sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Lenda da imagem da Senhora da Estrela - Marvão
1
Versão literária, de proveniência desconhecida, publicada por Possidónio Mateus Laranjo Coelho (1988) – Terras de Odiana, (2ª edição revista e anotada por Diamantino Sanches Trindade), Lisboa, Câmaras Municipais de Castelo de Vide e Marvão: 328 – 329.
[C]onta-se que em certa noite uma estrela de extraordinário brilho e grandeza atraíra os olhares de um pastor que guardava o gado nas cercanias. Deslumbrado por tão estranha aparição afoutou-se o pastor a subir até ao alto do monte onde depois se edificou o convento, sempre guiado pela luz intensa dessa estrela, descobrindo então a imagem em um recanto das penedias que ali se acumulam.
Esta imagem esteve exposta à veneração e culto dos fiéis durante muitos anos no seu primitivo esconderijo, em um rústica e improvisada capela formada pelas próprias brenhas […].
2
Versão de Escusa (Marvão), recitada por Maria Tomásia Baptista, de 70 anos, em 1967 e recolhida por Cândida da Saudade Costa Baptista. Publicada por Maria Aliete Galhoz (1988) – Romanceiro Popular Português, volume II, Lisboa, INIC: 717.
Nesta lapa de pedra dura,
‘Stavas bela formosura
Há tantos anos metida.
Dai-me graça singular
P’ra qu’ eu possa contar
Os milagres qu’ obravas nela.
Virgem Senhora da ‘Strela,
No tempo da mouraria
Qu’ assentiava c’ uma bela devoção.
‘Ma noit’ um pastor,
C’o seu gado recolhendo,
Baixou uma ‘strela e disse:
“Vem cá, ditoso varão,
Vem à vila de Marvão,
Cá me vem fazer ‘ma casa d’ oração.
Lá canções de finados,
Braços e olhos pintados,
Pessoas que saem tristes e desconsolados
Que esta casa vêm
Todos há-de ir remediados.”
3
Versão de Marvão, recolhida e publicada por Possidónio Mateus Laranjo Coelho (1988) – Terras de Odiana, (2ª edição revista e anotada por Diamantino Sanches Trindade), Lisboa, Câmaras Municipais de Castelo de Vide e Marvão: 328 – 329.
Oh Virgem, oh Estrela pura,
De tão bela formosura.
Em lapa de pedra dura
Uma estrela se parou,
Clara luz s’ alumiou,
A Senhora apareceu.
Aonde vaes tu, oh Pastor?!
Aonde vaes tu, oh Verão?!
Vae à vila de Marvão
E pede com devoção
Que me venham neste sítio
Fazer casa d’ oração.
Quem estes versos disser,
Um ano inteiramente,
Saberá bem certamente
Qu’ à hora que há-de morrer
A Senhora há-de aparecer.
Versão literária, de proveniência desconhecida, publicada por Possidónio Mateus Laranjo Coelho (1988) – Terras de Odiana, (2ª edição revista e anotada por Diamantino Sanches Trindade), Lisboa, Câmaras Municipais de Castelo de Vide e Marvão: 328 – 329.
[C]onta-se que em certa noite uma estrela de extraordinário brilho e grandeza atraíra os olhares de um pastor que guardava o gado nas cercanias. Deslumbrado por tão estranha aparição afoutou-se o pastor a subir até ao alto do monte onde depois se edificou o convento, sempre guiado pela luz intensa dessa estrela, descobrindo então a imagem em um recanto das penedias que ali se acumulam.
Esta imagem esteve exposta à veneração e culto dos fiéis durante muitos anos no seu primitivo esconderijo, em um rústica e improvisada capela formada pelas próprias brenhas […].
2
Versão de Escusa (Marvão), recitada por Maria Tomásia Baptista, de 70 anos, em 1967 e recolhida por Cândida da Saudade Costa Baptista. Publicada por Maria Aliete Galhoz (1988) – Romanceiro Popular Português, volume II, Lisboa, INIC: 717.
Nesta lapa de pedra dura,
‘Stavas bela formosura
Há tantos anos metida.
Dai-me graça singular
P’ra qu’ eu possa contar
Os milagres qu’ obravas nela.
Virgem Senhora da ‘Strela,
No tempo da mouraria
Qu’ assentiava c’ uma bela devoção.
‘Ma noit’ um pastor,
C’o seu gado recolhendo,
Baixou uma ‘strela e disse:
“Vem cá, ditoso varão,
Vem à vila de Marvão,
Cá me vem fazer ‘ma casa d’ oração.
