segunda-feira, 29 de abril de 2013
sábado, 27 de abril de 2013
Personalidades Alentejanas - FALCÃO, Cristóvão
(n. Portalegre(?) entre 1515-18; m. 1553)
Fidalgo e poeta do século XVI, de seu nome completo Cristóvão Falcão de Sousa. Filho de João Vaz de Almada Falcão, cavaleiro com fama de grande honradez, que serviu como capitão da Mina, e de D. Brites Fernandes. Teve dois irmãos, Barnabé de Sousa e Damião de Sousa. Em 1527 era morador na Casa Real.
Sendo ainda mancebo apaixonou-se por uma moça, mais nova do que ele, que não tinha idade canónica. Casou clandestinamente e a esposa foi enviada para o convento de Lorvão e ele encarcerado por intervenção do seu pai. Saído do cárcere, D. João III confiou-lhe uma missão particular, ligado ao caso do bispo de Viseu, D. Miguel da Silva, que fugira de Portugal em 1540 contra vontade do rei, dirigindo-se a Roma, para o Papa lhe conceder o cardinalato. Para punir o bispo, o monarca pensou em utilizar a influência do embaixador de Carlos V na corte pontifícia, o marquês de Aguilar, de quem Cristóvão Falcão era primo.
Regressado de Itália foi despachado, a 31 de Março de 1545, como capitão para a fortaleza de Arguim, na ilha da costa da Guiné, onde havia uma feitoria destinada ao comércio com o interior de África. Supõe-se que veio a casar com Isabel Caldeira. Desta mulher não teve filhos, mas da outra teve um bastardo com o mesmo nome, que veio a exercer as funções de capitão da Madeira.
Até 1908 foi, sem discrepância, atribuída a Cristóvão Falcão a écloga de Crisfal, um dos mais célebres poemas líricos da literatura portuguesa. Tinha essa atribuição a seu favor os depoimentos de Diogo de Couto (1542-1616) na Década Oitava da Ásia; de Gaspar Frutuoso (1522- 1591) nas Saudades da Terra; de Manuel de Faria e Sousa (1590-1694) na edição das Rimas de Camões (comentário à Écloga IV); de Barbosa Machado (1682-1772) na Biblioteca Lusitana; e de António dos Reis (1690-1738) no Enthusiasmus poeticus. A écloga de Crisfal apareceu pela primeira vez em folha volante e anónima, com este título: Trovas de Crisfal. Depois apareceu publicada na 1.ª edição das obras de Bernardim Ribeiro, impressa em Ferrara em 1554.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Gastronomia Tradicional Alentejana - Migas com Carne de Porco à Alentejana
Ingredientes:
400 g de lombo de porco
200 g entrecosto
200 g toucinho entremeado
12 rodelas de linguiça
2 dl vinho branco
q.b. azeite
q.b. sal
1 folha de louro
q.b. massa pimentão
600 g pão caseiro (Vidigueira)
Decoração
2 folhas de louro
q.b. azeitonas
2 gomos de laranja
Confecção:
Cortar as carnes aos cubos e a linguiça às rodelas.
Fazer uma marinada com a massa de pimentão, alho, sal, louro e vinho branco.
Deixe as carnes em repouso nesta marinada durante 24 horas. Colocar banha numa frigideira, quando estiver quente fritar a carnes e a linguiça.
Cortar o pão às fatias e embeber num pouco de água, amassar com a mão.
Entretanto coloca-se um tacho ao lume com um pouco de azeite e e os dois dentes de alho muito bem picadinhos, quando estes estiverem louros juntar o pão e um pouco de gordura onde fritou as carnes.
Com a ajuda de uma colher de pau, bate-se até formar uma bola.
Sacode-se o tacho, quando estas descolarem das paredes e derem voltas, estão prontas.
Depois colocamos as nossas migas no centro de um prato de barro, as carnes em volta e decoramos com azeitonas, gomos de laranja e folhas de louro secas.
Nota: Para que as nossas migas fiquem com um visual mais atractivo e um pouco crocantes, colocamos um pouco de azeite numa frigideira anti-aderente, quando este estiver bem quente metemos lá o pão e coramos até ficar com uma textura crocante.
terça-feira, 23 de abril de 2013
domingo, 21 de abril de 2013
Apanha da azeitona
Autor António Passaporte
Data Fotografia 1940 - 1950
Legenda Apanha da azeitona
Cota APS0320 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
sexta-feira, 19 de abril de 2013
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Personalidades Alentejanas - ESPANCA, Pe. Joaquim José da Rocha
(n. Vila Viçosa a 17 Março 1839; m. 26 Novembro 1896)
Sacerdote e músico. Foi prior em Bencatel e depois na freguesia de S. Bartolomeu de Vila Viçosa, tendo-se distinguido no Seminário de Évora, onde se ordenou.
