Páginas

terça-feira, 31 de julho de 2012

Fábrica "Celuloses do Guadiana", em Mourão.


Quarta fase da construção da fábrica de papel "Celuloses do Guadiana", em Mourão.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1954-10-26 -
Legenda Fábrica "Celuloses do Guadiana", em Mourão.
Cota DFT1714 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Caldeirada de Peixe do Rio (1)

Ingredientes: 
1 lampreia,
1 sável,
1 enguia,
1 muge,
1 safio,
1 picão,
3 carpas,
poejos,
hortelã da ribeira,
folhas de cebola,
tomate,
azeite,
alho,
pão,
água.

Preparação: 
Corta-se o peixe em pedaços pequenos, juntam-se todos os temperos, água até tapar o peixe e põe-se a cozer. Espera-se 15 minutos, prova-se de sal e serve-se numa terrina com pão duro cortado às fatias.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Cancioneiro Alentejano - Minha Doce Jovenzinha

Quando eu tinha 15 anos, 
Mais do que a prata valia! 
Namorava à mangação, 
Tinha amores quantos queria!

 Só uma pena me existe, 
Minha doce saudade, 
É olhar para o teu rosto, 
Ver-te assim tão pouca idade. 
Ver-te assim tão pouca idade, 
Ver-te assim tão criancinha! 
Só uma pena me existe, 
Minha doce jovenzinha!

 Que fizeste ao sorriso, 
Com que me cumprimentavas! 
Não esqueças que eu preciso,
 Do modo com que me olhavas! 
 Só uma pena me existe,
 Minha doce saudade, Etc.

sábado, 21 de julho de 2012

Capela da Igreja do Calvário, no Redondo


Capela da Ordem Terceira de São Francisco, na Igreja do Calvário do Redondo. No altar vê-se a imagem do Senhor Jesus dos Passos (sécs. XVII-XVIII). Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Capela da Igreja do Calvário, no Redondo
Cota DFT4688 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 15 de julho de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Cabrito à Nossa Moda

Ingredientes: 
1 cabrito ou metade, como preferir; 
2 cabeças de alhos; 
azeite q.b; 
1 colher de chá de colarau (pimentãodoce); 
2 caldos knorr; 
sal q.b; 
vinho branco para regar; 
batatas miúdas; 
Legumes cozidos a seu gosto; 
Cebolinhas 

Preparação: 
Um dia antes limpe o cabrito de gorduras e lave-o. Num recepiente coloque as cabeças de alho descascadas, o colarau, o caldo knorr, o sal e cubra com azeite. Triture tudo com uma varinha mágica e esfregue o cabrito com esta mistura e reserve no frigorífico durante 24 horas. Passadas as 24 horas coloque o cabrito num recepiente para ir ao forno, descasque as cebolas e as batatinhas e espalhe em volta do cabrito. Regue com 3 copos de vinho branco e leve ao forno. Á medida que vai assando verifique se precisa de mais vinho e vá virando ao cabrito e as batatas para que assem dos dois lados. Coza legumes a seu gosto para acompanhar. O ideal seria grelos de nabo ou de couve. Sirva o cabrito quente mesmo no recepiente que foi ao forno com as batatas e coloque outro com os legumes.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Cancioneiro Alentejano - Meu Lírio Roxo do Campo

Meu lírio roxo do campo, 
Criado na Primavera,
 Desejava, amor, saber, 
Ai! Ai! 
A tua intenção qual era.
 A tua intenção qual era,
Qual era o teu proceder, 
Meu lírio roxo do campo, 
Ai! Ai! 
Quem te pudesse ir colher!
 Quem te pudesse ir colher, 
Oh! meu amor, quem me dera! 
Desejava, amor, saber,
 Ai! Ai! 
A tua intenção qual era!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Pedra dos Namorados


Menir "Pedra dos Namorados", em Reguengos de Monsaraz.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1970
Legenda Pedra dos Namorados
Cota DFT1036 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Borrego à Camponesa

Ingredientes: 
1,5 kg de borrego, 
azeite, 
1 folha de louro, 
5 dentes de alho, 
1 colher de chá de colorau, 
1 limão, 
1 molho de coentros, 
sal, pimenta e piripiri. 