Lá canções de finados,
Braços e olhos pintados,
Pessoas que saem tristes e desconsolados
Que esta casa vêm
Todos há-de ir remediados.”
3
Versão de Marvão, recolhida e publicada por Possidónio Mateus Laranjo Coelho (1988) – Terras de Odiana, (2ª edição revista e anotada por Diamantino Sanches Trindade), Lisboa, Câmaras Municipais de Castelo de Vide e Marvão: 328 – 329.
Oh Virgem, oh Estrela pura,
De tão bela formosura.
Em lapa de pedra dura
Uma estrela se parou,
Clara luz s’ alumiou,
A Senhora apareceu.
Aonde vaes tu, oh Pastor?!
Aonde vaes tu, oh Verão?!
Vae à vila de Marvão
E pede com devoção
Que me venham neste sítio
Fazer casa d’ oração.
Quem estes versos disser,
Um ano inteiramente,
Saberá bem certamente
Qu’ à hora que há-de morrer
A Senhora há-de aparecer.
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Gastronomia Tradicional Alentejana - Migas de Batata
Ingredientes
Para 4 pessoas
1 kg de batatas
250 g de toucinho entremeado
300 g de chouriço de carne
1 dente de alho
sal
migas-batata
Preparação
Para 4 pessoas
1 kg de batatas
250 g de toucinho entremeado
300 g de chouriço de carne
1 dente de alho
sal
migas-batata
Preparação
Num tacho de barro fritam-se, em lume brando, o toucinho ás fatias e o chouriço ás rodelas de modo a derreter o máximo de gordura. Retiram-se e, na mesma gordura, frita-se um dente de alho. Adiciona-se um pouco de água.
Entretanto, têm-se já as batatas cozidas e passadas por um passador.
Junta-se o puré ao pingo que está no tacho e mexe-se com a colher de pau dando-lhe a forma de uma bola. Sacodem-se as migas, deitam-se na travessa e servem-se com o toucinho e o chouriço fritos.
Variante: Se se juntar calda de tomate, estas migas ficam melhores e mais bonitas. O tomate junta-se ao pingo (Évora)
Receita retirada de Receitas e Menus
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Personalidades Alentejanas - SARDINHA, António Maria de Sousa
(n. Monforte a 9 Setembro 1887; m. Elvas a 10 Janeiro 1925)
Poeta, historiador e político, destacou-se como ensaísta, polemista e doutrinador, tornando-se um verdadeiro condutor da intelectualidade portuguesa do seu tempo. Foi pela mão de Eugénio de Castro que Sardinha publicou os seus primeiros poemas, quando tinha apenas 15 anos.
Em 1911, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Desde cedo começou a publicar livros, entre romances e poesias.
Convertido ao Catolicismo e à Monarquia, juntou-se a Hipólito Raposo, Alberto de Monsaraz, Luís de Almeida Braga e Pequito Rebelo, para fundar a revista Nação Portuguesa, publicação de filosofia política a partir da qual foi lançado o movimento político-cultural Integralismo Lusitano, causando assim grande impacto na sociedade da altura.
A passagem das Letras à Política consumou-se em 1915, ao pronunciar na Liga Naval de Lisboa uma conferência onde alertava para o perigo de uma absorção espanhola. Durante o breve consulado de Sidónio Pais, António Sardinha foi eleito deputado na lista da minoria monárquica. Em 1919, exilou-se em Espanha após a sua participação na fracassada da tentativa restauracionista de Monsanto e da "Monarquia do Norte".
Ao regressar a Portugal, 27 meses depois, tornou-se director do diário A Monarquia onde veio a desenvolver um intenso combate em defesa da filosofia e sociologia política e, rejeitando a tese da decadência de Spengler, em defesa do catolicismo hispânico como a base da sobrevivência da civilização do Ocidente.
Veio a morrer em Elvas com apenas 37 anos. Com esta morte prematura, a maior parte da sua obra foi publicada postumamente, pelo que ainda deixou um esboço de uma História de Portugal, com uma visão nova e profunda da evolução da nacionalidade portuguesa.
De entre as suas obras poéticas, destacam-se: Tronco Reverdecido (1910), Epopeia da Planície (1915), Quando as Nascentes Despertam (1921), Na Corte da Saudade (1922), Chuva da Tarde (1923), Era uma Vez um Menino (1926), O Roubo da Europa (1931), Pequena Casa Lusitana (1937). Dos Estudos e Ensaios referem-se: O Valor da Raça (1915), Ao Princípio Era o Verbo (1924), A Aliança Peninsular (1924), A Teoria das Cortes Gerais (1924), Ao Ritmo da Ampulheta (1925), entre outros.
