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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Cancioneiro Alentejano - A Aurora vive na serra

Das cento e sessenta e oito
Das cento e sessenta e oito
Horas que a, horas que a semana tem
Vem passar uma comigo
Vem passar uma comigo
Oh meu aaa, oh meu aaadorado bem


Aurora vive na serra
Aurora vive na serra
Não sei como, não sei como, não tem medo
Faz a cama e dorme só
Faz a cama e dorme só
Debaixo, debaixo do arvoredo


Andas morta por saber
Andas morta por saber
Onde eu faço, onde eu faço a minha cama
À embeirada do rio
À embeirada do rio
À sombra, à sombra da espadana


Aurora vive na serra
Aurora vive na serra
Etc.

sábado, 5 de novembro de 2011

Ermida de São Bento, em Vila Viçosa


Ermida de São Bento (concelho de Vila Viçosa). A nave está revestida de frescos (c. 1711) e a capela-mor, reformada em 1778, apresenta um retábulo de mármore. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II, est. 537).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Ermida de São Bento, em Vila Viçosa
Cota DFT4609 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Cancioneiro Alentejano - É lindo na Primavera

Toda a noite canta, canta
Lá na fonte o rouxinol
Nós cantamos todo o dia
Nós cantamos todo o dia
Do nascer ao pôr-do-sol


É lindo na Primavera
Ver searas ondular
Subir ao alto do monte
Beber água em qualquer fonte
Ouvir os grilos cantar
Ver os rebanhos de gado
Nos verdes campos pastar
Rapazes e raparigas
Cantando lindas cantigas
Nos campos a trabalhar


Cantavam dois passarinhos
Cantigas ao desafio
Um no tronco empoleirado
Um no tronco empoleirado
Outro na margem do rio


É lindo na Primavera
Ver searas ondular
Etc.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Borba


Aspecto interior da Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Borba. Esta imagem foi publicada no Inventário Artístico de Túlio Espanca (Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Évora - zona Sul, vol. II, Lisboa, ANBA, 1978, est. 160).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Borba
Cota DFT797 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sábado, 29 de outubro de 2011

Gastronomia Tradicional Alentejana - Açorda à Alentejana

Ingredientes:
1 bom molho de coentros (ou um molho pequeno de poejos ou uma mistura das duas ervas),
2 a 4 dentes de alho,
1 colher de sopa bem cheia de sal grosso,
4 colheres de sopa de azeite,
1/5 litro de água a ferver,
400 gramas de pão caseiro (duro),
4 ovos.


Preparação:
Pisam-se num almofariz, reduzindo-os a papa, os coentros (ou os poejos) com os dentes de alho, a que se retirou o grelo, e o sal grosso.
Deita-se esta papa na terrina ou numa tigela. Rega-se com azeite e escalda-se com água a ferver, onde previamente se escalfaram os ovos (de onde se retiraram). Mexe-se a açorda com uma fatia de pão grande, com que se prova a sopa. Introduz-se então no caldo do pão, que foi ou não cortado em fatias ou em cubos, ou partido à mão, conforme o gosto. Os ovos são colocados no prato ou sobre as sopas na terrina.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Traje de Lavadeira Alentejana


A Lavadeira com uma trouxa na cabeça tinha que percorrer muita das vezes uma longa caminhada até chegar ao rio ou ribeiro, para aí lavar a roupa.

domingo, 23 de outubro de 2011

Cancioneiro Alentejano - Aurora tem um menino

Uma mãe que um filho embala,
Oh meu lindo amor,
Às vezes põe-se a chorar,
Oh meu lindo amor,
Oh meu lindo bem!
Só por não saber a sorte
Oh meu lindo amor!
Que Deus tem para lhe dar,
Oh meu lindo amor,
Oh meu lindo bem!


Aurora teve um menino
Mas tão pequenino
O pai quem será?
É o Chico da Amieira
Que foi pr’a Figueira
Mais tarde virá!
No adro de S. Vicente,
Onde há tanta gente
Aurora não está!
Aurora foi para o convento
Mas há tanto tempo,
Mas quando virá!


Quando eu não tinha dava
Oh meu lindo amor,
Agora tenho e não dou
Oh meu lindo amor,
Oh meu lindo bem!
Vai pedir a quem não tenha,
Oh meu lindo amor,
Que eu em não tendo te dou,
Oh meu lindo amor,
Oh meu lindo bem!