Preparação: 
Corta-se o borrego e tempera-se com sal pisado, dentes de alho e louro. Leva-se ao lume um tacho com azeite necessário para fritar. Logo que esteja bem quente, frita-se o borrego até alourar. Adiciona-se água e deixa-se cozer com o tacho tapado. Tempera-se com o colorau, a pimenta e o piripiri. Pouco antes de servir misturam-se os coentros picados e o sumo de limão. Serve-se com esparregado.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Cancioneiro Alentejano - Meu Lírio Roxo (Ao romper ...)

Badajoz tem lindas moças 
Portugal também as tem 
Meu lírio roxo 
Tiro, liro, liro, 
Para amar meu bem 

 Ao romper da bela aurora 
Sai o pastor da cabana 
Meu lírio roxo 
Sai o pastor da cabana 
Vem gritando em altas vozes 
Muito padece quem ama 
Meu lírio roxo 
Muito padece quem ama 

 Badajoz tem lindas moças 
Portugal também as tem 
Meu lírio roxo
 Portugal também as tem

domingo, 1 de julho de 2012

Fachada do Cv. de St. António da Piedade, Redondo


Fachada do Convento de Santo António da Piedade (Cemitério Público), no Redondo.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 dep. -
Legenda Fachada do Cv. de St. António da Piedade, Redondo
Cota DFT929 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Borrego à Alentejana com Abóbora

Ingredientes: 
1,5 kg de borrego
100 gr de toucinho entremeado
2 cebolas
1 ramo de salsa
Sal, pimenta branca e pimentão doce q.b.
60 gr de banha
4 dentes de alho
2,5 dl de vinho branco
1,5 kg de abóbora

Preparação: 
Comece por fazer uma massa com os alhos esmagados com um pouco de sal, junte a banha e o pimentão moído (se não conseguir arranjar pimentão moído, substitua por colorau). Barre o borrego com esta massa, deixando-o assim durante uma hora. Ligue o forno à temperatura de 180º C. Findo o tempo de marinar o borrego e introduza-o no forno e deixe assar, regando de vez em quando com 2 dl de vinho branco, para não queimar no fundo assim como com o próprio molho do assado. O tempo de cozedura não deverá ser inferior a uma hora, mas depende da rijeza da carne. Sirva o borrego inteiro ou cortado aos bocados, decore com salsa e acompanhe com a abóbora. 

Acompanhamento de Abóbora: 
Descasque a abóbora limpe-a e corte-a em fatias de 1 centimetro de espessura. Num alguidar introduza as fatias de abóbora e tempere com sal, e um pouco de pimentão moído ou colorau. Descasque as cebolas e corte-as em rodelas finas, corte o toucinho também em fatias finas. Numa assadeira de forno, coloque no fundo uma camada de cebola, a seguir umas fatias de toucinho, depois uma camada de fatias de abóbora, e sempre assim até acabar, sendo a última camada de abóbora. Regue com 1/2 dl de vinho branco e um pouco da gordura do assado de borrego (se não tiver gordura do assado, utilize um pouco de azeite) e leve a assar ao forno durante 40 minutos. Sirva na própria assadeira.

sábado, 23 de junho de 2012

Cancioneiro Alentejano - Meu Alentejo Querido

Fiz uma cova na areia 
Para enterrar minha mágoa 
Entrou por ela o mar todo 
Não encheu a cova de água 

 Meu Alentejo querido
 Cheio de sol e calor
 És meu torrão preferido 
Meu Baixo Alentejo 
És para nós encantador 
És para nós encantador 
Embora vivas esquecido
 Cheio de sol e calor 
Meu Baixo Alentejo 
Meu Alentejo querido

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Convento das Chagas de Cristo, em Vila Viçosa