In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa; Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia Lda., [195-]. Vol. XXVII, p. 726.
Angelfire - Unica Semper Avis Portugal. António Sardinha. [Online] URL: http://www.angelfire.com/pq/unica/il_antonio_sardinha.htm. Acedido a 12 de Novembro de 2007.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
domingo, 9 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Lenda da fundação de Carreiras
A aldeia das Carreiras foi feita pelos moradores da cidade da Aramenha. Há muitos, muitos anos, quanto aquele povo foi arrasado pelos mouros, as pessoas tiveram que abandonar as suas casas: umas fugiram para Marvão e fundaram lá a vila; outras vieram para este lado da serra e aqui fundaram a nossa terra. Diziam os antigos que tiveram que vir às carreiras (a fugir), e por isso deram à aldeia o nome que hoje tem.
Versão de Carreiras (Portalegre) contada por Ana Fernandes Martins (n. 1913) em 1992. Recolhida e publicada por Ruy Ventura (1996) – “Algumas Lendas da Serra de São Mamede”, separata de Ibn Maruán – Revista Cultural do Concelho de Marvão, nº 6, Dezembro: 25.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Gastronomia Tradicional Alentejana - Sopa de Poejos com Ovos
Ingredientes:
Para 4 pessoas
100 g de toucinho entremeado salgado
2 colheres de sopa de banha
1 molho grande de poejos
1 cebola
1 dente de alho
1 folha de louro
1 cravinho
4 ovos
sal
pimenta
400 g de pão de 2.ª (de véspera)
Preparação
Para 4 pessoas
100 g de toucinho entremeado salgado
2 colheres de sopa de banha
1 molho grande de poejos
1 cebola
1 dente de alho
1 folha de louro
1 cravinho
4 ovos
sal
pimenta
400 g de pão de 2.ª (de véspera)
Preparação
Corta-se o toucinho às tirinhas e frita-se sobre lume brando com a banha (ou a gordura de fritar entrecosto ou outra carne de porco).
Pica-se a cebola e o alho finamente e refoga-se na gordura.
Juntam-se os poejos (previamente limpos de raízes e folhas secas), cortando as hastes e as folhas em pequenos troços, o louro e o cravinho.
Deixa-se estalar durante cerca de 2 minutos.
rega-se com 1,5 litros de água, tempera-se com sal e pimenta e deixa-se ferver tapado durante 30 minutos.
Antes de servir, escalfam-se 4 ovos (1 por pessoa) no caldo da sopa.
Retiram-se os ovos e colocam-se sobre pão já cortado às fatias e na terrina em que a sopa será servida.
Rega-se com o caldo, abafa-se e serve-se.
*Como no Alentejo é hábito fritar-se o entrecosto ou outra carne de porco temperada com massa de pimentão, a gordura resultante desta fritura é a que se utiliza geralmente para fritar o toucinho para a sopa de poejos.
A esta gordura dá-se o nome de «banha corada»
Receita retirada de Receitas e Menus
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Personalidades Alentejanas - SÁ, Mário Vieira de
(n. Lisboa em 1888)
Oriundo de uma família distinta, Mário Vieira e Sá formou-se em Agronomia pelo Instituto de Agronomia e Veterinária de Lisboa. Habilitou-se também com a especialidade de Agricultura Colonial, a fim de poder exercer a profissão no Ultramar.
Entre os mais diversos e numerosos cargos que desempenhou, contam-se os seguintes: consultor técnico da Associação Central da Agricultura Portuguesa; director da Sociedade de Ciências Agrónomas de Portugal; director da Associação dos Regentes Agrícolas; director da Fiscalização dos Produtos Agrícolas; director dos abastecimentos do Distrito de Vila Real; director da Secção Agronómica da Empresa Internacional de Comércio e Indústria, Lda; director da Secção Agronómica da Antiga Casa Luís Bartosa, etc.
Chegou também a ocupar vários cargos de director em Moçambique, mas tornou-se mais conhecido pelo seu estudo e ordenamento da Mata Nacional do Alfeite, e pelo estudo da zona de Abrantes de uma praga que assolava os sobreiros, trabalhos encomendados pelo ministro do Fomento da Altura, o Dr. Brito Camacho.