Aurora tem um menino,
Mas tão pequenino
Etc.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Igreja do Calvário, no Redondo


Igreja do Calvário, no Redondo. Aspecto parcial da nave, coro e grade férrea da Capela da Ordem Terceira de São Francisco. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Igreja do Calvário, no Redondo
Cota DFT935 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Gastronomia Tradicional Alentejana - Açorda Alentejana de Bacalhau


Ingredientes:
4 dl azeite
Vinagre e sal q.b.
4 lombos de bacalhau
400 gr de pão alentejano
4 ovos
2 litros de água
6 dentes de alho
1 molho de coentros



Preparação:
Num recipiente alto, coloque os coentros previamente lavados e escolhidos, os dentes de alho, o sal e o azeite. Com a varinha mágica triture muito bem todos os ingredientes até ficarem em papa.
Ponha água ao lume a ferver com um fiozinho de azeite, e coza o bacalhau durante mais ou menos 5 minutos.
Ponha ao lume uma caçarola com água e um pouco de vinagre. Quando a água estiver a ferver escalfe os ovos que irá utilizar na açorda. Logo que os ovos estejam no ponto, retire-os e coloque-os num recipiente com água fria, afim de parar a cozedura.
Coloque a papa dos coentros dentro de uma terrina, verta a água onde cozeu o bacalhau que deverá estar a ferver (se não quiser poderá juntar apenas água fervida, ou a água onde escalfou os ovos).
Rectifique de sal, introduza o pão alentejano cortado muito fininho, os ovos e o bacalhau.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Cancioneiro Alentejano - As nuvens que andam no ar

Ontem à noite à meia noite
Ouvi cantar e chorei
Lembrei-me da mocidade
Que tão criança a deixei


As nuvens que andam no ar
Arrastadas pelo vento
Foram buscar água ao mar
P’ra regar em todo o tempo
P’ra regar em todo o tempo
Em todo o tempo regar
Arrastadas pelo vento
As nuvens que andam no ar


O cantar à meia-noite
É um cantar excelente
Acorda quem está dormindo
Melhora quem está doente


As nuvens que andam no ar
Arrastadas pelo vento
Etc.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Solar da Sempre Noiva, em Arraiolos


Solar da Sempre Noiva, em Arraiolos. Autor David Freitas Data Fotografia 1960 - 1970 Legenda Solar da Sempre Noiva, em Arraiolos Cota DFT486 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 9 de outubro de 2011

Gastronomia Tradicional Alentejana - Açorda com Sardinhas Assadas

Ingredientes:
Alho
Coentros ou poejos
Azeite
Água a ferver
Pão cortado em pequenos cubos


Preparação:
Depois de picar os coentros e o alho junte-lhe o sal e pise tudo muito bem, até obter uma espécie de massa que deve deitar no recipiente de ir à mesa.
Junte-lhe depois o azeite e logo a seguir a água a ferver. Prove se o sal está a gosto. Em caso afirmativo junte-lhe o pão e sirva imediatamente acompanhado com sardinhas assadas e azeitonas ou ainda com ovos escalfados.
A quantidade de pão deve ser regulada pelo número de pratos a servir, para que não exceda em relação à água, que deixaria a sopa sem o aspecto desejado.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Cancioneiro Alentejano - As Mondadeiras Contando

Quantas papoilas se avistam
Além naqueles trigais
Tantas como beijos deram
Mondadeiras e zagais


As mondadeiras contando
Suas penas, seus amores,
Não cantam, estão rezando
Num altar cheio de flores
Num altar cheio de flores,
Cada uma é um desejo,
Os Anjinhos são pastores
A capela, o Alentejo


Searas, verdes searas,
Mondadas com tanto gosto
São verdes na Primavera,
Doiradas no mês de Agosto


As mondadeiras contando
Suas penas, seus amores,
Etc.

sábado, 1 de outubro de 2011

Igreja Matriz de São Salvador de Veiros


Igreja Matriz de São Salvador de Veiros (Concelho de Estremoz)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1970
Legenda Igreja Matriz de São Salvador de Veiros
Cota DFT6131.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME