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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

A Origem de Ourique


A fundação de Ourique é tradicionalmente datada de 711, ano da entrada dos muçulmanos na Península Ibérica. Contudo, vários factores apontam para uma existência mais recuada.

São conhecidos diversos assentamentos populacionais, desde os tempos pré-históricos, locais documentados por diversas campanhas arqueológicas. Desde o Paleolítico, Calcolítico, Idade do Ferro e do Bronze, às presenças proto-históricas, romanas, celtas, árabes, um grande número de povos se cruzaram nestas terras.

Quanto à origem do topónimo de Ourique, esta poderá estar entre Ouro (pela proximidade com explorações auríferas) e Orik (da palavra árabe para desgraça ou infortúnio, no seguimento da derrota mourisca na Batalha de Ourique).

Dever-se-á também aos muçulmanos a edificação do Castelo de Ourique, estrutura militar lendária e que ainda hoje preenche memórias. Este Castelo terá, com toda a probabilidade, alternado várias vezes entre o Crescente e a Cruz, consoante a sorte de armas. Nos tempos da reconquista teria um papel essencialmente de atalaia defensiva, tendo como guarda avançada o Castro da Cola. Uma das referências mais importantes a essa fortificação é feita pelo cronista árabe Ahmed Benmohmed Arrazi que, no século X, se lhe refere como um dos mais fortes do termo de Beja. 

A importância geográfica e estratégica de Ourique e do seu território, ou termo, é reconhecida ao longo dos séculos, pelo que sempre desempenhou ao Sul um importante papel militar e comercial, ao estabelecer ligação com o vale do Sado e com a serra algarvia. 

Desta forma, constituiu-se como uma das componentes centrais na conquista do território aos muçulmanos, tendo sido testemunha da célebre Batalha de Ourique. 

A Batalha de Ourique, ocorrida nos Campos de Ourique a 25 de Julho de 1139, foi decisiva para a Independência de Portugal. Lideradas por Afonso Henriques, as tropas cristãs venceram com grandes dificuldades os muçulmanos comandados pelo governador de Santarém. 

Segundo a lenda, antes da refrega Cristo terá aparecido a Afonso Henriques, garantindo-lhe a vitória, confiando nas motivações religiosas que moviam o nosso Príncipe. Desta forma, a Batalha que se seguiria estava, de certa forma, protegida pelo poder divino. A vitória em toda a linha contra os “cinco reis mouros”, permitiu que em seguida e em pleno campo da peleja, Afonso Henriques fosse aclamado pelo seu exército como Rei de Portugal.

As Armas da Vila de Ourique evocam este passado glorioso: num campo de sangue, um guerreiro (representando El-Rei D. Afonso Henriques), vestido de ferro, com o braço direito levantado empunhando uma espada, monta um cavalo, sobre terra firme. 

Informação retirada daqui

Postais do Alentejo - Vila Nova de São Bento - Barrinho, Porta típica e Casa do Barrinho


segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

O Concelho do Alandroal


A partir da reforma administrativa de 1836 o concelho integrou o território dos concelhos vizinhos de Terena e Juromenha, constituindo actualmente um espaço administrativo único com cerca de 545 Km2.

Localizado no limite oriental do Alentejo Central (Distrito de Évora), a sua fronteira com Espanha, a Este, é assinalada pela barragem de Alqueva, que desde 2002 oculta o Rio Guadiana. Este grande curso de água e a Serra d`Ossa, a Noroeste, marcam a paisagem, onde os solos pobres e xistosos predominam, interrompidos porém por bons solos agrícolas, característicos da zona granítica a Sudoeste do território ou, ainda, dos depósitos terciários relacionados com a Falha de Messejana que atravessa o concelho.

O clima é determinado por um estio seco e quente e baixas temperaturas no Inverno; a Primavera é exuberante, os campos enchem-se de flores e os ribeiros correm, criando uma paisagem de abundância efémera.

Os terrenos de menor aptidão agrícola são ocupados por montado de azinho, plantações de eucalipto e mato denso de estevas e tojos, enquanto que nos melhores solos se cultivam milho, forraginosas, pomares, olival e alguns cereais. 

 Os recursos mineiros – em particular o ferro e o cobre- tiveram em tempos grande relevância na economia local, existindo vestígios de actividade mineira de diferentes épocas. Actualmente os serviços, a par da agricultura, ocupam a grande parte da população empregada.

Terra de cantadores e artífices, o Concelho do Alandroal oferece igualmente uma diversidade gastronómica típica da comida alentejana; para além do porco e dos seus enchidos, do borrego e das sopas tradicionais, do queijo e do mel, apresenta uma variedade de pratos confecionados com peixe do rio.  Muitas são as alternativas para comer, ficar e desfrutar oferecidas pelos vários restaurantes e alojamentos que se distribuem pelo concelho.

Informação retirada daqui

Postais do Alentejo - Vila Nova de São Bento - Rua da Igreja


sábado, 13 de janeiro de 2018

Alandroal - História do Concelho


O Alandroal foi fundado em 1298 por D. Lourenço Afonso, Mestre de Avis, e, em 1486, recebeu foral.

Nas terras deste concelho crescem aloendros, ou alandros, cuja madeira é usada no artesanato local, e daí a origem do topónimo.
Como acontecimento de destaque, merece referência a explosão de um armazém de pólvora, ocorrida a 14 de janeiro de 1659, que causou vários mortos, na generalidade estudantes universitários de Évora, capitaneados pelo jesuíta Pe. Francisco Soares, e que estavam a substituir o exército que lutava pela vitória na Batalha das Linhas de Elvas.

No que se refere ao património histórico e monumental, salienta-se o Castelo de Alandroal, onde se destacam a porta flanqueada por torres e um arco em ferradura, de mármore da região; o Castelo de Terena, formado por recinto amuralhado, com cubelos, torre de menagem e duas portas, uma flanqueada por torres; e a Fortaleza de Juromenha, cujas obras abaluartadas foram construídas durante a Guerra da Restauração e fizeram descer as linhas defensivas até uma relativa proximidade do rio Guadiana, sendo uma linha fronteiriça natural. Das ruínas existentes destacam-se a antiga Câmara e a Casa do Senado.

O Santuário de Nossa Senhora da Assunção da Boa Nova tem um significado patriótico e religioso. Em 1340 os Mouros invadiram a Andaluzia, e a rainha, mulher de Afonso XI de Castela, mandou ali construir a atual igreja, pela ajuda que o rei prestou ao genro Afonso IV, na batalha do Salado. É um templo gótico do século XIV, ameado e com matacães. Está classificado como monumento nacional.

Os numerosos vestígios megalíticos são também dignos de referência.

Informação retirada daqui

Postais do Alentejo - Vila Nova de São Bento - Rossio Pequeno