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terça-feira, 19 de junho de 2012

Personalidades Alentejanas - ALCOFORADO, Soror Mariana

(n. Beja; m. 28 Julho 1723) 

Religiosa, a quem se atribui a autoria das célebres cartas de amor que foram publicadas em Paris, e em língua francesa, em 1669, e que ficaram conhecidas pelo título de Lettres portugaises. Nasceu em Beja, onde foi baptizada em 22 de Abril de 1640, sendo filha de Francisco da Costa Alcoforado e de Leonor Mendes. 

O pai exerceu em Beja o cargo de executor do almoxarifado. As cartas foram enviadas ao então capitão Noël Bouton, conde de Saint-Léger, e depois marquês de Chamilly (1636-1715), que veio com as tropas francesas, enviadas em auxilio de Portugal contra a Espanha. Esteve ele no nosso país desde 1665 até 1667. Mariana Alcoforado era a esse tempo freira no convento de N.ª Sr.ª da Conceição, em Beja, para onde entrou muito nova e onde veio a falecer, a 28 de Julho de 1723, com 83 anos de idade. Consta que escreveu uma carta ao seu amante quando soube que se fizera paz, suplicando-lhe que a levasse para França. Chamilly teria embarcado sem lhe responder. 

Aportou ao Algarve o navio que o conduzia, e ali teria ele recebido uma nova carta de Mariana, por intervenção de um oficial francês. Esta carta não obteve resposta. Ainda assim, a apaixonada freira continuou a escrever, e só recebeu uma carta de reposta. Regressado a França, partiu Chamilly para a expedição de Candia (1669), onde foi gravemente ferido. Depois de participar em vários combates, morreu em 1715. Acredita-se hoje que a obra é escrita por Lavergne de Guilleraggues. Este escritor francês da corte de Luís XIV publica em Paris, em 1669, a versão francesa de um texto em português escrito por uma freira, que é o conjunto de cinco cartas endereçadas ao marquês de Chamilly, futuro marechal de França (1636-1715). 

As cartas estão assinadas por Marianne e, de facto, nessa data o marquês servia em Portugal. A controvérsia sobre a real autoria destas cartas tem-se prolongado até aos nossos dias. A existência histórica de Sóror Mariana Alcoforado, bem como a do seu apaixonado, não é posta em causa. As dúvidas surgem quanto à autenticidade das cartas. Para além do enigma literário que as cartas vêm criar, apócrifas ou não, as Lettres Portugaises lançam a moda dos romances organizados sob a forma de epístolas, de que o livro Relações Perigosas, de Pierre Choderlos de Laclos (1741-1803), constitui exemplo elucidativo.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Bolos de Côco

Ingredientes: 
7 ovos 
400 gr de açucar 
1 colher (sopa) de farinha 
500 gr de coco ralado 
1 pitada de baunilha em pó 
manteiga para untar 
farinha para polvilhar

Confecção:  
Bata muito bem os ovos com o açucar até obter um creme fofo e esbranquiçado. Misture a farinha com o coco ralado e a baunilha em pó. Envolva no preparado de ovos e mexa até verificar que todos os ingredientes ficam bem ligados entre si. Com a ajuda de duas colheres de sopa, retire pequenas porções de massa e dê-lhes a forma de pastéis, tipo os de bacalhau. Disponha-os num tabuleiro untado com manteiga e polvilhado com farinha, deixando um pequeno espaço entre cada um. Leve ao forno durante cerca de 15 minutos, à temperatura de 210ºC. Sirva depois de frios. 

Dica: 
Ao preparar a massa, se verificar que fica muito rija, pode adicionar mais um ovo, tendo em atenção que também não deve ficar muito mole, para que consiga moldar os bolos.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Cancioneiro Alentejano - Menina‘stás à janela

Além daquela janela, 
Dois olhos me estão matando! 
Matem-me devagarinho, 
Que eu quero morrer cantando! 

 Menina‘stás à janela 
Com o teu cabelo à lua, 
Não me vou d’aqui embora, 
Sem levar uma prenda tua, 
Sem levar uma prenda tua, 
Sem levar uma prenda dela, 
Com o teu cabelo à lua 
Menina‘stás à janela 

 Amanhã me vou embora, 
E hoje faço a despedida! 
Adeus pai, e adeus mãe,
 E adeus minha rapariga!

 Menina‘stás à janela 
Com o teu cabelo à lua, Etc.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Altar da Ermida de S. Teotónio, nas Alcáçovas


Altar da Ermida de São Teotónio, nas Alcáçovas (Concelho de Viana do Alentejo).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Altar da Ermida de S. Teotónio, nas Alcáçovas
Cota DFT1568 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 5 de junho de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Bolo Real

Ingredientes:
500 gr. de açucar;
250 gr. de miolo de amêndoa ralada;
10 gemas de ovos + 5 ovos inteiros;
200 gr. de pão ralado;
1 colher de canela em pó;
1 chávena de ovos moles;
10 claras de ovos batidas em suspiro com 10 colheres de sopa rasas de açucar.