Além de vários artigos da sua especialidade, inseridos em revistas científicas, publicou: As Vacas Leiteiras; O Alentejo-Sua Descrição Geral, Principais Produções e Projecto de Irrigação; Sal das Colónias Portuguesas; Dicionário Ilustrado sobre Sal e Marinhas de Sal e Exploração Racional de Vacas Leiteiras.
Foi também o fundador do jornal A Voz do Campo, que abordava assuntos agrícolas, e foi colaborador de outras tantas publicações.
In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa; Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia Lda., [195-]. Vol. XXXV, pp. 270-271.
sábado, 1 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Lenda da Herdade da Cabaça - Portalegre
Em tempos não muito distantes no olival da herdade da Cabaça era dado o azeite para a capela de Nossa Senhora do Socorro, para iluminar a santinha todo o ano.
E quando mudou o dono, deixaram de dar o azeite para a capela. No ano seguinte as oliveira, em vez de darem azeitona, deram bagas vermelhas e as folhas ficaram com o feitio das folhas das beldroegas.
Assim continuaram por alguns anos a dar bagas vermelhas.
Então os donos voltaram a dar o azeite para a capela de Nossa Senhora do Socorro. No entanto as oliveiras nunca mais voltaram a dar azeitona como davam dantes. E passados tantos anos ainda em algumas oliveiras aparecem folhas e bagas esquisitas.
Versão de Portalegre, registada em 2001 por Rita de Jesus Cordas Barroqueiro (n. Reguengo, 1934) e transcrita por Ruy Ventura (2005) – Contos e Lendas da Serra de São Mamede, antologia breve, Almada, Associação de Solidariedade Social dos Professores: 87.
sábado, 25 de janeiro de 2014
Gastronomia Tradicional Alentejana - Empadas de Galinha
Ingredientes
Para o recheio:
1 galinha
250 g de toucinho
1 chouriço de carne médio (linguiça)
1 colher de sopa de banha
2 colheres de sopa de azeite
1 cebola
2 dentes de alho
1 ramo de salsa
1 ramo de manjerona
3 cravinhos
10 grãos de pimenta preta
1 dl de vinagre
1 dl de vinho branco
4 dl de água
sal
Para a massa:
500 g de farinha
2 ovos (para pincelar)
Preparação
Para o recheio:
1 galinha
250 g de toucinho
1 chouriço de carne médio (linguiça)
1 colher de sopa de banha
2 colheres de sopa de azeite
1 cebola
2 dentes de alho
1 ramo de salsa
1 ramo de manjerona
3 cravinhos
10 grãos de pimenta preta
1 dl de vinagre
1 dl de vinho branco
4 dl de água
sal
Para a massa:
500 g de farinha
2 ovos (para pincelar)
Preparação
Metem-se numa panela todos os ingredientes citados para o recheio e leva-se ao lume até que a galinha esteja bem cozida e se separe dos ossos. A quantidade de líquido – vinagre, vinho branco e água – depende do tamanho da galinha e do recipiente em que for cozida. A galinha deverá ficar bem coberta pela mistura referida e, sendo necessário aumentar as quantidades indicadas, as proporções deverão ser respeitadas, isto é: para 4 partes de água, 1 de vinagre e 1 de vinho branco.
Estando a galinha e as restantes carnes bem cozidas, escorrem-se e cortam-se em bocadinhos. Côa-se o caldo e deixa-se arrefecer.
Peneira-se a farinha para uma tigela grande e trabalha-se à mão com a gordura sobrenadante e um pouco de caldo. Amassa-se até se obter uma pasta macia e de boa consistência para se tender.
Estende-se a massa a massa à mão em bocados com que se forram as características formas de empadas. Dentro de cada forma deitam-se bocadinhos de farinha, um bocadinho de toucinho e um ou dois pedaços de chouriço. Rega-se com uma colher de sopa do caldo de cozer as carnes e tapa-se com uma rodela da mesma massa. Faz-se a massa aderir nos bordos dando-lhe uma espécie de beliscões. Pincelam-se com ovo batido e levam-se a cozer em forno moderadamente quente.
Antigamente estas empadas eram moldadas e cozidas em formas feitas em casa com papel manteigueiro. Hoje, para as cozer, usam-se as características formas em folha para empadas.
Receita retirada de Receitas e Menus
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Personalidades Alentejanas - RIVARA, Joaquim Heliodoro da Cunha
(n. Arraiolos em 1800; m. Évora em 1879)
Formou-se em Medicina pela Universidade de Coimbra, mas nunca mostrou grande predilecção pelo exercício da mesma. Passou então a ocupar cargos administrativos no Governo Civil de Évora, e depois de ter leccionado aulas de filosofia no liceu foi nomeado bibliotecário da Biblioteca Pública da cidade.
