quarta-feira, 12 de março de 2014
terça-feira, 11 de março de 2014
domingo, 9 de março de 2014
sexta-feira, 7 de março de 2014
quinta-feira, 6 de março de 2014
Lenda das Santas da Aramenha
Teve esta cidade rei em tempos que os Romanos senhoreavam a Espanha. Um se chamou Catélio e sua mulher se chamava Cálgia, da qual nasceram nove filhas, todas de um ventre; que, enfadada a mãe com tantas filhas, com era gintia, as mandou deitar no rio por uma criada sua que, compadecida da piedade natural, que faltara na mãe que as havia parido, as deu a criar em um bairrio onde vivia gente cristã, e foram baptizadas e instruídas em nossa santa fé católica. Foram depois santas e mártires; os nomes destas santas traz o Martirológio Romano, e são os siguintes: Genebra, Liberata, Vitória, Eumélia, Germana, Márcia, Basília, Quitéria, Gema; as quais todas foram martirizadas em diversas partes.
Versão de proveniência desconhecida, recolhida em finais do século XVI ou princípios do século XVII por Diogo Pereira Sotto Maior (1984) – Tratado da Cidade de Portalegre, (introdução, leitura e notas de Leonel Cardoso Martins), Lisboa, INCM / Câmara Municipal de Portalegre: 37.
quarta-feira, 5 de março de 2014
Lenda da imagem do Mártir Santo
Diziam as pessoas antigas que há muitos séculos um cabreiro achou entre umas rochas (no local onde hoje são as Carreiras) uma imagem do Mártir Santo em pedra. Como morava lá para o pé do Veloso, onde era antigamente o povo, resolveu colocar aí o santo. Só que, no dia seguinte, ele estava de novo entre as pedras da serra. O cabreiro tentou levá-lo de novo, mas ele voltava sempre. Então as pessoas fizeram uma ermida a São Sebastião, no local onde a sua imagem tinha aparecido.
Anos passados, começaram a construir casas neste sítio, e assim nasceu também a aldeia.
Versão de Carreiras (Portalegre), contada em 1992 por Ana Fernandes Martins (n. 1913), recolhida e publicada por Ruy Ventura (1996) – “Algumas Lendas da Serra de São Mamede”, separata de Ibn Maruán – Revista Cultural do Concelho de Marvão, nº 6, Dezembro: 38.
terça-feira, 4 de março de 2014
segunda-feira, 3 de março de 2014
VERNEY, Luiz António
(n. Lisboa em 1713; m. Roma em 1792)
Filósofo, pedagogista, crítico e delineador de reformas português. Formou-se em Artes e, posteriormente, em Teologia na Universidade de Évora. Foi nomeado pelo Papa arcediago de sexta cadeira na catedral de Évora. O seu conhecimento em línguas clássicas e modernas, levou-o a ter contacto directo com as mais diversas obras escritas.
A sua mais célebre obra é o Verdadeiro Método de Estudar. Esta obra criticava todo o método de ensino utilizado na altura e também a mentalidade portuguesa de então. Esta obra foi duramente criticada na altura, à excepção de D. João V, que percebeu que este estudo implicava uma verdadeira reforma no ensino português. Por isso, encarregou Luís Verney de elaborar os novos Estatutos da Universidade de Coimbra.
A sua constante vontade em querer instruir os portugueses, em várias matérias filosóficas, científicas, históricas e literárias, levaram-no a assumir uma postura mais política, mas embateu com as ideias do marquês de Pombal, que rapidamente o fez desacreditar e vetou-o ao esquecimento.
Refugiou-se em Roma, onde para publicar os seus livros reformistas, acabou por despender a sua fortuna. Ficou conhecido por ser um verdadeiro “iluminista” e um dos primeiros precursores da medicina moderna em Portugal.
In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa; Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia Lda., [195-]. Vol. XXXIV, pp. 712-716.
domingo, 2 de março de 2014
Lenda da Serra de Matamores
Dizem que na Serra do Mata Amores, Freguesia dos Fortios – Portalegre, há uma princesa encantada. Aparece a vender passas na manhã de S. João. Quem entrar na sua casa de pedra fica encantado.
Versão de Fortios (Portalegre) recolhida (em 1984) e publicada por Maria Tavares Transmontano (1997) – Subsídios para uma Monografia de Portalegre, Portalegre, Câmara Municipal de Portalegre: 132.
sábado, 1 de março de 2014
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
A chegada milagrosa da imagem de São Pedro a Alegrete
Versão recolhida por José António Teixeira Rebelo, pároco de Alegrete, em 1758 (Rebello, 1758 in Ventura, 1995: 100).
[…] A imagem de são Pedro dizem ser Angelical.
Versão de Alegrete (Portalegre), recolhida e publicada por António Franco Infante (Infante, 1985: 303).