Na Biblioteca da Câmara Municipal de Vila Viçosa existem três volumes in folio de Memórias, de onde foi extraído e composto o livro Compêndio de Noticias de Vila Viçosa, do qual o Padre Joaquim Espanca é autor e o compôs na sua tipografia. As Memórias de Vila Viçosa representam o seu trabalho literário mais relevante. Esta obra é uma extensa monografia, que resultou de uma investigação profunda e é um contributo de inestimável valor para a divulgação, conhecimento e compreensão da história e da etnografia da região de Vila Viçosa.
Como músico compôs 73 obras musicais, em parte existentes na Biblioteca Pública de Évora (Códice CLI / 1-17), distribuídas em seis grupos distintos: o primeiro para piano, o segundo para piano e canto, o terceiro para instrumental, o quarto para instrumental e canto, o quinto de música religiosa para novenas e o sexto de música sacra.
Eram também conhecidos os seus méritos de arqueólogo na interpretação e leitura de velhas inscrições lapidares, e colaborou, entre outros jornais, na revista O Arqueólogo Português. Publicou um trabalho sobre antas e foi um orador considerado.
In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa; Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia Lda., [195-]. Vol. X, p. 187.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Gastronomia Tradicional Alentejana - Bolo de Café Alentejano
Ingredientes:
6 ovos
2 dl de azeite
1 colher de sopa de mel
350 g de açúcar escuro
2 dl de café muito forte
350 g de farinha
1 colher de sopa de fermento em pó
Para a calda:
200 g de açúcar escuro
2 dl de água
Confecção:
Bata muito bem os ovos com o azeite, o mel e o açúcar.
Junte o café e, finalmente, a farinha peneirada com o fermento.
Misture bem.
Deite o preparado numa forma grande de chaminé untada com margarina e polvilhada com farinha.
Leve a cozer em forno médio (180ºC) durante 40 minutos.
Desenforme o bolo e regue-o com a seguinte calda: ferva o açúcar com a água durante 5 minutos.
sábado, 13 de abril de 2013
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Claustro do Cv. Nª Sª Luz de Montes Claros
Claustro do Convento de Nossa Senhora da Luz de Montes Claros, em São Tiago de Rio de Moinhos (Borba). Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca (Distrito de Évora, Zona Sul, Volume II)
Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 ant. -
Legenda Claustro do Cv. Nª Sª Luz de Montes Claros
Cota DFT4643 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
terça-feira, 9 de abril de 2013
domingo, 7 de abril de 2013
Personalidades Alentejanas - ESPANCA, Florbela de Alma da Conceição Lobo
(n. Vila Viçosa 1895, m. Matosinhos 1930)
Poetisa, de seu nome completo Florbela de Alma da Conceição Espanca. Aos 14 de anos de idade Florbela foi uma das poucas alunas a frequentar o Liceu André de Gouveia. Em 1917 completou o 7º ano de Letras com boa classificação, tendo depois frequentado a Faculdade de Direito de Lisboa, não concluindo o bacharelato. Entre 1916-17 produziu várias composições poéticas que mais tarde viriam a ser reunidas na obra Juvenília, publicada em 1931.
Foi colaboradora da imprensa regional, nomeadamente no periódico Noticias de Évora. Os seus livros de poesia mais marcantes foram o Livro de Mágoas (1918), publicado em 1919 e o Livro de Soror Saudade, publicado em 1923. Em 1931, após a morte da poetisa editou-se Charneca em Flor, obra que a popularizou.
O Diário de Noticias, por iniciativa de António Ferro, promoveu uma subscrição nacional para a construção de um monumento à poetisa, da autoria do escultor Diogo de Macedo. O monumento (busto) foi oferecido à cidade de Évora, onde Florbela deve ter escrito as suas primeiras composições poéticas. A instalação do busto da poetisa no Jardim Público sofreu alguma contestação por parte dos sectores mais conservadores da cidade, para quem Florbela Espanca não era exemplo da mulher passiva e formada, arquétipo predominante de então. Vencida, porém, a resistência, o «Grupo Pro-Évora», ao qual o busto havia sido oferecido, com o apoio da Câmara Municipal, inaugurou-o a 18 de Junho de 1949.
A paisagem alentejana estava interiorizada em Florbela Espanca, a sua influência brotava mais no íntimo da sua alma sentimental, e não no desenho pitoresco ou trágico da paisagem. O Alentejo faíscava-lhe no cérebro e, mercê dum magistral domínio da arte do soneto, transformava-se num doloroso tesouro, em metáforas raras e precisas.
Toda a sua obra seria editada e/ou reeditada postumamente por Guido Battelli, professor e escritor italiano (Juvenilia, Reliquiae, Máscaras do Destino, Domino Negro e Cartas).
In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa; Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia Lda., [195-]. Vol. X, p. 187.