Durante 15 anos desempenhou um trabalho assinalável nesta Biblioteca, mais concretamente na sua reorganização. Conseguiu construir uma nova sala, com a capacidade para 8000 livros, reparou totalmente o edifício, separou e fez intregrar nela mais de 10 000 volumes de livrarias de conventos extintos, além de doar vários livros da sua própria biblioteca particular. Por falta de empregados, todos os volumes foram catalogados por si.
Todo este trabalho não fez com que Cunha Rivara se desviasse das suas obrigações de magistrado, participando também em diversas publicações e chegou mesmo a ser eleito deputado por Évora. Foi nomeado Secretário-geral do Governador-geral da Índia, cargo que o fez visitar todo o Padroado do Oriente. Conseguiu ganhar a confiança dos políticos da altura devido ao seu excelente trabalho no aperfeiçoamento dos serviços administrativos, da instrução pública e da educação popular, bem como para o progresso económico e industrial.
Nas suas visitas ao Oriente, elaborou um extenso trabalho de investigação de todas as ruínas e monumentos que comprovassem a presença dos portugueses. Publicou também diversos artigos do arquivo do Governo-geral, e defendeu intensamente os direitos da Nação, tanto em negociações, como em controvérsias na imprensa.
Voltou novamente a Évora, onde se iria dedicar quase por inteiro à publicação de numerosos artigos. Publicou na sua maioria textos locais dos mais variados assuntos (entre os quais alguns textos sobre saúde pública, a sua formação) e, como fruto da sua presença na Índia, publicou numerosos documentos acerca da acção portuguesa na Ásia.
In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa; Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia Lda., [195-]. Vol. XXV, pp. 791-793.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
domingo, 19 de janeiro de 2014
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Lenda da fundação de Portalegre
[U]m Vesperaldo, nobre cavaleiro e fidalgo, que era de nação inglês, ou de Bretanha, veio a estas partes da Lusitânia e, chegando a este sítio, se apousentou em o alto de um outeiro, por cima do mosteiro de Sam Francisco, onde agora está S. Cristóvão, e neste lugar edificou ũa fortaleza que não devia ser muito pequena, conforme o mostram suas ruínas, porque ainda parecem pedaços de muros e isquinas de torres.
Ali dizem que edificou aquela ermida e nela fez muita penitência, e dizia que este foi o primeiro edifício que houve nesta cidade.
Versão de proveniência desconhecida, recolhida em finais do século XVI ou princípios do século XVII por Diogo Pereira Sotto Maior (1984) – Tratado da Cidade de Portalegre, (introdução, leitura e notas de Leonel Cardoso Martins), Lisboa, INCM / Câmara Municipal de Portalegre: 45.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Gastronomia Tradicional Alentejana - Carneiro Assado
Ingredientes
Para 8 a 10 pessoas
2 pernas de carneiro
6 dentes de alho
1 ramo grande de salsa
4 cebolas
150 g de banha
2 folhas de louro
pimenta
4 cravinhos
1 colher de sopa de massa de pimentão
1 colher de sopa de colorau
1,5 dl de vinho branco ;
sal
carneiro-assado
Preparação
Receita retirada de Receitas e Menus
Para 8 a 10 pessoas
2 pernas de carneiro
6 dentes de alho
1 ramo grande de salsa
4 cebolas
150 g de banha
2 folhas de louro
pimenta
4 cravinhos
1 colher de sopa de massa de pimentão
1 colher de sopa de colorau
1,5 dl de vinho branco ;
sal
carneiro-assado
Preparação
Pisam-se num almofariz, até fazer papa, os dentes de alho, um ramo de salsa e sal. Barram-se as pernas do carneiro com esta papa e colocam-se numa assadeira de barro. Espalham-se por cima as cebolas ás rodelas, a banha aos bocadinhos, as folhas de louro cortadas ao meio, pimenta em pó, os cravinhos, o pimentão e o colorau. Junta-se ainda um ramo de salsa inteiro e rega-se tudo com o vinho branco e uns pinguinhos de água.
Leva-se a assar no forno.
Acompanha-se com batatas fritas ou assadas no próprio e salada de alface.
Este assado é prato obrigatório em todas as festas importantes, em casamentos e baptizados.Receita retirada de Receitas e Menus
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