita ai sim,
Ai sim Marianita ai não,
Ai sim Marianita ai sim,
Ai sim Marianita ai não!


Os meus olhos com chorar,
Fizeram covas no chão.
Foi o que os teus não fizeram,
Não fizeram nem farão!


Os olhos da Marianita
São verdes cor de limão
Etc.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Personalidades Alentejanas - CASTEL-BRANCO, Pedro Celestino Caldeira de

(n. Alter do Chão a 11 Janeiro 1883; m. Lisboa a 5 Maio 1962)

Engenheiro Agrónomo. Descendeu de António Mendo Caldeira de Castel-Branco Cotta Falcão, I Visconde de Alter do Chão, e Maria Ana de Mesquita Marçal Cary Rebelo Palhares Caldeira Castel-Branco. Do primeiro casamento com Judite Alice Veloso Rebelo Palhares, em 1881, teve como filhos Maria Ana Rebelo Palhares Caldeira de Castel-Branco, Maria José Rebelo Palhares Caldeira de Castel-Branco, Pedro Rebelo Palhares Caldeira de Castel-Branco, Fernando Caldeira de Castel-Branco. Maria Inês Gagliardini Graça Caldeira de Castel-Branco e António Mendo Gagliardini Graça Caldeira de Castel-Branco resultaram do segundo casamento com Inês Gagliardini Graça, em 1888.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Gastronomia Tradicional Alentejana - Ensopado de Enguias (1)

Ingredientes:
enguias;
2 cebolas;
3 dentes de alho;
1 folha de louro;
1 colher de chá de colorau;
salsa;
1 copo de vinho.

Preparação:
Arranje e lave as enguias. Parta-as e salgue-as. Faça um refogado com 2 cebolas cortadas ás rodelas , 3 dentes de alho picados, 1 folha de louro, uma colher de chá de colorau, um ramo de salsa e um copo de vinho branco. Deite as enguias no refogado e deixe que apurem bem. Verifique o sal e quando estiver quase tudo cozido deite mais meio copo de vinho branco.
Sirva as enguias numa travessa sobre fatias de pão torrado ou pão frito.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Castelo de Mourão


Castelo de Mourão. Ao fundo vê-se a Torre de Menagem, em ruínas, e o campanário da Torre do Relógio.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1978
Legenda Castelo de Mourão
Cota DFT852 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Cancioneiro Alentejano - Onde Vais óh Luisinha


Onde vais óh Luisinha
Com o teu cabelo à faia
Vou ver o meu amor
Que anda nas ondas da praia
Onde vais óh Luisinha
Com o teu cabelo à faia
Vou ver o meu amor
Que anda nas ondas da praia


Onde vais óh Luisinha
Com tua voz de lamento
Vou ver o meu amor
Que anda no mar ao sustento
Que anda no mar ao sustento
Que anda no mar à sardinha
Com tua voz de lamento
Onde vais óh Luisinha