segunda-feira, 1 de setembro de 2014
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
O poço sem fundo do castelo de Marvão
Existiu um poço na praça principal do castelo de Marvão, junto à torre de menagem. Tinha uma escada circular. As pessoas ao descerem as escadas, por serem tão íngremes, sentiam tonturas e caíam no fundo que estava cheio de água.
Nessa água habitavam monstros que, naturalmente, comiam as pessoas. Dizem os habitantes que em certas noites se ouviam os gritos das almas dos que lá morreram.
Atribuem aos cristãos a construção da cisterna que tem uma ligação ao chamado “poço sem fundo”. […]
O túnel que liga o poço à cisterna, mais ou menos a meio, tem uma sala escavada na rocha, que contém bancos também escavados. Por cima dos bancos, há uma espécie de nichos. As pessoas chamavam-lhe a sala de conferência dos deuses. Os deuses reunir-se-iam aí nas alturas do combate para decidirem a sorte dos atacantes e dos atacados.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Lenda do Porto da Espada (Marvão)
[D]iz a lenda que, em tempos idos, se travou [no Porto da Espada] batalha entre Mouros e Cristãos. Tendo os últimos chegado ao sítio do Porto, disseram:
- “Aqui se puxa da espada”.
Há ainda outra versão:
- “Desde o Porto da arrancada, até ao desembainhar da espada”.
Se tu visses o que eu vi,
Fugias como eu fugi.
Desde o Porto da arrancada
Até ao puxar da espada
Cem homens mortos eu vi.
terça-feira, 26 de agosto de 2014
A Lenda do Mártir Santo (Fortios)
Diz a lenda que, no ano 700, a capela do Mártir Santo era o sítio onde as pessoas rezavam ao seu santo.
Nessa altura, os reis queriam destruir todas as igrejas.
Um dia, um rei mouro mandou destruir a capela.
As pessoas juntaram-se, na capela, onde rezavam para que nada acontecesse e pedindo um milagre ao seu Santo.
Quando os cavaleiros, que vinham destruir, iam a subir a rua (muito inclinada) aconteceu um milagre: os cavalos não a conseguiram subir, escorregaram e ajoelharam-se, não conseguindo chegar até ao largo.
Assim, a capela passou a chamar-se "Capela do Mártir Santo" e o largo onde se situa também tem o mesmo nome.
Diz-se que, em tempos remotos, os inimigos atacaram este povo, e com cavalos, tentaram subir as rochas.
Um homem gritou:
- “Valha-me o Mártir Santo!”…
Os cavalos imediatamente dobraram as patas e não conseguiram subir mais.
Em louvor deste milagre, fizeram a Igreja de S. Sebastião, que ficou sendo o Padroeiro da Freguesia.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
O castelo das Carreiras (Portalegre)
Carreiras teve castelo,
Já foi grande e amuralhada,
Onde moravam as lindas mouras
Nos lindos tempos passados.
O castelo era no sítio que tem esse nome, no cimo do povo. Está muito diferente de quando eu era gaiata, escavaram o terreno quando fizeram a fonte [em 1948].
Onde era a quadra das bestas do professor Casa Nova antes havia uma casa quadrada por dentro e redonda por fora, que tinha a porta por fora ao nível do primeiro andar e lá dentro descia-se por umas escadas estreitinhas. O Casa Nova derrubou tudo quando fez a casa.
No outro lado da rua, por detrás de uma casa, está lá um terraço a que se sobe por uma escada estreita. Era o assento de uma torre. A gente ia p’ra lá brincar em gaiatas, porque a escola feminina era ao lado, e achávamos graça a um nicho que lá está que parece o duma ermida, feito com umas pedras.
Dizem que lá morava o capitão da freguesia.
Ali perto havia duas ogivazinhas, a porta de uma casinha que está ao pé da casa mortuária e outra nas traseiras da casa que comprou o Mateus da Catrina.
domingo, 24 de agosto de 2014
Lenda do ataque dos mouros a Marvão
Há muito tempo os mouros atacaram o castelo de Marvão e, ao subirem a encosta sul, ao chegarem a meio acamparam para fazerem um culto a Alá e ergueram ali uma espécie de ermida.
Nessa mesquita eram sacrificados os cristãos e eram depositadas as armas que lhes eram apanhadas em combate.
No local foi encontrado um crânio, atravessado com um prego. Dizem as pessoas que esse crânio pertencia ao senhor do castelo de Marvão, que aí sofrera um terrível martírio.
Quem encontrar as armas do senhor do castelo de Marvão terá o perdão de Deus, mas tem que entregá-las ao convento de Nossa Senhora da Estrela.
sábado, 23 de agosto de 2014
Lenda da Senhora da Penha
Reza a lenda da Senhora da Penha que, andando certo dia um pastor a guardar o rebanho, viu um grupo de malfeitores que planeavam roubar-lhe as ovelhas.
Tendo nessa altura invocado Nossa Senhora que apareceu ao pastor montada num burrinho, cujas pegadas ainda hoje podem notar-se no granito, transformou o dia em noite, impedindo assim que se consumasse o roubo.
O povo da Vila, vendo que na serra era de noite e sabendo posteriormente o que tinha acontecido, resolveu edificar uma capela à Senhora da Penha. Escolheu para o local o sítio do Pouso, situado no sopé da serra.
Mas cada vez que as obras eram iniciadas, eram misteriosamente destruídas, chegando o povo de Castelo de vide a montar guarda durante a noite para impedir tal destruição o que não resultou.
Só quando a capela se começou a construir no local da aparição é que foi possível completá-la e assim altaneira, olha a vila.
Reza a lenda da Senhora da Penha que, andando certo dia um pastor a guardar o rebanho, viu um grupo de malfeitores que planeavam roubar-lhe as ovelhas.
Tendo nessa altura invocado Nossa Senhora que apareceu ao pastor montada num burrinho, cujas pegadas ainda hoje podem notar-se no granito, transformou o dia em noite, impedindo assim que se consumasse o roubo.
O povo da Vila, vendo que na serra era de noite e sabendo posteriormente o que tinha acontecido, resolveu edificar uma capela à Senhora da Penha. Escolheu para o local o sítio do Pouso, situado no sopé da serra.
Mas cada vez que as obras eram iniciadas, eram misteriosamente destruídas, chegando o povo de Castelo de Vide a montar guarda durante a noite para impedir tal destruição o que não resultou.
Só quando a capela se começou a construir no local da aparição é que foi possível completá-la e assim altaneira, olha a vila.
Esta igreja remonta ao séc. XVI. Fica situada no cimo da serra de São Paulo, a 1 km para Sudoeste de Castelo de Vide.
Ao subir para a Capela de Nossa Senhora da Penha, existe um assento de pedra, do lado esquerdo da escadaria de acesso, onde toda a gente se vai sentar para dizer uma quadra que os mais velhos cantavam:
“Cadeirinha de Nossa Senhora,
Cadeirinha do meu bem;
Onde se sentou Nossa Senhora
Sento-me eu também”
Conta o povo que quem se sentar na cadeirinha, levantar os pés do chão e pedir três desejos e não os revelar a ninguém, esses desejos seriam concedidos.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Nossa Senhora da Alegria salva Alegrete da peste
Consta que em 1582 grassou uma grande epidemia de peste no Distrito de Portalegre, vindo nessa altura viver algum tempo para Alegrete o sábio e virtuoso Bispo D. Frei Amador Arrais, que nesse mesmo ano, em fins de Janeiro, tomara posse da diocese de Portalegre.
O povo de Alegrete, receoso de que tal epidemia o atingisse e vitimasse, resolveu tirar Nossa Senhora d’ Alegria do seu altar e levou-a para as muralhas mais altas onde a colocou e deixou à vista de toda a povoação. Fizeram-lhe preces fervorosas que foram ouvidas pela Mãe de Deus. Em sinal de gratidão prometeram festejá-la anualmente no dia 15 de Agosto. E a promessa tem-se cumprido desde então até agora, cantando-se estas estrofes:
[…]
Pu[s]eram nossos antigos
A Senhora na muralha
Que nos livrasse da peste
Que era mal que a todos dava.
[…]
A Senhora d’ Alegria
Não está em casa, foi fora,
Foi visitar os enfermos
Que estão na última hora.
[…] a peste entrou na vila e dizimou muita gente, tendo só escapado uma família na Ruinha, hoje rua da Saúde. Então o povo, para que não morressem todos, foi buscar Nossa Senhora d’ Alegria, colocou a sua imagem na muralha e dirigiu-lhe fervorosas súplicas, que foram atendidas, cessando a peste. Daí, o voto gratulatório, realizando-se a festa tradicional que deu lugar a grandes manifestações de alegria.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
domingo, 17 de agosto de 2014
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
domingo, 27 de julho de 2014
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Alentejo Tempo para ser Feliz - Alentejo Time To Be Happy
"Alentejo, tempo para ser feliz", o spot mostra, em cerca de seis minutos, as emoções que os turistas podem viver no Alentejo, através dos protagonistas de uma aventura que tem como ponto de partida a busca da felicidade. O filme foi produzido pela Flavour Productions, tem direcção de fotografia e realização de Eduardo Sousa e co-realização de Tito Costa, e banda sonora de Nuno Maló, é protagonizado por Ela Clark e conta com a participação de muitos habitantes do Alentejo.
terça-feira, 22 de julho de 2014
Gastronomia Alentejana - Achigã no Forno
Concelho: Odemira
Ingredientes (6 pessoas):
1 kg de achigãs
1 tomate
1 ramo de salsa
2 dentes de alho
1 folha de louro
1 kg de batatas
2 cebolas
1 copo de vinho branco
2 dl de azeite
colorau q.b.
sal q.b.