Coro alto do Convento das Chagas de Cristo, em Vila Viçosa. Esta imagem foi publicada no Inventário Artístico de Portugal, de Túlio Espanca (Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Évora - Zona Sul, vol.II, Lisboa, Academia Nacional de Belas Artes, 1978, est. 57).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Convento das Chagas de Cristo, em Vila Viçosa
Cota DFT778 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 19 de junho de 2012

Personalidades Alentejanas - ALCOFORADO, Soror Mariana

(n. Beja; m. 28 Julho 1723) 

Religiosa, a quem se atribui a autoria das célebres cartas de amor que foram publicadas em Paris, e em língua francesa, em 1669, e que ficaram conhecidas pelo título de Lettres portugaises. Nasceu em Beja, onde foi baptizada em 22 de Abril de 1640, sendo filha de Francisco da Costa Alcoforado e de Leonor Mendes. 

O pai exerceu em Beja o cargo de executor do almoxarifado. As cartas foram enviadas ao então capitão Noël Bouton, conde de Saint-Léger, e depois marquês de Chamilly (1636-1715), que veio com as tropas francesas, enviadas em auxilio de Portugal contra a Espanha. Esteve ele no nosso país desde 1665 até 1667. Mariana Alcoforado era a esse tempo freira no convento de N.ª Sr.ª da Conceição, em Beja, para onde entrou muito nova e onde veio a falecer, a 28 de Julho de 1723, com 83 anos de idade. Consta que escreveu uma carta ao seu amante quando soube que se fizera paz, suplicando-lhe que a levasse para França. Chamilly teria embarcado sem lhe responder. 

Aportou ao Algarve o navio que o conduzia, e ali teria ele recebido uma nova carta de Mariana, por intervenção de um oficial francês. Esta carta não obteve resposta. Ainda assim, a apaixonada freira continuou a escrever, e só recebeu uma carta de reposta. Regressado a França, partiu Chamilly para a expedição de Candia (1669), onde foi gravemente ferido. Depois de participar em vários combates, morreu em 1715. Acredita-se hoje que a obra é escrita por Lavergne de Guilleraggues. Este escritor francês da corte de Luís XIV publica em Paris, em 1669, a versão francesa de um texto em português escrito por uma freira, que é o conjunto de cinco cartas endereçadas ao marquês de Chamilly, futuro marechal de França (1636-1715). 

As cartas estão assinadas por Marianne e, de facto, nessa data o marquês servia em Portugal. A controvérsia sobre a real autoria destas cartas tem-se prolongado até aos nossos dias. A existência histórica de Sóror Mariana Alcoforado, bem como a do seu apaixonado, não é posta em causa. As dúvidas surgem quanto à autenticidade das cartas. Para além do enigma literário que as cartas vêm criar, apócrifas ou não, as Lettres Portugaises lançam a moda dos romances organizados sob a forma de epístolas, de que o livro Relações Perigosas, de Pierre Choderlos de Laclos (1741-1803), constitui exemplo elucidativo.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Bolos de Côco

Ingredientes: 
7 ovos 
400 gr de açucar 
1 colher (sopa) de farinha 
500 gr de coco ralado 
1 pitada de baunilha em pó 
manteiga para untar 
farinha para polvilhar

Confecção:  
Bata muito bem os ovos com o açucar até obter um creme fofo e esbranquiçado. Misture a farinha com o coco ralado e a baunilha em pó. Envolva no preparado de ovos e mexa até verificar que todos os ingredientes ficam bem ligados entre si. Com a ajuda de duas colheres de sopa, retire pequenas porções de massa e dê-lhes a forma de pastéis, tipo os de bacalhau. Disponha-os num tabuleiro untado com manteiga e polvilhado com farinha, deixando um pequeno espaço entre cada um. Leve ao forno durante cerca de 15 minutos, à temperatura de 210ºC. Sirva depois de frios. 

Dica: 
Ao preparar a massa, se verificar que fica muito rija, pode adicionar mais um ovo, tendo em atenção que também não deve ficar muito mole, para que consiga moldar os bolos.