Preparação: 
Leve o açucar ao lume até fazer ponto de cabelo. Retire-o do lume, junte as amêndoas raladas, as 10 gemas e os 5 ovos inteiros e leve novamente ao lume até fazer castelo pequeno. Retire novamente do lume e adicione o pão ralado. Trabalhe muito bem esta mistura, junte a canela e deite-a numa forma bem untada com margarina e polvilhada com farinha sem a encher completamente. Leve a forno brando e deixe cozer até o palito sair seco. Deixe arrefecer, desenforme o bolo, abra-o ao meio e recheie-o com metade dos ovos moles. Bata as 10 claras em castelo forte, junte-lhes 10 colheres rasas de açucar, continue a bater até ficarem em merengue. No momento de o servir, salpique-o com a outra metade dos ovos moles.

domingo, 3 de junho de 2012

Cancioneiro Alentejano - Maria da Rocha

Algum dia andava
 Na tua lembrança 
Desandou a roda 
Desandou a roda
 Foi como a balança

 Maria da Rocha 
Do alto rochedo 
Quem namora a Rocha 
Quem namora a Rocha 
Namora sem medo 
Namora sem medo 
Medo de ninguém 
Maria da Rocha 
Maria da Rocha 
Da Rocha meu bem 

 Algum dia eu era 
Agora já não 
Da tua roseira 
O melhor botão

 Maria da Rocha 
Do alto rochedo Etc.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Fachada exterior do Cv. St. António


Autor David Freitas
Data Fotografia 1971 -
Legenda Fachada exterior do Cv. St. António
Cota DFT525 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Vista parcial de Montemor-o-Novo


Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1970
Legenda Vista parcial de Montemor-o-Novo
Cota DFT4481.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 29 de maio de 2012

Abóbada da nave da Ig. do Salvador de Arraiolos


Abóbada de arestas da nave da Igreja de São Salvador (primitiva Matriz de Arraiolos). As pinturas que revestem a abóbada são do século XVI. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Norte, Volume II).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 ant. -
Legenda Abóbada da nave da Ig. do Salvador de Arraiolos
Cota DFT468 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 27 de maio de 2012

Colegiada de S. Gerónimo, Paço Ducal V. Viçosa


Claustrim manuelino e portada da capela Real da Colegiada de São Gerónimo, no Paço Ducal de Vila Viçosa (Paço dos Duques de Bragança). Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Colegiada de S. Gerónimo, Paço Ducal V. Viçosa
Cota DFT4681 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Bolo Duque

Ingredientes:
500 g de açúcar
9 gemas + 4 claras
1 colher (sopa) de manteiga derretida
1 colher (sopa) de farinha
125 g de batata cozida e ralada
125 g de cenoura cozida e ralada
300 g de miolo de amêndoa pelada e ralada


Preparação:
Junta-se o açúcar com a amêndoa e envolve-se bem. Adicionar a batata e a cenoura mexendo sempre. Depois a manteiga derretida e as gemas uma a uma. Batem-se as claras em castelo, junta-se ao preparado anterior e por fim a farinha.
Unta-se uma forma sem buraco com margarina, forra-se o fundo com papel vegetal e unta-se de novo com margarina. Deita-se o preparado e vai ao forno médio cerca de 45 minutos.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Cancioneiro Alentejano - Malmequer criado no campo

Eu levo a vida cantando
Eu levo a vida a cantar
Quem leva a vida cantando
Não lhe custa trabalhar


Malmequer criado no campo
Delírio da mocidade
Pelas tuas brancas folhas
Malmequer diz-me a verdade
Malmequer diz-me a verdade
E guarda-me o teu segredo
Pelas tuas brancas folhas
Malmequer não tenhas medo


Desfolhando o malmequer
Lembrei-me de ti um dia
Malmequer, bem me quer
Era o que a flor dizia


Malmequer criado no campo
Delírio da mocidade
Etc.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Nª Sª da Piedade, da Ig. da Misericórdia


Nossa Senhora da Piedade, na Igreja da Misericórdia de Montemor-o-Novo. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Norte, Volume II).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 ant. -
Legenda Nª Sª da Piedade, da Ig. da Misericórdia
Cota DFT4482.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sábado, 19 de maio de 2012

Interior da Ig. Matriz de Cabrela


Interior da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição em cabrela (Montemor-o-Novo). Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Norte, Volume II)
Autor David Freitas
Data Fotografia 1975 ant. -
Legenda Interior da Ig. Matriz de Cabrela
Cota DFT4506 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Fábrica "Celuloses do Guadiana", em Mourão


Quarta fase da construção da fábrica de papel "Celuloses do Guadiana", em Mourão.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1954-10-26 -
Legenda Fábrica "Celuloses do Guadiana", em Mourão
Cota DFT1712 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 15 de maio de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Bolo de Requeijão

Ingredientes:
6 ovos (claras em castelo)
500 g. de acuçar
250 g. de farinha branca neve
150 g. de manteiga vaqueiro
500 g. de requeijão
raspa limão
1 colher de cha de canela em pó
1 colher de cha de fermento


Preparação:
Bate-se as gemas com a vaqueiro meio derretida, e acrescenta-se as gemas, continua-se a bater, passa-se o requeijão pelo passe-vite ou esmaga-se com um garfo e junta-se ao preparado anterior, mistura-se a farinha com 1 colher de fermento e continua-se a bater, junte a canela, o limão e no fim as claras em castelo envolvendo-as muito bem. Levar ao forno + ou - 40 m. em forma untada e polvilhada de farinha, deixar arrefecer um pouco na forma antes de retirar o bolo do forno.

domingo, 13 de maio de 2012

Cancioneiro Alentejano - Lindo ramo verde escuro

Cantavam dois passarinhos
Cantigas ao desafio
Um no tronco empoleirado
O outro nas margens do rio


Lindo ramo verde escuro
Ó casa dos passarinhos
Onde cantam docemente
Poisados nesse raminho
Poisados nesse raminho
Cantam sempre ao ar puro
Ó casa dos passarinhos
Lindo ramo verde escuro


Alentejo dos trigais
Suas vermelhas papoilas
Arrancadas com amor
Por lindas e belas moçoilas


Lindo ramo verde escuro
Ó casa dos passarinhos
Etc.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Capela de São Sebastião de Evoramonte


Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1969
Legenda Capela de São Sebastião de Evoramonte
Cota DFT236 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME