Páginas

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Ó Cuba Terra Bendita

Óh Cuba terra bendita
Rodeada de trigais
De lindas portas e quintas
Arvoredos, milheirais,
Arvoredos, milheirais,
Óh Cuba terra bendita!
Óh Cuba terra bendita!
Rodeada de trigais
Quando de Cuba abalei
Olhei para trás chorando
Minha terra da minh’alma
Tão longe me vais ficando
Tão longe me vais ficando
Quando da Cuba abalei
Olhei para trás chorando

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ermida de Nª Sª dos Mártires, Estremoz


Capela-mor da Ermida de Nossa Senhora dos Mártires, Estremoz. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Norte, Volume II).

Autor David Freitas 
Data Fotografia 1975 ant. - 
Legenda Ermida de Nª Sª dos Mártires, Estremoz 
Cota DFT4532 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 25 de novembro de 2012

Personalidades Alentejanas - BORGES, Emília Salvado

(n. Cuba)

Licenciada em História, Pós-graduada em História Regional e Local e Mestre em História Moderna pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Desenvolve a sua investigação sobretudo na área da história regional alentejana do Antigo Regime, nas vertentes artísticas, demográficas, económica, social e política.

Entre as suas publicações destacam-se: O concelho de Cuba - Subsídios para o seu inventário artístico; O Concelho de Cuba nas Memórias Paroquiais de 1758; Crise de Mortalidade no Alentejo Interior - Cuba; Homens, Fazendas e Poder no Alentejo de Setecentos - O caso de Cuba; Para a História do ensino da História em Portugal- Análise dos Programas do Ensino Secundário Actas do I Encontro sobre o Ensino da História.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Cozido de Grão à Alentejana


Ingredientes:
250 g de grão
100 g de cenouras
250 g de batatas
250 g de feijão verde
1 fatia de abóbora menina
300 g de carne de borrego
100 g de toucinho
1 chouriço (linguiça)
1 farinheira branca
1 farinheira de sangue
200 g de pão caseiro

sal
hortelã

Preparação:
Põe-se de molho o grão em água de um dia para o outro. Coze-se o grão na panela de pressão. Depois, noutra panela, põe-se as carnes e os enchidos a cozer, mais ou menos 1 hora.
Depois das carnes estarem cozidas, tira-se um pouco de água das carnes onde vão cozer as batatas cortadas aos quartos, a cenoura, o feijão verde e a abóbora menina e junta-se o grão e um pouco de água do grão. Põe-se a hortelã para dar gosto.
À parte, corta-se as carnes e servem-se numa travessa. Corta-se o pão caseiro às fatias e põe-se numa terrina a hortelã e o caldo por cima. Este caldo com o pão come-se juntamente com as carnes.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Igreja da Misericórdia de Arraiolos


"Consolar os tristes", painel de azulejos representando uma das dez obras das Misericórdias, na Igreja da Misericórdia de Arraiolos.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1970
Legenda Igreja da Misericórdia de Arraiolos
Cota DFT4460 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Ó águia que vais tão alta

Os desgostos do presente,
São maiores que os do passado.
Embora estejas ausente,
Teu nome será lembrado!


Ó águia que vais tão alta,
Voando de pólo a pólo,
Leva-me ao céu onde eu tenho
A mãe que me trouxe ao colo
A mãe que me trouxe ao colo,
Ficou-me fazendo falta,
Voando de pólo a pólo,
Ó águia que vais tão alta!


Eu vi minha mãe rezando
Aos pés da Virgem Maria
Era uma Santa escutando
O que outra Santa dizia


Ó águia que vais tão alta,
Voando de pólo a pólo,
Etc.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Personalidades Alentejanas - BARRETO, António de Mattos

(n. Cuba em 1900)

Engenheiro Agrónomo e professor do Instituto Superior de Agronomia. Fez parte da missão geográfica de Cabo Verde e dos Serviços de Fotogrametria aérea da Carta Agrícola, onde prestou relevantes serviços profissionais.

Foi chefe dos serviços de Agrimensura do Ministério da Agricultura, sendo considerado dos mais notáveis especialistas portugueses. Escreveu um trabalho extremamente interessante: Ante-projecto de um monte (1934).

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Coelho com Azeitonas


Ingredientes:
1 coelho
3 colheres de sopa de azeite
125 gr. de azeitonas pretas carnudas
5 dl. de vinho tinto
1 copo de caldo de carne
1 colher de sopa de concentrado de tomate
2 dentes da alho
1 folha de louro
salsa e alecrim seco
1 cebola
sal e pimenta

Preparação:
Arranje e corte o coelho em bocados. Ponha os bocados do coelho a marinar no vinho durante 1 hora, juntamente com um ramo de salsa, louro, dentes de alho, alecrim e sal. Mexa de maneira a que a carne fique bem coberta. Retire o coelho da marinada e aloure-o num tacho com o azeite bem quente e a cebola picada. Regue com o caldo de carne, no qual dissolveu o concentrado de tomate; rectifique os temperos. Deixe cozer o coelho em lume brando, mexendo de vez em quando. Durante a cozedura, que deve durar cerca de 1 hora e meia, adicione um pouco do líquido de marinada, previamente coado. Dez minutos antes de terminar a cozedura, junte salsa finalmente picada e as azeitonas descaroçadas. Sirva acompanhado com puré de batata.

domingo, 11 de novembro de 2012

Igreja paroquial de Nª Sª do Freixo, Redondo


Interior da extinta Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Freixo, (concelho do Redondo). Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Igreja paroquial de Nª Sª do Freixo, Redondo
Cota DFT4695 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Nossa Senhora do Carmo

Senhora
Que és padroeira
Da nossa terra
Hospitaleira


Nossa Senhora do Carmo
Que está lá no seu altar
Todos lá vamos ajoelhar
E a cantar, a cantar, vamos rezar


Pedimos
A uma voz
Nossa Senhora
Rogai por nós


Nossa Senhora do Carmo
Que está no seu altar
Etc.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Personalidades Alentejanas - ANSELMO, Pe. António Joaquim

(n. Borba em 1876; m. Lisboa em 1926)

Bibliógrafo, cursou o seminário de Évora, tendo obtido no curso complementar de letras do Liceu as melhores classificações.

Exerceu depois as funções de pároco da Igreja de Veiros, no concelho de Estremoz. Em Lisboa, entrou para a Biblioteca Nacional em 1914, sendo promovido a 1.º bibliotecário em 1919. Foram muito importantes os serviços que prestou neste estabelecimento, principalmente na elaboração do catálogo das religiões, o que lhe valeu novo louvor oficial.

Extremamente dedicado a assuntos bibliográficos, António Joaquim Anselmo escreveu alguns interessantes trabalhos de carácter histórico-bibliográfico, salientando-se entre eles: Bibliografia da bibliografia Portuguesa; Bibliografia das obras impressas em Portugal no séc. XVI; Os códices alcobacenses; O concelho de Borba e Veiros. É dele, também, uma tradução do Elogio da loucura de Erasmo.

sábado, 3 de novembro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Cataplana de Tamboril


Ingredientes: (para 2 pessoas)
concentrado de tomate
1 tomate maduro
1 cebola média
1/2 pimento verde
2 dentes de alho
2 folhas de louro
1 ramo de salsa
1 ramo de coentros
2 batatas
750 g de tamboril
150 g de amêijoas
200 g de camarão
pimenta, azeite q.b.

Para o molho:
1 cálice de vinho do Porto
1 colher de sopa de molho inglês
1 colher de sopa de natas

Preparação:
Numa cataplana, põe-se uma concha de concentrado de tomate e um fio de azeite. Entretanto, descasca-se a cebola e o tomate e corta-se às rodelas metade de cada, guardando-se o restante para o final. Depois, junta-se um quarto de pimento, também cortado às rodelas. Picam-se os alhos e a salsa e junta-se ao preparado com uma folha de louro. Em seguida, arranja-se o tamboril e corta-se em cubos, junta-se as batatas cortadas às rodelas, decorando com os camarões, as amêijoas e os restantes ingredientes reservados.
Fecha-se a cataplana e leva-se a cozer cerca de 25 minutos. Quando estiver cozido, abre-se e coloca-se um ramo de coentros picados. Por fim, faz-se uma mistura com um cálice de vinho do Porto, uma colher de sopa de molho inglês, uma colher se sopa de natas e rega-se tudo. Está pronto a servir.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Anta capela de S. Dinis, em Pavia


Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1970
Legenda Anta capela de S. Dinis, em Pavia
Cota DFT1566 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pic-nic no campo


Autor Desconhecido/ não identificado 
Data Fotografia 1888 - 1960 
Legenda Pic-nic no campo 
Cota CME0179 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Cancioneiro Alentejano - Nós Somos Trabalhadores

O homem trabalha a terra
Para produzir o pão
Hoje é o mesmo que era
Continua ainda à espera
De melhor situação


Nós somos trabalhadores
Que no campo trabalhamos
Trabalhamos a rigor
A servir o Lavrador
Para ver se nos mantemos
Quando trabalho não temos
À Câm’ra nos dirigimos
A pedir ao Presidente
Que tenha dó desta gente
E nos dê algum destino
Que nos dê algum destino
Que nos dê algum agasalho
À Câm’ra nos dirigimos
A alegar o que sentimos
Quando não temos trabalho


Não é a ceifa que mata
Não é o cavar que custa
Custa é ver-mos desprezada
Até quando abandonada
Esta causa certa e justa


Nós somos trabalhadores
Que no campo trabalhamos
Etc.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Personalidades Alentejanas - BARAHONA FRAGOSO, Francisco Eduardo de

(n. 1843; m. 1905)

Bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra em 1886, moço-fidalgo com exercício na Casa Real por Alvará de 30 de Outubro de 1862, Par do Reino e lavrador. Em 1899 foram concedidas ao Dr. Francisco Barahona as honras de Oficial-mor da Casa Real.

Logo que terminou a formatura foi habitar na sua quinta de S. Pedro, perto de Cuba, onde se entregou à lavoura. Em 1887 mudou a sua residência para Évora onde foi figura marcante. Na sua quinta da Horta do Bispo instalou um albergue para inválidos, dispensou protecção valiosíssima ao esforço da Assistência Nacional aos Tuberculosos e, no palácio em que habitava, iniciou a constituição duma valiosíssima galeria de arte, comprando sobretudo, peças de arte contemporânea, com o intuito de proteger o desenvolvimento das belas artes em Portugal.

Ao mesmo tempo ia preparando o futuro museu eborense, pois era sua intenção legar esses valores ao Museu Regional de Évora. A cidade e o seu desenvolvimento urbanístico ficaram a dever ao Dr. Francisco Barahona serviços inestimáveis, entre eles a construção do magnífico teatro Garcia de Resende e do Jardim Público, feitos a expensas do grande benemérito.

Francisco Barahona era filho dos condes da Esperança e casou com D. Inácia Angélica Fernandes Ramalho, da família Matos Fernandes.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Gastronomia Tradicional Alentejana - Carne de Porco à Alentejana (4)


Ingredientes:
750 gr. de carne de porco da perna,
1,5 kg de amêijoas,
100gr.de massa de pimentão,
4 dentes de alho,
50 gr. de banha,
vinho branco,
salsa.

Preparação:
A carne de porco deve ser preparada no dia anterior. Num almofariz pisam-se os alhos com um pouco de sal grosso. Quando se obtiver uma massa, barra-se a carne que foi anteriormente partida aos cubos. Seguidamente, esfrega-se com a massa de pimentão, utilizando a quantidade a gosto. A carne deverá ficar temperada cerca de um dia. Numa frigideira coloca-se a banha e frita-se lentamente a carne. Terminada esta operação, juntam-se as amêijoas e meio copo de vinho branco. Tapa-se a frigideira até as amêijoas abrirem. Deverá ter-se o cuidado de não fiquem secas. Salpica-se com salsas picadas e serve-se numa travessa.