Preparação:
Ingredientes (6 pessoas):
1 kg de achigãs
1 tomate
1 ramo de salsa
2 dentes de alho
1 folha de louro
1 kg de batatas
2 cebolas
1 copo de vinho branco
2 dl de azeite
colorau q.b.
sal q.b.
Preparação:
Amanhe o peixe e tempere-o com sal. Descasque as batatas e corte-as em cubos. Coza-as em sal. Num tabuleiro coloque as cebolas e o peixe. As batatas já cozidas são distribuídas ao lado do peixe. Coloque o resto da cebola, o alho, o tomate, a salsa e o louro. Misture o colorau ao vinho e regue o tabuleiro. Vai ao forno durante 60 minutos.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Gastronomia Alentejana - Açorda de Marisco
Concelho: Sines
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
500 g de camarão
500 g de berbigão
500 g de amêijoas
500 g de pão
3 dentes de alho
4 colheres de sopa de azeite
1 ramo de coentros (pequeno)
3 ovos
sal
pimenta
piripiri
Preparação:
Ingredientes:
(para 4 pessoas)
500 g de camarão
500 g de berbigão
500 g de amêijoas
500 g de pão
3 dentes de alho
4 colheres de sopa de azeite
1 ramo de coentros (pequeno)
3 ovos
sal
pimenta
piripiri
Preparação:
Cozem-se os camarões em pouco água e côa-se esta. Abrem-se as amêijoas e os berbigões em recipientes separados e côam-se as respectivas águas. Junta-se a água dos três mariscos e leva-se ao lume a concentrar. Rega-se o pão com esta água. Alouram-se os dentes de alho com o azeite e introduz-se o raminho de coentros. Deixa-se fritar durante 1 minuto e junta-se o pão. Mexe-se com uma colher de pau de modo a obter-se uma açorda homogénea mas muito mole. Retiram-se os coentros e tempera-se com sal, pimenta e piripiri. Introduzem-se os mariscos na açorda, dá-se uma volta e retira-se do lume. Juntam-se imediatamente os ovos, mexe-se e serve-se sem demora.
domingo, 20 de julho de 2014
Gastronomia Alentejana - Açorda à Alentejana
Concelho: Grândola
Ingredientes:
1 molho de coentros (ou 1 molho pequeno de poejos ou uma mistura das duas ervas)
2 a 4 dentes de alho
1 colher de sopa bem cheia de sal grosso
4 colheres de sopa de azeite
1/5 litro de água a ferver
400 g de pão caseiro (duro)
4 ovos
Preparação:
Ingredientes:
1 molho de coentros (ou 1 molho pequeno de poejos ou uma mistura das duas ervas)
2 a 4 dentes de alho
1 colher de sopa bem cheia de sal grosso
4 colheres de sopa de azeite
1/5 litro de água a ferver
400 g de pão caseiro (duro)
4 ovos
Preparação:
Pise num almofariz, reduzindo-os a papa, os coentros (ou poejos) com os dentes de alho (já sem o grelo) e o sal grosso. Deite esta mistura numa terrina ou tigela. Regue com azeite e escalde com água a ferver, onde previamente foram escalfados os ovos, posteriormente removidos. Mexa a açorda com uma fatia de pão grande, com a qual se prova a sopa. Introduza então no caldo o pão, que foi ou não cortado em fatias ou em cubos, ou partido à mão, conforme o gosto. Os ovos são colocados no prato ou sobre as sopas na terrina.
Gastronomia Alentejana - Caldeirada de Peixe do Rio
Concelho: Odemira
Ingredientes (4 pessoas):
2 kg de peixe variado: muge, picão, machinho, saboga e sável
1 cebola grande
1 pimento pequeno
1 dente de alho
hortelã da ribeira
4 tomates
poejos
sal q.b.
Preparação:
Ingredientes (4 pessoas):
2 kg de peixe variado: muge, picão, machinho, saboga e sável
1 cebola grande
1 pimento pequeno
1 dente de alho
hortelã da ribeira
4 tomates
poejos
sal q.b.
Preparação:
Num tacho coloque uma camada de todos os ingredientes e uma camada de peixe em postas, uma nova camada de ingredientes, outra de peixe e mais uma de ingredientes. Cubra com um 1,5 l de vinho branco. Leve ao fogão e cozinhe em lume brando.
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