In SILVA, Joaquim Palminha (coord.) - Dicionários Biográfico de Notáveis Eborenses 1900/2000. Évora: Tip. Dário do Sul, 2004. pp. 37-39.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Gastronomia Tradicional Alentejana - Ensopado de Borrego (Reguengos de Monsaraz)
Ingredientes:
Para 8 pessoas
2 kg de carne de borrego (costeletas e sela)
500 g de cebolas
2 colheres de sopa de farinha
200 g de banha
5 dentes de alho
1 folha de louro
1 colher de sopa de pimenta em grão
1 colher de sobremesa de colorau doce
1 ponta de malagueta
1 kg de pão caseiro ou de segunda
sal
Confecção:
Corta-se a carne em bocados, que se passam pela farinha. Retiram-se 3 colheres de sopa de banha e aquece-se a restante num tacho de barro. Introduz-se a carne neste tacho e deixa-se alourar.
À parte, noutro tacho de barro, faz-se um refogado com a restante banha, as cebolas cortadas ás rodelas, os dentes de alho cortados, o louro e a pimenta em grão.
Introduz-se a carne bem loirinha no refogado, assim como os restantes temperos e a água necessária para o ensopado, que pode ser acrescentada quando se julgar necessário.
Na altura de servir, tem-se o pão cortado em fatias numa terrina, sobre a qual se deita o caldo do ensopado depois dos temperos rectificados.
A carne serve-se à parte numa travessa mas ao mesmo tempo.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Paço Ducal de Vila Viçosa
Fachada do Paço Ducal de Vila Viçosa (Paço dos Duques de Bragança) e vista parcial do Terreiro do Paço.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 -
Legenda Paço Ducal de Vila Viçosa
Cota DFT7553 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
domingo, 31 de março de 2013
Claustro do Cv. de St. António da Piedade, Redondo
Claustro do Convento de Santo António da Piedade (Cemitério Público), no Redondo. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca, Distrito de Évora - Zona Sul, vol.II, Lisboa, Academia Nacional de Belas Artes, 1978, est. 307.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1978 dep. -
Legenda Claustro do Cv. de St. António da Piedade, Redondo
Cota DFT932 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
sexta-feira, 29 de março de 2013
quarta-feira, 27 de março de 2013
Personalidades Alentejanas - DURO, José António
(n. Portalegre a 22 Outubro 1875; m. Lisboa a 18 Janeiro 1899)
Poeta. Sendo aluno da Escola Politécnica de Lisboa, começou a frequentar os cafés e rodas literárias em que se discutia Vítor Hugo, Baudelaire, Antero, Junqueiro, Cesário Verde e os jovens simbolistas de Coimbra, principalmente António Nobre. Aí deu largas à sua precocidade melancólica, servida por uma sensibilidade aguda e mórbida, nutrida por leituras anárquicas e sombrias.
Os seus versos mais antigos foram escritos em Portalegre, uns dias depois do seu vigésimo aniversário (1895), e intitularam-se A Morte. É um soneto de molde anteriano, cheio de desesperos insanáveis, expressos num diálogo tétrico. Em 1896 publicou um folheto de versos numa tipografia da sua terra: Flores. Mas as suas composições mais significativas estão no livro Fel, editado em 1898, quando o poeta, tuberculoso, já se sentia perdido.
Esses poemas reflectem várias influências unificadas pelos temas de Baudelaire, postos em moda em Portugal por Guilherme de Azevedo e Gomes Leal: a prostituição, o tédio, o corvo fatídico de Poe, o coveiro e os vermes da cova, a tuberculose, a desesperança. A sinceridade de José Duro, pobre e doente, com uma mocidade gasta entre a Politécnica, o café Gelo e a gare de Portalegre, supre o que falta à sua poesia em verdadeira originalidade e consistência. «Livro de um incoerente», como ele lhe chama, o Fel é a simpática mensagem duma vida ceifada, que se traduz numa versificação cheia de reminiscências alheias, mas natural e animada.
In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa; Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia Lda., [195-]. Vol. IX, p. 367.
segunda-feira, 25 de março de 2013
Gastronomia Tradicional Alentejana - Carne de Porco à Alentejana 2
500 g carne de porco
1 c. sopa colorau
2 cebolas
2 dentes de alho
4 tomates
2 c. sopa banha
1 kg amêijoa
salsa
q.b. sal
q.b. Pimenta
2 dl vinho branco
1 folha de louro
2 cravinhos (cravo-da-índia)
2 dentes de alho
Corte a carne em bocados pequenos.
Junte a massa de pimentão ou o colorau desfeito em água, o vinho branco, o louro, os cravinhos, os dentes de alho picados, sal e pimenta. Mexa e deixe marinar de um dia para o outro.
No dia seguinte corte em rodelas as cebolas, os dentes de alho e o tomate sem pele e sem grainhas, e leve tudo ao lume com uma colher de sopa de banha.
Deixe refogar até que o tomate e as cebolas estejam cozidos.
Junte depois as amêijoas, previamente lavadas em várias águas.
Logo que as amêijoas abram, tempere com sal e pimenta e deixe ferver mais 1 minuto. Retire do lume.
Noutro recipiente frite a carne escorrida com a restante banha bem quente.
Adicione 2 colheres de sopa do líquido da marinada e deixe ferver durante mais uns 15 minutos.
Junte as amêijoas e sirva a carne com batatas cozidas ou fritas. Polvilhe tudo com salsa picada.
sábado, 23 de março de 2013
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