A imagem de S. Pedro foi parar ao Algarve a quando da sua feitura, levando uma legenda que indicava: Alegrete. Duvidosos ou ignorando mesmo a localização de tal terra, resolveram os moradores do lugar onde chegou a imagem colocá-la em cima de um carro puxado por dois bravos e possantes bois. Sem que ninguém os guiasse, os bois vieram ter ao lugar onde a capela foi edificada e ali pararam. […] Logo que a imagem foi tirada do carro, assim os bois morreram.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Gastronomia Tradicional Alentejana - Coelho Panado
Ingredientes
1 coelho (bravo, de preferência)
2 colheres de sopa de banha
1 cebola
2 dentes de alho
1 ramo de salsa
1 folha de louro
1 colher de chá de colorau doce
2 colheres de sopa de vinagre
2 ou 3 ovos
pão ralado
óleo para fritar
sal
coelho-panado
Preparação
1 coelho (bravo, de preferência)
2 colheres de sopa de banha
1 cebola
2 dentes de alho
1 ramo de salsa
1 folha de louro
1 colher de chá de colorau doce
2 colheres de sopa de vinagre
2 ou 3 ovos
pão ralado
óleo para fritar
sal
coelho-panado
Preparação
Corta-se o coelho em bocados e leva-se a refogar com a banha, a cebola, os dentes de alho, o ramo de salsa e o louro.
Tempera-se com o sal, o colorau e o vinagre e vão-se adicionando pinguinhos de água até o coelho estar macio, bem apurado e sem molho. Deixa-se arrefecer.
Batem-se os ovos com um pouco de sal. Passam-se os bocados de coelho pelos ovos, depois pelo pão ralado e fritam-se em óleo bem quente.
Receita retirada de Receitas e Menus
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Personalidades Alentejanas - SIMÕES, Augusto Filipe
(n. Coimbra a 18 Junho 1835; m. Coimbra 1884)
Filho de Manuel Simões Cardoso e de D. Constança Jesuína de Paula Cardoso. Bacharel formado nas Faculdades de Filosofia (em 1855) e Medicina (em 1860) pela Universidade de Coimbra; Médico do partido municipal do concelho de Goes nos anos de 1860 a 1862, e provido depois na cadeira de Introdução á Historia Natural no Liceu de Évora, da qual tomou posse em 1863, sendo conjuntamente nomeado Bibliotecário da Biblioteca Pública da mesma cidade.
A sua passagem por Évora foi marcante, já que foi o responsável pela organização do Museu de Cenáculo, rico repositório espigráfico-arqueológico, a restauração do Templo de Diana, a reforma da Santa Casa da Misericórdia, a criação e dotação de um posto meteorológico e a beneficiação da biblioteca.
Mais tarde torna-se lente catedrático na Universidade de Coimbra, mas a sua paixão pela arqueologia leva-o a criar um museu no Instituto de Coimbra, e na biblioteca da Universidade leva a cabo uma catalogação profunda e meticulosa. Foi também eleito deputado nas cortes, colaborou em várias publicações e escreveu vários livros, na sua maioria sobre a medicina ou arqueologia.
De entre as suas obras destacam-se as seguintes: Cartas da beira mar (Coimbra, 1867); Relatorio ácerca da Bibliotheca publica d'Evora, dirigido ao Ministerio do Reino, publicado na Folha do Sul.
In Dicionário Bibliográfico Português. Estudos de Innocencio Francisco da Silva applicaveis a Portugal e ao Brasil. Continuados e ampliados por P. V. Brito Aranha. Revistos por Gomes de Brito e Álvaro Neves [CD-ROM]. Lisboa, Imprensa Nacional, 1858-1923. Vol. VIII, p. 340.
In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa; Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia Lda., [195-]. Vol XXIX. pp. 52-53.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Lenda da imagem da Senhora da Estrela - Marvão
1
Versão literária, de proveniência desconhecida, publicada por Possidónio Mateus Laranjo Coelho (1988) – Terras de Odiana, (2ª edição revista e anotada por Diamantino Sanches Trindade), Lisboa, Câmaras Municipais de Castelo de Vide e Marvão: 328 – 329.
[C]onta-se que em certa noite uma estrela de extraordinário brilho e grandeza atraíra os olhares de um pastor que guardava o gado nas cercanias. Deslumbrado por tão estranha aparição afoutou-se o pastor a subir até ao alto do monte onde depois se edificou o convento, sempre guiado pela luz intensa dessa estrela, descobrindo então a imagem em um recanto das penedias que ali se acumulam.
Esta imagem esteve exposta à veneração e culto dos fiéis durante muitos anos no seu primitivo esconderijo, em um rústica e improvisada capela formada pelas próprias brenhas […].
2
Versão de Escusa (Marvão), recitada por Maria Tomásia Baptista, de 70 anos, em 1967 e recolhida por Cândida da Saudade Costa Baptista. Publicada por Maria Aliete Galhoz (1988) – Romanceiro Popular Português, volume II, Lisboa, INIC: 717.
Nesta lapa de pedra dura,
‘Stavas bela formosura
Há tantos anos metida.
Dai-me graça singular
P’ra qu’ eu possa contar
Os milagres qu’ obravas nela.
Virgem Senhora da ‘Strela,
No tempo da mouraria
Qu’ assentiava c’ uma bela devoção.
‘Ma noit’ um pastor,
C’o seu gado recolhendo,
Baixou uma ‘strela e disse:
“Vem cá, ditoso varão,
Vem à vila de Marvão,
Cá me vem fazer ‘ma casa d’ oração.
Lá canções de finados,
Braços e olhos pintados,
Pessoas que saem tristes e desconsolados
Que esta casa vêm
Todos há-de ir remediados.”
3
Versão de Marvão, recolhida e publicada por Possidónio Mateus Laranjo Coelho (1988) – Terras de Odiana, (2ª edição revista e anotada por Diamantino Sanches Trindade), Lisboa, Câmaras Municipais de Castelo de Vide e Marvão: 328 – 329.
Oh Virgem, oh Estrela pura,
De tão bela formosura.
Em lapa de pedra dura
Uma estrela se parou,
Clara luz s’ alumiou,
A Senhora apareceu.
Aonde vaes tu, oh Pastor?!
Aonde vaes tu, oh Verão?!
Vae à vila de Marvão
E pede com devoção
Que me venham neste sítio
Fazer casa d’ oração.
Quem estes versos disser,
Um ano inteiramente,
Saberá bem certamente
Qu’ à hora que há-de morrer
A Senhora há-de aparecer.
Versão literária, de proveniência desconhecida, publicada por Possidónio Mateus Laranjo Coelho (1988) – Terras de Odiana, (2ª edição revista e anotada por Diamantino Sanches Trindade), Lisboa, Câmaras Municipais de Castelo de Vide e Marvão: 328 – 329.
[C]onta-se que em certa noite uma estrela de extraordinário brilho e grandeza atraíra os olhares de um pastor que guardava o gado nas cercanias. Deslumbrado por tão estranha aparição afoutou-se o pastor a subir até ao alto do monte onde depois se edificou o convento, sempre guiado pela luz intensa dessa estrela, descobrindo então a imagem em um recanto das penedias que ali se acumulam.
Esta imagem esteve exposta à veneração e culto dos fiéis durante muitos anos no seu primitivo esconderijo, em um rústica e improvisada capela formada pelas próprias brenhas […].
2
Versão de Escusa (Marvão), recitada por Maria Tomásia Baptista, de 70 anos, em 1967 e recolhida por Cândida da Saudade Costa Baptista. Publicada por Maria Aliete Galhoz (1988) – Romanceiro Popular Português, volume II, Lisboa, INIC: 717.
Nesta lapa de pedra dura,
‘Stavas bela formosura
Há tantos anos metida.
Dai-me graça singular
P’ra qu’ eu possa contar
Os milagres qu’ obravas nela.
Virgem Senhora da ‘Strela,
No tempo da mouraria
Qu’ assentiava c’ uma bela devoção.
‘Ma noit’ um pastor,
C’o seu gado recolhendo,
Baixou uma ‘strela e disse:
“Vem cá, ditoso varão,
Vem à vila de Marvão,
Cá me vem fazer ‘ma casa d’ oração.
Lá canções de finados,
Braços e olhos pintados,
Pessoas que saem tristes e desconsolados
Que esta casa vêm
Todos há-de ir remediados.”
3
Versão de Marvão, recolhida e publicada por Possidónio Mateus Laranjo Coelho (1988) – Terras de Odiana, (2ª edição revista e anotada por Diamantino Sanches Trindade), Lisboa, Câmaras Municipais de Castelo de Vide e Marvão: 328 – 329.
Oh Virgem, oh Estrela pura,
De tão bela formosura.
Em lapa de pedra dura
Uma estrela se parou,
Clara luz s’ alumiou,
A Senhora apareceu.
Aonde vaes tu, oh Pastor?!
Aonde vaes tu, oh Verão?!
Vae à vila de Marvão
E pede com devoção
Que me venham neste sítio
Fazer casa d’ oração.
Quem estes versos disser,
Um ano inteiramente,
Saberá bem certamente
Qu’ à hora que há-de morrer
A Senhora há-de aparecer.
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Gastronomia Tradicional Alentejana - Migas de Batata
Ingredientes
Para 4 pessoas
1 kg de batatas
250 g de toucinho entremeado
300 g de chouriço de carne
1 dente de alho
sal
migas-batata
Preparação
Para 4 pessoas
1 kg de batatas
250 g de toucinho entremeado
300 g de chouriço de carne
1 dente de alho
sal
migas-batata
Preparação
Num tacho de barro fritam-se, em lume brando, o toucinho ás fatias e o chouriço ás rodelas de modo a derreter o máximo de gordura. Retiram-se e, na mesma gordura, frita-se um dente de alho. Adiciona-se um pouco de água.
Entretanto, têm-se já as batatas cozidas e passadas por um passador.
Junta-se o puré ao pingo que está no tacho e mexe-se com a colher de pau dando-lhe a forma de uma bola. Sacodem-se as migas, deitam-se na travessa e servem-se com o toucinho e o chouriço fritos.
Variante: Se se juntar calda de tomate, estas migas ficam melhores e mais bonitas. O tomate junta-se ao pingo (Évora)
Receita retirada de Receitas e Menus
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